Saturday, March 2

Argo

É o filme do ano de 2012. Ao início, torci o nariz porque nunca fui muito à bola com o Ben Affleck mas cedo engoli a minha desconfiança e fiquei agarrada ao computador, quase sem respirar, a devorar todos os segundos deste Argo.
Ao fim de cerca de 30 anos de segredo, o ficheiro desta mega operação americana para resgatar seis cidadãos americanos que foram mantidos escondidos na Embaixada Canadiana no Irão durante meses, após a ocupação da Embaixada Americana, operação essa encabeçada pelo agente Tony Mendez (brilhantemente interpretado pelo Ben), foi finalmente aberto. E o trabalho cinematográfico que dele resultou, co-produzido pelo George Clooney, pelo próprio Ben e por Grant Heslov, é fantástico. Está construído de  forma a que os quarenta minutos finais nos deixam ser totalmente absorvidos pelo quão vital era para aquelas seis pessoas conseguirem embarcar naquele avião e passamos esse tempo todo a pensar "mas conseguirão?"... Eu não descolava os olhos do écran, estava ansiosíssima para que chegasse o final.
Estou a escrever este texto quase uma semana após ter ficado acordada até às 5h da manhã para ver a entrega dos Oscars, numa cerimónia que me agradou bastante e a qual passei o tempo todo a torcer para que o Argo vencesse o prémio de Best Motion Picture of the Year.
Quem me lê há algum tempo, sabe que sou uma fã incondicional do Quentin Tarantino e por isso, fiquei felicíssima por este ter conquistado o prémio de Best Original Screenplay. O Django Unchained é, sem sombra de dúvida, um dos seus melhores filmes e, apesar de o anterior continuar a ser o meu preferido, consegue mesmo ser melhor que o meu muy amado Inglorious Basterds. Mas a verdade é que não só não seria 'apreciado', digamos assim, pela América que o Django ganhasse o prémio mas também seria injusto uma vez que o Argo o merece.
Não só por ser um bom, óptimo filme. Mas também porque o realizador de uma masterpiece como esta (lá vem o nome do Ben Affleck novamente à baila) não estar nomeado para o prémio de Best Director, é para mim, uma enorme falta de bom-senso. E uma perfeita estupidez.
E por isso, quase me emocionei quando ouvi o discurso de agradecimento do Ben. E escrevo aqui um pedido de desculpas por nunca ter apreciado o seu trabalho antes. Mas és grande, Ben Affleck, e a ti faço-te uma vénia. Obrigada pelo Argo!

Tuesday, January 1

Hey 2013! Be very much welcome.

2012, maioritariamente por falta de tempo e motivação e por um grande acumular de trabalho e stress na faculdade, deixei aqui o blog em banho-maria durante uns meses. Para 2013, um dos meus objectivos passa por recuperar o tempo perdido e voltar a escrever aqui regularmente. Gosto muito de escrever e a escrita ajuda-me muito a aliviar o stress. Sinto falta de aqui escrever e caso vocês ainda estejam por esse lado (espero que sim), conto convosco.
Um óptimo 2013 para todos e que seja, ao menos, mais positivo do que aquilo que todos auguram. Be happy! :)

Monday, December 31

Closed for Inventory #4


2012 foi um dos melhores anos de sempre. Pesando o bom e o mau, a balança não deixa de pender para o lado bom. Comecei o ano em exames, com o stress de ter imensas cadeiras para fazer para concluir o curso. Em dez dias, tive cinco provas, das quais passei a quatro, com a tranquilidade máxima. Consegui a proeza de fazer sete cadeiras num semestre, quando nos anos de faculdade anteriores o máximo que tinha consegui eram quatro. Tive o mês de Janeiro sem outra vida que não estudar. No dia 14 de Janeiro, senti o chão a fugir-me dos pés quando me surpreenderam como nunca tinha acontecido. Um mês mais tarde, fui ao aeroporto de Lisboa despedir-me e vim de lá com um compromisso. O 14 de Fevereiro fez com que todos os dias 14 a partir daí fossem especiais e diferentes. Fui almoçar à praia e sai de lá para ir ver os Dream Theater pela terceira vez ao vivo e apaixonar-me pela ‘Beneath the Surface’. Consegui um estágio na Polícia Judiciária, na área que mais gosto, e passei lá um mês memorável onde aprendi imenso. Passei noites e noites no (ou na) Flor, com aquelas pessoas que são as importantes e que vão ficar por mais que a faculdade já tenha passado. Minis, cartas, setas, jantares, festas... Fui finalista (ALLEZ!) e passei a melhor Semana Académica de SEMPRE! Percebi que se não fizer nada por mim, também não é estando à espera que as coisas vão acontecer. Tive de deixar o meu “T2 para três” e tenho saudades da nossa casa todos os dias. Num sprint final, falhei e por isso, tive de ficar mais um ano a terminar o curso. Deixei que isso me mandasse abaixo e espatifei-me no chão com uma pinta genial. Nesse mesmo timing, perdi a única relação saudável e realmente importante que tive até hoje, coisa da qual me irei ressentir por muito tempo ainda. Vi o meu melhor amigo ‘emigrar’ por seis meses e morri de saudades, tendo ficado cá. Carreguei um projecto as costas, por vergonha e orgulho de pedir e delegar trabalho, e acabei a perder anos de vida de preocupação, desiludir-me com pessoas e a não ter o resultado pretendido. Jurei para nunca mais meter-me numa coisa dessas mas foi juramento que durou pouco tempo. Estreitei algumas amizades, perdi outras mas as importantes continuam intactas. Morri de saudades e acordei renascida no dia seguinte, porque tinha de ser. Passei meses e meses a deitar-me sempre depois das 2h da manhã e a baldar-me a aulas no dia seguinte, porque não eram práticas. Consegui fazer uma cadeira sem nunca ter posto os pés numa aula e mesmo assim tirar um 15 num exame, sem estudar mais do que três parágrafos. Fui de férias de Verão , conhecer a ilha e namorar muito e senti-me super feliz naquele bocadinho de terra rodeado de mar, onde comi que nem uma lontra, fotografei imenso e pensei ‘this is the one’. Na ilha, voltei a Gotham City e pensei para mim que realmente o Christopher Nolan é um génio e o Joseph Gordon-Levitt tem uma classe que, enfim... Vi imensas e imensas séries, chorei com o final da season de Grey’s Anatomy, viciei-me em Game of Thrones como há muito tempo não me viciava em nada e voltei a (re)ver Friends. Descobri que apesar de ser uma grande naba, acho muita piada a matar zombies no Call of Duty: Black Ops. Roguei imensas pragas por não poder ir ver Florence + The Machine ao Optimus Alive... tantas, que até me culparam pelo cancelamento a três dias do concerto (ahahah). Descobri Mumford&Sons só agora no final do ano e senti-me inculta por ter acordado tão tarde para estes rapazes. O meu Davidinho (Fonseca) voltou aos discos e deu-me em 2012 a ‘It Feels Like Something’ que é mais uma vez, algo que podia ter sido escrito por mim. Roubaram-me o carro no dia da minha Queima das Fitas e um mês depois tive de o mandar para o abate, e chorei quando soube que o meu Xani-Mobile estava reduzido a cinzas. Arranjei bilhetes para um dos concertos pelos quais aguardava desde sempre e fui ver Ornatos Violeta, na primeira fila, sem pagar um tostão. No fim, conheci o Manel Cruz e quando o vi à minha frente, a tremer da cabeça aos pés, só consegui dizer “eu também queria um beijinho” o que fez o homem rir-se às gargalhadas. Não sei dizer quantas vezes vi o meu [500] Days of Summer e emocionei-me sempre, porque aquele é definitivamente um dos filmes mais realistas de sempre. Voltei ao Shire uma e outra vez e senti-me como sempre me sinto nos filmes baseados em livros do Tolkien: num mundo paralelo, um sítio de fantasia que é óptimo para me tirar do meu mundo real. Avé Peter Jackson, obrigado por tudo e vemo-nos no próximo Natal. Perdi uma pessoa de família, muito próxima, mas consegui ter a paz de espírito para perceber que foi pelo melhor. Descobri que quando lutamos pelo que queremos, as coisas podem acontecer e que, até certo ponto, somos nós que fazemos a nossa sorte. Fiz uma sessão fotográfica pela primeira vez na vida e senti-me extremamente bonita, coisa que é capaz de acontecer em um a cada vinte mil dias. Nos últimos dias do ano, out of nowhere, tive uma surpresa totalmente inesperada que agora me faz sentir como a Summer em vez de ser o Tom (do mesmo [500] Days of Summer). E vamos ver no que isto dá.

2013, please, be nice. Não me tires pessoas, não me surpreendas nas análises que vou fazer na próxima semana e por favor, sê o ano em que acabo o curso. E a partir daí, veremos o que acontece. Adeus 2012, foste bonzinho mas o teu tempo acabou.

Wednesday, February 15

Walk On


"Walk on, walk on
What you've got they can't deny it, can't sell it or buy it
Walk on, walk on
Stay safe tonight

And I know it aches
And your heart it breaks
And you can only take so much
Walk on, walk on."
U2 - 'Walk On' - All That You Can't Leave Behind - 2000

O meu vício das últimas duas semanas. Tenho ouvido U2 de uma forma repetitiva como acho que jamais ouvi e esta Walk On está a despoletar emoções estranhas cá dentro... Grande música!

Wishlist #10

Estou vidrada nestes anéis da Calvin Klein (uma das minhas marcas de jóias preferidas desde sempre), da colecção Astound, que vi ontem quando folheava uma revista que anunciava as novidades da Boutique dos Relógios para o Dia dos Namorados.
São lindos, lindos, lindos. :)

Tuesday, February 14

My Valentine

Pela primeira vez na minha vida, o dia 14 de Fevereiro vai passar a ganhar algum significado. Este ano, não foi simplesmente uma terça-feira. É piroso e cliché, é verdade, mas a partir de hoje, o dia 14 de Fevereiro vai estar associado ao oficializar de algo que há já uns meses me faz mais feliz do que alguma vez julguei possível.
Podia ter sido no 3 de Outubro, 12 de Novembro, 16 de Dezembro ou mesmo 27 de Janeiro. Podia ter sido em vários dias no in between das datas que agora disse mas por acaso, calhou no 14 de Fevereiro, dia de São Valentim, o Santo Padroeiro dos namoros. Vamos encarar isto como um bom presságio para o que aí vem.
Há um ano atrás, eu escrevia aqui que idealizava um dia passar um 14 de Fevereiro com um jantar a dois, uma música de fundo entoada pelo Jeff Buckley, pelo Damien Rice ou pelos Pearl Jam. Cheguei aos 21 anos sem nunca ter recebido uma manifestação de carinho neste dia, mas o que tive hoje valeu por muito, por tudo.
Apesar de ter sido só oficializado hoje, ele já por aqui anda há uns meses a fazer-me feliz e apareceu na minha vida pouco tempo depois da minha quebra emocional do ano passado. Dia 9 de Março de 2011. Logo a seguir ao Carnaval do ano passado (época que eu detesto) e na altura em que eu estava de tal forma constipada que andei três semanas a falar nasalada. Mas a constipação não me impediu de sentir um twist na barriga quando ele ficou horas e horas a falar comigo, out of nowhere. Nesse dia e em vários dias que lhe seguiram. E a partir daí, muito haveria para contar, muito do que se passou ao longo destes 11 meses e que nos trouxe até aqui.
Vamos ver até onde isto me (nos) vai levar. Para já, ele faz-me bem. Faz-me rir, deixa-me descontraída. Faz-me feliz. :)

Monday, February 13

Totalmente merecidos!

É óptimo saber que os Foo Fighters receberam cinco Grammy's totalmente merecidos pela sua masterpiece. O Wasting Light é definitivamente o melhor álbum de 2011 e o melhor trabalho da carreira do Dave Grohl e companhia. E é também bom saber que os restantes prémios para os quais estavam nomeados, não os ganharam porque foram parar às mãos da pequenina Adele. A cerimónia de ontem à noite não poderia ter corrido melhor, portanto.
Faço uma enorme vénia a estes dois senhores. Long live Dave Grohl and Taylor Hawkins!

Sunday, February 12

R.I.P. Whitney

Acordei hoje para a notícia de que a Whitney Houston tinha sido encontrada morta num quarto de hotel.
Não era uma grande admiradora nem nada que se parecesse. Nunca vi o filme em que ela canta a I Will Always Love You que é uma música lindíssima, sim, e impossível de interpretar. Não conheço todos os singles nem seguia o seu trabalho. Teve uma carreira com alguns altos e baixos, nomeadamente por causa das drogas e do problemático ex-marido, mas não sei grandes pormenores.
Sei que era uma mulher muito bonita e que tinha uma voz poderosa. E foi uma voz poderosa que se perdeu ontem. Com 48 anos, que é demasiado cedo. E, por isso, fiquei triste ao saber da sua morte. E para prestar uma pequena homenagem, deixo aqui uma música dela, da qual gosto muito e que não é daquelas mais conhecidas, por assim dizer. Mas não deixa de ser uma boa música (e ela está tão bonita e sorridente no vídeo).

Friday, February 10

Melhor notícia do ano, até ver!

Soube hoje de manhã que os rumores confirmam-se: os Ornatos vão-se voltar a juntar para dois concertos de celebração da sua (curta) carreira. Há mais de dez anos que o Manel Cruz e os amigos não pisam um palco sob o nome de Ornatos Violeta e eu já me tinha convencido que dificilmente poderia algum dia ver um concerto destes meninos.
Felizmente, eles decidiram celebrar a banda (e irão certamente celebrar o Monstro, um dos meus álbuns preferidos de sempre e, na minha opinião, talvez o melhor álbum português!). E eu, posso não saber o que vou fazer da minha vida para lá de Julho, mas sei que no dia 25 de Outubro tenho de estar no Coliseu de Lisboa.
Ou os vejo agora ou não os vejo mais. E não vou perder a oportunidade de ouvir a Capitão Romance ao vivo!

"Parto rumo à Primavera que em meu fundo se escondeu.
Esqueço tudo do que eu sou capaz, hoje o Mar sou eu! (...)
Por querer mais do que a vida, sou a sombra do que eu sou.
E ao fim não toquei em nada do que em mim tocou. (...)
Se o meu peito diz 'Coragem!', volto a partir em paz.
Eu vi, mas não agarrei."
Ornatos Violeta - 'Capitão Romance' - O Monstro Precisa de Amigos - 1999

Thursday, February 9

Eis que no último ano, consigo ter quase duas semanas de férias entre cada semestre!

Ontem estive na faculdade hibernada a estudar desde as 10h até à 1h30 da manhã. Microbiologia, a quanto o obrigas. Só peço, agora depois de ter despachado o exame, que aquilo que para lá escrevi (mesmo com algumas parvoíces que disse e que dei conta mal saí da sala... é o que dá decorar nomes de bactérias em latim e depois trocar os nomes das micotoxinas que estas produzem) chegue para ter 9,5 e passar à cadeira.
E assim, não só estou de férias até dia 22 de Fevereiro, como também caso passe, terei feito sete cadeiras este semestre das oito que tinha quando Setembro começou.
E isso é coisa para me deixar aos pulinhos de contente daqui até ao Pólo Norte.

Tuesday, February 7

Walk Tall.

Callie: You know I used to walk tall around here.  I used to walk tall.  Then came George, he took off at least an inch.  Then Erica went and left me, that shaved off a few more.  I got shorter.. all that humiliation makes you shorter so yeah, I am scared of getting hurt because one more personal disaster right now, would cut me off at the knees.
(...)
Mark: Walk tall. All you can do is be brave enough to get out there.  You fought, you loved, you lost.  Walk tall Torres…”

Grey's Anatomy, Season 5 - Episode 12

Estive aqui a noite toda a matutar neste momento de um episódio de Grey's Anatomy porque este conselho que o Mark deu à Callie, já na longínqua season cinco, não me sai da cabeça. E não sei explicar porquê.
A culpa deve ser de Microbiologia. Exame de quinta-feira, nunca mais chegas!

E tudo graças a uma coisa chamada Física Farmacêutica! *

Não há nada como ver a felicidade estampada na cara de alguém que gostamos muito. Como já aqui escrevi várias vezes, uma das minhas citações preferidas de todo o sempre é do filme Into the Wild e diz "Happiness only real when shared". E a verdade é que acabei de ter um momento desses, em que ele ficou tão feliz com uma nota que recebeu (e com o facto de essa nota permitir que 'fechasse' de vez uma coisa que queria já há muito) que eu fiquei tão feliz, mas tão feliz por ele que nem sei explicar. Vê-lo assim, a sorrir daquela maneira, fez com que todo o nervoso com que estou por causa do meu exame e por esperar ainda umas notas (minhas e dele) e por todas as expectativas que se poderão ou não vir a concretizar daqui por umas semanas, simplesmente desaparecessem. E isso sabe tão bem!

* Quem diria que seria uma cadeira com este nome a alegrar, e muito, o meu dia!

Sunday, February 5

Aí, o meu Sporting.

Eu não sei o que se passa. Só sei que são anos de vida que eu perco a ver os jogos do meu Sporting. Anos de vida. Se eu tiver o meu cabelo todo transformado de preto para branco antes dos quarenta, não se espantem. É natural. Esta equipa anda a dar cabo de mim, a testar a minha paciência e capacidade de resistir a derrotas até para lá do aceitável.
Aí,  Domingos... pega no meu clube e tentar fazer algo de jeito. Por favor.

Saturday, February 4

One down, one (still) to go.

Está visto que Biologia Molecular I vai ser o meu calcanhar de Aquiles na faculdade. Mais ainda que Bioquímica, provavelmente. Portanto, já que o exame de ontem nem vale a pena ser tido em conta porque se o primeiro me tinha corrido bem e me valeu um 5,9 é quase já mais que óbvio que este, da forma como correu, não me vai valer o 9,5 necessário para passar a esta cadeira terrível do 2ºano. E pronto, é assim que eu digo olá à época especial de finalista, em Setembro.
Por isso, é mesmo importante que passe a Microbiologia na quinta-feira, dia em que entro de férias, em princípio. O estudo começou já hoje, a matéria é muita e chatinha mas espero despachar já esta cadeira para entrar no segundo semestre mais relaxada.
A partir de quinta-feira, não mexo uma palha que seja relacionada com a faculdade até dia 22. E vou hibernar a ver os candidatos aos Oscars.
Mas primeiro, Microbiologia.

Friday, February 3

Friendship is... #4

Vai fazer este domingo três semanas que o meu melhor amigo aterrou em Lancaster. Temos trocado meia dúzia de "olás" e de pequenas novidades mas nada que se assemelhe aos cafés, Martinis e conversas intermináveis que tínhamos sempre que eu estava em época de exames e, antes de me sentar para uma noitada de estudo, ele me fazia tirar uma horinha para relaxar. Há três semanas que não o vejo, que não oiço a voz dele. Estas são as primeiras três semanas dos seis meses que ele lá vai passar, com um frio de rachar.
Uma parte de mim foi para longe há três semanas e eu tenho sentido a sua falta desde aí. Mesmo que ele esteja à distância de uma ligação à internet. E, se não fosse o Skype (que eu vou começar a usar agora) não sei o que seria de mim. Porque namorados podem ir e vir, amigos também mas ele é, a par do meu irmão e do meu pai, um dos três homens da minha vida. Aí, saudades, saudades.

Sunday, January 29

Somebody That I Used To Know



Só porque completa o post anterior e porque ainda não parei de ouvir a música desde sexta-feira à noite.

Saturday, January 28

[Duas semanas depois, já não é irritação mas também é ainda felicidade. Essa depende directamente de menos de meia dúzia de números, números esses que vão demorar duas a três semanas ainda a revelarem-se. É bom que esses números sejam acima do dez porque eu sei, bem cá-no-fundinho que não estou, nem vou estar tão cedo, nem um mínimo dos mínimos preparada para que se interponha aqui uma distância destas. Centenas de quilómetros. Uma porcaria de um avião pelo meio. Não dá, não funciona, não é suportável.
Sei que depois de descobrir que ao fim de três meses de me mentalizar que nunca iria ser mais nada a não ser aquilo que já era há muito, afinal posso vir a sê-lo, afinal houve aí qualquer coisa que apareceu, ou que cedeu ou que simplesmente aconteceu de uma maneira que eu não sei mas que é importante e que pode não vir a ter a oportunidade de se transmitir cá para fora. Não estou preparada, nem pouco mais ou menos.
Não estou preparada para te ver entrar num avião e não saber quando é a data do regresso. Não estou preparada para passar nos corredores e não haver hipótese de nos cruzarmos, para deixar de receber beijinhos na testa e festas no cabelo, para não poder completar a minha cultura cinematográfica contigo (que tem imensas lacunas ainda, mas que já preenchi algumas e que em parte foi graças a ti). Não estou preparada para o monte de saudades que se vai abater sobre o meu metro e setenta e seis e sei que apesar de ser alta e não muito fraquinha, não me vou aguentar com o seu peso. Porque já passei por isto, já sei como é.
É como se me pusessem o teu corpo vinte e quatro vezes em cima e, ao mesmo tempo, me exigissem que o segurasse intacto enquanto me partiam as pernas pelos joelhos e me mandavam de um precipício abaixo.
Não quero sequer equacionar a hipótese da próxima viagem ser a última. Não quero ponderar sequer o ter de destruir o que nós temos (e tudo o que já houve, incluindo a amizade) por um motivo tão estúpido como uma palavra de nove letras.
Se isso acontecer, vou-me abaixo como um castelo de cartas construído sobre um fósforo e sei que vai ser um automático adeus ao pensamento de acabar o curso este ano, porque a cabeça vai destabilizar (and I've been there before too), mais ainda do que estava quando apareceste.
Por isso, por favor, para que existam mais noites quase-perfeitas como a última (e para que existam também ainda outras mais perfeitas que a de ontem), para que as mãos fiquem sempre dadas e o sorriso se mantenha a cada palavra mais "característica", para que fiques sempre como alguém que não é "igual a ninguém do teu passado", esforça-te. Ao máximo. Mesmo que não durmas, não saias, não comas e eu não te veja.
Ultrapassa. Fica cá.
Para que nunca sejas simplesmente another "somebody that I used to know".]

Wednesday, January 25

(Boas) Novidades!

O David Fonseca anunciou à revista Blitz que o seu novo trabalho (depois de dois anos e meio de Between Waves) sai para as lojas em Março. Ah, meu querido Davidinho, as saudades que eu tenho de ouvir músicas novinhas tuas! :)
Saiu ontem também a lista de nomeados para os Oscars 2012. Feitas as contas, tenho cerca de 25 filmes que tenciono ver até ao próximo dia 26 de Fevereiro (dia da grande noitada!). Impreterivelmente, irei ver The Girl with the Dragon Tattoo ao cinema. Provavelmente, os restantes vão ser aqui, no conforto do lar (e da cama) com o portátil no colo. É isto, estamos em crise e o cinema está caríssimo. Admitamos, a internet sai mais barata.
Espero é ter tempo para ver tudo o que quero. Em princípio, estou de férias de 9 a 22 de Fevereiro, altura em que começa o meu 2ºsemestre. Acho que vou hibernar para tentar ver o máximo possível nessa altura.

Tuesday, January 24

Devia estar por aí aos saltinhos de contente.

Desde que entrei na faculdade, há dois anos, que nunca consegui fazer o pleno em nenhum semestre. Nos exames de primeira fase, tenho chumbado sempre a dois ou três (ou mesmo quatro) e depois na época de recurso, nunca passei a todas as cadeiras que tinha para fazer. No máximo, faço quatro ou cinco cadeiras em cada semestre e até agora, até chegar ao terceiro ano, andei sempre apertada por ter de fazer cadeiras em atraso.
Este ano, sou finalista. Portanto, não se punha a hipótese de deixar nada para trás, ainda mais depois da sorte que tive em Agosto quando fui autorizada a passar para o último ano do curso em vez de ficar retida no segundo, mesmo apesar de ter cinco cadeiras em atraso.
A verdade é que, depois do exame de hoje e mesmo ainda faltando um de época normal (que é na sexta-feira), quase de certeza que vou fazer seis cadeiras na primeira fase de exames deste ano. E as restantes duas das oito que tinha para fazer este semestre vão ser feitas na época de recurso. Nem que chovam martelos.
Foi preciso chegar ao último ano para me sentir apertada, como me disseram. E aí, comecei a fazer tudo. Passar em cinco exames em dez dias, isso sim, é motivo para me deixar orgulhosa.
O engraçado é que faz hoje precisamente um ano que tive uma quebra emocional tão grande que me fez não estudar quase nada, não me preocupar com o facto de não passar nos exames e foi uma das grandes razões para este ano estar tão sobrecarregada de cadeiras. E estar agora conseguir fazer tudo, sem grandes nervos nem noites sem dormir, nem dias sem comer, nem falhanços desmedidos, prova que não só há males que vêm por bem e que nos ensinam lições valiosas como que quando eu meto algo na cabeça, consigo mesmo fazê-lo. Desde que esteja bem para me mentalizar disso.

Monday, January 23

Já por cá passaram 30.000!!!


Ena pá. Ao fim de quase quatro anos e meio, o meu espacinho (que nos últimos tempos tem tido menos actividade do que é habitual porque a faculdade e o resto da vida não têm dado muitas oportunidades nem muita inspiração para a escrita) chegou às trinta mil visitas.
A vocês, que por cá passam, havendo ou não coisas novas, quer diga eu disparates ou textos de jeito, muito obrigada. :)
E agora, continuamos para bingo. Isto é, para os 40.000!

Sunday, January 22

Ando com uma vontade louca de a concretizar.

Acho que não há de faltar muito para voltar a ter tatuagens em número ímpar. Dizem que é assim que devem ser sempre e os desenhos já os tenho. Vontade também, muita. Estará para breve, quase de certeza.
Eu vou ficar feliz. A minha mãe vai ter um ataque cardíaco.