Monday, January 31

Se algum dia me ouvirem dizer uma das seguintes frases, é favor darem-me um tiro.

- Adooooooooro caldo verde!
- Conduzir? Não, não gosto. Leva tu o carro.
- Série nova? Dispenso.
- Matemática afinal até é giro.
- Estou farta de filmes do Tarantino!
- Enrola-me aí uma ganza.
- Não me ofereçam mais livros.
- Roupa preta é para funerais.
- O Espírito Académico é uma treta.
- O Benfica é que é um bom clube.
- Barcelona? Horrível, nunca mais lá volto.
- Epá, se calhar vou fazer um piercing.
- Hoje vou deixar o relógio e os óculos de sol em casa.
- Golfe é que é um desporto interessante.
- Metal não é música. Hip-Hop é que é.
- Hoje não quero Martini, traz-me antes um whisky.
- Vou passar a usar sapatos de vela.
- As Nikon são máquinas horríveis.
- Cabelo vermelho é coisa de gente doida.
- O Luís Represas canta muito bem.
- Fazer tatuagens é estúpido.
- Vou mudar de nome para Vanessa (ou Raquel, ou Mafalda).
- Detesto ir a concertos.
- Afinal não quero ir para a PJ, quero é ir tirar um curso de Sociologia.
- Não vou comprar mais Allstars, já chega.

Saturday, January 29

Casa Ocupada

Casa Ocupada, o segundo álbum de Linda Martini, foi editado no final de 2010. Vem provar a quem ainda pudesse ser mais céptico em relação à qualidade desta banda portuguesa que o sucesso de Olhos de Mongol, antecessor de 2006, não se deve ao acaso e foi votado como o melhor álbum português de 2010.
Casa Ocupada contém cerca de 42 minutos de um rock alternativo poderoso. Conseguiu puxar mais por mim ainda que o antecessor. Tem letras que fazem pensar mais, sentir mais.
Esta noite foi de leitura, acompanhada pela voz e guitarra do André Henriques, pelo baixo da Cláudia Guerreiro, pela bateria do Hélio Morais e pela guitarra do Pedro Geraldes. E o Casa Ocupada foi uma óptima companhia.



"Fomos feitos de algo mais que não tem forma nem razão.
Tivemos tempo p'ra ser mais."

Linda Martini - 'Amigos Mortais' - Casa Ocupada - 2010


(Porque Linda Martini foi das poucas bandas que conheci sem a tua influência e primeiro que tu, maninho.)
Já passa das três e meia da manhã e eu já deveria estar a dormir há que horas uma vez que amanhã é dia de regressar ao estudo. Acabaste de sair aqui de casa e sinto-me muito mais leve. Sim, esta semana perdi dois quilos em dois dias, à pala de practicamente não ter comido nem dormido naquelas cerca de 48h mas não me estou a referir a isso. A leveza deve-se a quão relaxada fiquei após umas 2/3 horas de deitar conversa fora. Conversa pouco produtiva e conversa muito produtiva. Coisas parvas e coisas sérias e importante. Vodka & sumo de laranja e choc&chip cookies.
A semana foi horrível. Estes últimos três dias, de terça a quinta-feira, foram dos piores dos piores que já passei até hoje. Diziam que o dia mais deprimente do ano ia ser segunda-feira, dia 24. Uma merda! Segunda-feira, dia 24, foi brutalíssimo. Senti-me quase Deus, ao sair daquele maldito Auditório quase segura de que uma das cadeiras que me atrasou no ano passado está finalmente feita. Consegui fazê-lo, estou quase 100% segura de que o primeiro obstáculo que se impunha ante a conclusão da licenciatura em Maio de 2012 está ultrapassado. Finalmente.
Após este bom dia, e porque a felicidade e o alívio são sempre efémeros, entrei numa espiral depressiva que fez com que ontem faltasse pela primeira vez a um exame. Da minha cadeira preferida do semestre inteiro. Exame que passaria, mesmo tendo estudado pouquissímo, quase de olhos vendados e que agora terei de fazer na segunda fase.
A espiral depressiva tirou-me o apetite, o sono, fez com que passasse dois dias a sentir o coração como se batesse fora do meu corpo (coisa bonita de se ver, não haja dúvida, mas nada agradável de sentir) e todos os cerca de seiscentos e quarenta músculos do corpo a tremer que nem um texugo epiléptico.
Apesar de não te ter contado isto, porque conhecendo-te tão bem como sei que conheço a tua reacção seria a de "rapariga, tu não estás bem, vê lá se te atinas" e tive vergonha de te dizer o que se passou, sinto-me muito melhor porque todo o aparvalhanço (que não, não resultou de ácidos) serviu para me distrair um pouco da grande confusão que é a minha mente. E sei que hoje vou adormecer rápida e tranquilamente. Obrigada Zubi! <3
(Brevemente, sei que vou começar a contar os dias até Janeiro/Fevereiro de 2012... E a falta que me irás fazer nessa altura.)

Friday, January 28

Road to the Oscars 2011 - Step #1

A tradição foi começada em 2009 e não se repetiu em 2010, ou seja, ainda não é uma tradição. Mas a partir deste ano de 2011, irá passar a ser. Prepare-se o sofá, as pipocas e o facto de só se ir dormir para lá das cinco da manhã. Sintonize-se a TVI por volta da uma da manhã no próximo dia 27 de Fevereiro, ceda-se à futilidade inata das mulheres em comentar um pouco os vestidos, os sapatos e as jóias (mas só durante uns cinco minutos, vá) e agarre-se na lista de apostas.
Portanto, o primeiro passo é ver os filmes nomeados. Dá jeito, parecendo que não. Em 2009 não tinha visto nenhum deles e só fui ver o Slumdog Millionaire depois. Já ia com aquela ideia, epá-este-ganhou-o-Óscar-deve-ser-mesmo-bom... o que é, de facto, mas pronto, perde um bocado a piada.
Dos dez nomeados para a categoria de Melhor Filme, só vi ainda um (Inception). Ou seja, tenho um mês para ver nove filmes... Tendo em conta que no último mês só vi dois, é capaz de ser melhor pôr-me a mexer. Há muito ficheiro .avi à minha espera no meu disco externo... oh-se-há!

Wednesday, January 26

5 para a Meia Noite

Começou na semana passada a 4ºsérie deste late night show, o único dentro do género na nossa televisão. Não começa sempre, como o nome diz, às cinco para a meia noite, mas é dos poucos programas que merece a pena ver. Pelos apresentadores (ainda que prefira de longe apenas o Pedro Fernandes e o Luís Filipe Borges), pelos convidados, pelo humor... Um momento de humor particularmente engraçado é o protagonizado pelo humorista António Raminhos, vestindo a pele do Maestro António Raminhos d'Almeida que tem uma teoria espectacular.
A teoria do Maestro diz que a letra do Atirei o Pau ao Gato cabe em qualquer melodia de qualquer música. Verdade é que o homem tem razão, mesmo quando mete o Atirei o Pau ao Gato em músicas dos AC/DC. A ser visto aqui.



"Há um cantor português que todos vocês conhecem, drogado, coitadinho, que é o André Sardet... sim, aquela música do vou daqui até à Lua, da Lua até aqui, aquilo é ácidos, de certeza!"

(Nunca ninguém tinha expressado tão bem o que realmente se passa com o André Sardet... Ácidos, meus caros, ácidos!)

Sunday, January 23

Isto é tudo uma questão de fé, meus queridos.

Professora (nome-que-não-deve-ser-revelado), que dais aulas na minha faculdade;
Amaldiçoada seja a vossa cadeira;

Venha a nós o vosso exame, sejam respondidas as suas perguntas; quer da Transcrição, quer da Tradução (do RNA). No mínimo um 10 nos dai hoje;
Perdoai-nos que escrevamos "as enzimas", assim como nós perdoamos a vossa p*** da arrogância.
Não nos fazeis repetir novamente a cadeira e livrai-nos para sempre de Biocel.

Amen.

(Para que conste, eu sou agnóstica. Se rezasse, seria esta a oração que faria sentido para mim amanhã de manhã. Exame de Biologia Celular às 11h.)

Não está chuva, nem orvalho...

... está um frio do c******!(Quem é que abriu a porta do frigorífico?)

Saturday, January 22

Lifestyles of the Rich and Famous #3

Eu ainda estou meia estupefacta com o nome que o Yannick Djaló e a sua querida Lucy foram desencantar para dar à filha, que nasceu a semana passada. Eles já tinham dito aqui há uns meses atrás que a criança iria ter um nome que fosse a fusão dos nomes de ambos e que o segundo nome começaria com um V. Ora, com Luciana Abreu e Yannick Djaló, eu assentei uma aposta em Luciló Vanessa. Estava com todas as minhas forças a torcer para que fosse uma Luciló Vanessa (Deus sabe como eu amo *ironiazinha* o nome Vanessa!).
Qual não é o meu espanto que, depois de no fim de semana passado andar por aí a circular que a pequenina se chamava Lucyanni, que também é um nome que sim senhor, é parolo desde aqui até ao Pólo Norte mas que ainda assim se tolera, na quarta-feira surge a notícia que a bebé afinal tem o espectacular nome de... Lyonce Viiktórya.
Primeira coisa que me veio à ideia: o quanto a criança vai ser gozada quando entrar para a escola. O nome será aceite no registo uma vez que o Yannick não é português e por isso podem escrevê-lo com aqueles Y e K. Vitória, escrito em português, não é assim um nome muito bonito na minha opinião mas é mais normal. Agora, havia alguma necessidade de o escrever daquela maneira esquisita e queremos-fazer-isto-soar-a-estrangeiro-mas-afinal-só-soa-a-foleiro? Coitadinha da miúda, que vai sofrer os horrores de ter os putos todos da escola a gozar com o nome dela. As crianças são muito cruéis às vezes (Alexandra não é um nome assim muito invulgar e eu bem sei as lindas coisas que arranjaram para gozar comigo, quando era mais nova) e realmente Lyonce Viiktórya apela mesmo ao gozo, porque ninguém nunca se ia lembrar de um nome destes, tal é a parolice. Credo.
O Vasco Palmeirim, animador das manhãs da Rádio Comercial, deu o mote para um novo êxito e pôs muita gente a rir às gargalhadas. Oiçam aqui, que vale mesmo a pena.

Friday, January 21

Random #1

Dracula Family é o título de uma música de Mogwai, uma banda de post-rock escocesa formada em 1995. Esta música faz parte de uma série de três que foram lançadas como bonus tracks do seu álbum de 2008, The Hawk is Howling e é qualquer coisa assim de um outro nível. Mogwai é uma banda que se foca num rock instrumental e que já tive o prazer de ver ao vivo em 2009, quando vieram apresentar o tal álbum. Por aqui, espera-se que voltem brevemente para apresentar o novo álbum, Hardcore Will Never Die But You Will, que será lançado agora em Fevereiro (mas que já foi partilhado na Internet e que eu já tenho, embora ainda não tenha tido oportunidade de o ouvir com atenção).
Lá estou eu a divagar outra vez como é meu costume nestas coisas da escrita... Bem, mas voltando à Dracula Family, é uma música que sempre gostei muito e quando comecei a mostrar o produto muito rudimentar (era e ainda é muito básico) do meu interesse na arte que é a Fotografia, achei que seria um bom título para uma rubrica aqui no blog. Mais tarde, para um blog próprio e um álbum de fotografias no meu Facebook. Finalmente, resultou na criação de um perfil no Flickr, um site de partilha de imagens onde vou mostrando as minhas já-ligeiramente-menos-rudimentares fotografias.
E como nestas coisas temos é de chamar a atenção para aquilo que é nosso, isto tudo serve para dizer que depois de ter estado aqui uma parte da minha noite (que já vai longa e o dia também o foi) a organizar as fotografias, pôr datas e locais e títulos e tudo e tudo, o link está aqui na barra do lado direito. Basta carregarem em cima da fotografia e serão levados para aquele que é o meu Lado B, a minha outra forma de ver o mundo. Comentários e críticas serão muito apreciados. Hope you enjoy!

Wednesday, January 19

[O ruído de fundo constante é A música, a tal música marcante destes tempos baralhados que soa na minha cabeça cada vez que penso nisto tudo. Arrepia-me o tê-la descoberto depois de tudo ter acabado, porque o facto de ser deles e de expressar tão bem como eu me sinto é de uma ironia espantosa. É como se fosse um murro no estômago. Todos os dias a tenho na minha cabeça; quanto mais me obrigo a pegar finalmente no telefone, mais razões arranjo para o adiar e o tempo vai passando e passando. E a música cá continua, sempre a repisar. Já imaginei o momento umas trinta vezes na minha mente, é só fechar os olhos e lá aparece e eu penso no que é que vou dizer e aí desencadeia-se toda uma reacção física àquilo que não passa de uma imagem, um 'se', uma possibilidade. Acelera-se o coração, tremem os músculos do corpo inteiro, abrem-se os olhos e 'não, não, hoje ainda não. Amanhã'. Entretanto já se passaram uns vinte 'amanhãs' e nada, e não se pode continuar a adiar que a cabeça tem de se concentrar noutras coisas e parar de pensar sempre no mesmo. A música tem de ser desligada, seja para o bem ou para mal. Seja para desligar o som de vez, seja para o pôr apenas num volume mais baixinho, que permita a vida continuar em paralelo. Tem de ser. Tem de ser. Tem de ser. Para falar, partilhar, esquecer e começar a viver. Tem de ser hoje.
"For comfort, for solace, for the end of my broken heart."]

Tuesday, January 18

Ora, vamos lá falar de algo realmente interessante sobre os Golden Globe Awards

E não. Não é de vestidos, como as restantes trezentas e quarenta e sete dúzias de pessoas que neste país têm um blog e resolveram discutir os vestidos que desfilaram no domingo pela passadeira vermelha. Mudem de blog agora, se quiserem, que ainda vão a tempo, porque aqui não se fala de vestidos.
Fala-se de algo que eu acho ainda mais relevante do que porque é que a X resolveu ir vestida de cortinado e levar um par de sapatos da Foreva em vez de serem Manolo Blahnik ou Christian Louboutin: o facto de as pessoas lá em Hollywood terem todas uma capacidade muito limitada de gozarem com elas próprias. Muito limitada é eufemismo, acho que é mesmo inexistente. Mas isto sou eu, que tenho um sentido de humor esquisito.
Ora portanto, o apresentador deste ano, e que já o tinha sido também no ano passado, foi o humorista britânico Ricky Gervais. Homem que é engraçado até dizer chega e tem montes de piada. E no domingo passado, entrou na gala completamente a matar.

Em cerca de cinco minutos, o Ricky Gervais com o seu sotaque british fantástico (gosto muito) consegue arrasar com praticamente metade da plateia presente na cerimónia. E mandar um grande pontapé na boca de um "famous scientologist". Devem saber tão bem como eu, quem é que enfiou a carapuça naquela piada.
Estava-se mesmo a ver que certas coisas iam ofender muita gente e o resultado é que o querido do Ricky já não irá apresentar mais nenhuma cerimónia dos Golden Globe Awards. Pelos vistos, pisou as pessoas erradas, que não acharam a piada que eu achei (estive a rir-me durante o monólogo inteiro). É pena, mas é o que temos. É triste um gajo talentoso não poder fazer piadas realistas. Enfim.

(Sim, eu podia ter falado dos vestidos e da passadeira vermelha e de como adorei completamente o vestido da Angelina Jolie, mas achei o monólogo do Gervais muito mais interessante. Shame on me!)
"Spinning round and round it goes (...)
Can't stop this flame from burning,

Can't stop the wheels from turning
."

Dream Theater - 'Constant Motion' - Systematic Chaos - 2007


Eu tenho um defeito de fabrico que é faltar-me o botão do Off. O meu cérebro tem uma deficiência qualquer e torna-se impossível de desligar. Mesmo a dormir; tenho com cada sonho mais disparatado que não lembra nem ao diabo. Acusam-me muitas vezes, não no mau sentido do termo, de pensar demais. Overthinking. Eu sei perfeitamente que o faço e que quanto mais penso numa situação, menos actuo. Menos falo. Menos resolvo tal situação. Mais quietinha fico no meu canto e deixo o barco passar. Quando, e se finalmente, me decido a agir, já o barco passou há muito e quando nele tento entrar, caio dentro de água porque já não está nenhum barco atracado no porto.
Há alguma semanas que ando a pensar sobre uma atitude, se a devo ou não tomar. E queria muito falar com ela sobre isso, porque sempre me soube aconselhar da maneira mais sensata. É das pessoas que mais admiro, pela forma como encara a vida e as várias dificuldades com que já se deparou (pelo menos desde que nos conhecemos, o que é ainda recente). E ontem, durante quase duas horas de conversa ao telefone, ela pegou em mim e no que eu sinto e transpô-lo para o seu ponto de vista, que é único, e ajudou-me a sentir muito mais leve. E disse-me "Não penses tanto. Vive."
Eu sabia que tinha de tomar uma decisão. Depois de pensar ainda mais e de ouvir a minha situação nas palavras de outra pessoa, cheguei a uma conclusão em relação àquilo que quero fazer. Sem medo, nem arrependimento (odeio arrepender-me, principalmente daquilo que não fiz). É ganhar forças e respirar fundo. Amanhã é o dia. (Obrigada, mais uma vez.)

Monday, January 17

A má matemática do Paulo Sérgio

Eu não sei o que é que os dirigentes do Sporting andam a fumar, mas que anda tudo doido, anda. Já não bastava andarmos na penúria, não podermos comprar jogadores decentes porque o clube não tem dinheiro sequer para mandar cantar um ceguinho e os jogadores todos os anos inventarem uma cena qualquer para destabilizar o balneário (tivemos o caso do Rochemback, do Liedson, do Vukcevic, do Miguel Veloso e o mais flagrante e recente do João Moutinho, entre outros tantos), resolvemos arranjar um treinador que é burro que dói.
Um treinador que, no fim de semana, antes da derrota com o Paços de Ferreira (uí, que lindo!) resolveu dizer que esperava fazer 46 pontos quando só estavam já 45 em disputa, nesta altura do campeonato. Eu tenho para mim que, hoje o sr. Paulo Sérgio acha que ainda pode vir a fazer 43 pontos nos próximos jogos.
Meus caros, uma coisa é ter esperança. Outra, é não saber matemática básica.
Não me tranquiliza minimamente ter este senhor como treinador do meu clube do coração. Porque o homem, para além de burro, é teimoso. E eu acho que ele percebe tanto daquilo como eu percebo de tricot. Que é absolutamente nada. Uma pessoa que ainda não percebeu que o Carlos Saleiro não é opção em momento algum do jogo e que o Yannick Djaló esquece-se sempre das chuteiras em casa e joga com umas tábuas no lugar dos pés, de futebol não percebe muito com certeza. De tricot, talvez perceba. É sempre mais provável.
Portanto, depois do jogo deste fim de semana, salta de lá o José Eduardo Bettencourt (que também teve o seu belo momento de chamar 'maçã podre' ao Moutinho, em que mais valia ter fechado a boquinha) em vez de saltar fora quem devia ser. E os nomes apontados para lhe suceder, e agora é que isto fica mesmo perturbador, são Rogério Alves, Abrantes Mendes, Dias Ferreira... Pior, pior, só ficava se o Paulo Pereira Cristóvão dissesse que se ia candidatar.
Podem parar de destruir o meu clube, se faz favor? Obrigadinha!

And the Golden Globe goes to...

... my dear, dear Jim Parsons!
Não sei se viram, mas quem anunciou foi a actriz que desempenha o papel de Penny, na mesma série (The Big Bang Theory) com a qual o Jim estava nomeado. Portanto, ao invés do comum " (...) Jim Parsons, The Big Bang Theory", o vencedor foi anunciado com um "OH MY GOD, Jim Parsons!" acompanhado de uns saltinhos no palco.
A rapariga ficou mesmo contente.
E eu também.
Jim Parsons, Melhor Actor de Comédia.
E o meu dia começa bem.

Bazinga!

Sunday, January 16

Como engordar que nem um texugo? - Guia Rápido

Passem uma noite de domingo, a olhar para um monitor de computador, com uma caneca de chocolate quente e uma caixinha destes bolos ao lado.
É a maneira melhor e mais rápida de ficarem parecidos com um texuguinho.
Amanhã de manhã, temos corrida. E uma decisão importante para tomar. Por isso, hoje como bolos como se não houvesse amanhã. Era bom que não houvesse, porque já sei que o amanhã me vai doer. Inside and outside.

O Chato de Todos os Portugueses

"Os debates entre os candidatos à Presidência da República têm sido extraordinariamente aborrecidos. E esta opinião é unânime, o que se saúda: ainda nenhum deles é presidente, mas estes candidatos demonstram que já conseguem criar consensos. Até ver, os portugueses estão unidos na convicção de que todos eles são chatos. Já não é mau.
Tendo tudo isto em consideração, custa-me sinceramente perceber a actual discussão sobre qual deve ser a formação do presidente da República. Uns argumentam que deve ter uma formação humanística; outros defendem que deve ser um economista. Discordo de ambos os pontos de vista. Como é evidente, o presidente da República deve ser, idealmente, um arquitecto de interiores. Essa é a formação ideal para quem vai desempenhar o cargo de figura decorativa.
Confesso que também não compreendo a indignação daqueles para quem, nos debates, não tem havido discussão de ideias. É preciso não esquecer que estamos a falar de eleições presidenciais. O presidente da República não precisa de ter ideias. Até é conveniente que não as tenha. Recordo que este é um cargo que já foi desempenhado com sucesso por Ramalho Eanes. Ramalho Eanes teve uma ideia uma vez, em 1979. Estava com sede e teve a ideia de ir beber um copo de água. Lembro ainda que o presidente tem, no essencial, três tarefas: visitar chefes de Estado estrangeiros, receber chefes de Estado estrangeiros e apelar à serenidade (sendo que, se quiser, pode combinar tarefas, apelando à serenidade dos chefes de Estado estrangeiros). A discussão de ideias é, por isso, inútil. A melhor maneira de escolher um presidente não é através de debates. O ideal seria organizar um concurso parecido com a saudosa Cornélia, em que os candidatos teriam de competir para ver qual deles faz melhor o check-in num aeroporto, ou qual deles cortam uma fita no mais curto espaço de tempo, com nota artística para o modo de manusear a tesoura. O candidato teria de executar tarefas enquanto, simultaneamente, apelaria à serenidade.
Exemplo:
Candidato: Aqui tem o meu passaporte e o bilhete de avião, sr. funcionário do check-in. Apelo a que processe os meus dados com serenidade.
Ou:
Candidato: Vou então inaugurar este troço de dois metros de auto-estrada. Notem como corto a fita com serenidade. Por falar em serenidade: apelo a ela.
No final do concurso, a prova de fogo: os candidatos teriam de ficar de pé sobre um enorme naperon de renda, para que um júri pudesse avaliar a sua capacidade de embelezar. É assim - e não com debates - que se escolhe um bibelô."
Crónica de Ricardo Araújo Pereira in Revista Visão

Por ocasião das últimas eleições presidenciais, o Ricardo Araújo Pereira escreveu esta crónica na Revista Visão. Daqui a oito dias, a malta lá vai escolher o próximo Presidente da República. Ou melhor, o próximo bibelô. E parece-me que, apesar do tom humorístico característico do RAP, ele tem razão naquilo que aqui diz, por isso é que com todo o aparato da campanha que se viveu esta semana, lembrei-me desta crónica. Adequada a esta semana que se aproxima.

Saturday, January 15

Dos Ornatos Violeta

Em 1999, eu nem sequer ligava a música. Ouvia tudo aquilo que me pusessem a ouvir, aliás já falei de como cheguei em parte àquilo que oiço hoje em dia neste post, aqui há uns anos. Em 1999, era lançado aquele que na minha opinião (que vale o que vale, tendo em conta que cada um pensa aquilo que bem lhe apetece) é o melhor álbum de música em Português de sempre. Chama-se O Monstro Precisa de Amigos e é dos (grandes) Ornatos Violeta. Claro que, com nove anos, eu desconhecia por completo quem eram estes gajos. Aliás, acho que a primeira vez que ouvi algo deles foi aos catorze ou quinze anos, ou seja muito tempo mais tarde, já eles tinham acabado de vez. E desde essa altura que fiquei com uma pena enorme de nunca poder vir a assistir a um concerto deles.
No ano passado, por causa do rapaz que concorreu aos Ídolos e que se meteu a cantar uma música deles, ficou tudo aí-que-a-música-é-linda-e-ele-também-aí-gosto-tanto-dos-Ornatos!, coisa que até gerou a criação de uma página no Facebook (que é óptimo para estas coisas) que dizia "Os Ornatos já existiam antes do Ídolos. E eu já era fã!". No mínimo apropriado, digo eu.
Ora bem, mas falava-vos eu do Monstro, que ando há uns dias a ouvir repetidamente. O Monstro é daqueles álbuns que fica para sempre. O Manel Cruz é um autêntico mestre da nossa língua por uma razão muito simples: não é fácil escrever boas letras em português. Há por aí tanto bom exemplo de letras foleiras na nossa língua que o Manel Cruz se distingue a quilómetros. Este homem tem a capacidade de escrever sobre sentimentos e tudo o mais e soar bem. E fazer as pessoas identificarem-se com aquilo que a canção nos está a dizer.
O Monstro tem treze músicas, todas elas escritas pelo Manel Cruz. No meio das treze, a Ouvi Dizer (a tal que toda a gente conhece por causa do Filipe dos Ídolos) é apenas mais uma. Foi a que me despertou a atenção a princípio, porque também foi a primeira que ouvi já lá vão uns seis anos. Mas prestando mais atenção, há outras boas, tão boas, tão geniais. A poesia do Manel é incomparável e o Monstro deveria ser uma referência para qualquer pessoa que retire prazer de ouvir ou fazer música. Letras como as de Dia Mau, Capitão Romance, Deixa Morrer e Fim da Canção são geniais. Diz quem viu, que eu já não fui a tempo, que a presença de palco destes senhores era admirável.
O Monstro acaba com a Fim da Canção. E acaba (e acabo eu também este texto) assim:
"Eu vou dizer até me ouvir,
A dor chegou para ficar
Eu vou parar quando eu sentir
Não haver motivo para negar
É como ouvir alguém dizer
Vê nessa procura uma razão
Pra virar o dor para dentro
Que é virar o amor para dentro
Falo de um amar para dentro
Que é virar a dor para dentro.

Chegámos ao fim da canção
e paro um pouco para dormir."
Comecei a ver este programa em Setembro e é dos poucos que ainda vejo na televisão. Actualmente, só The Biggest Loser e Criminal Minds (SIC Mulher e SIC) me fazem sentar em frente à televisão por um bocadinho, de segunda a quinta-feira. Ah, e também acho piada ao The Ellen DeGeneres Show, a mulher tem graça e não tem um programa de drama-estilo-Oprah (para a qual já não há paciência!).
Mas voltando aqui ao prato principal (trocadilho estúpido, eu sei), o que me prende a este The Biggest Loser é a capacidade e a vontade que as pessoas demonstram em perder peso, em tornar a sua vida mais saudável. É verdade que tais perdas de peso só são possíveis realmente treinando imensas horas por dia, não tendo um trabalho ou outras rotinas. Mas aquelas pessoas provam que é verdadeiramente possível mudar de estilo de vida. Basta querer e ter força de vontade. Fazer por isso.

Comecei a ver o programa com o meu irmão. Lá nos sentávamos nós, quatro dias por semana, a ver os desafios que eles criavam para os concorrentes a cada semana e como cada concorrente se saía na balança. E quem era eliminado, claro.

Há mais ou menos três semanas que o meu irmão mudou de casa. Vi-o umas duas ou três vezes nesse espaço de tempo. Como se calcula, o rapaz não vem cá a casa, todas as noites, para ver o programa. Ou seja, passei a ser só eu, não tendo ninguém com quem comentar quem sai e quem fica e outras futilidades sem interesse, coisa potencialmente irritante mas que eu tenho muito a mania de fazer.
A verdade é que parece que o programa perdeu parte da graça. Vê-lo sozinha não é a mesma coisa. Arrisco-me a adormecer depois no sofá e não tenho ninguém que chegue a casa mais tarde e me vá acordar para me mandar ir para a cama.
Acho que o que estou a tentar dizer é que, apesar de estar feliz por ele ter a sua casa e tudo o mais, de andarmos sempre às turras e a chatearmo-nos e a discutir quando ele estava cá em casa, de passarmos também dias e dias sem nos vermos, tenho saudades do meu irmão. Muitas.

Friday, January 14

Querido São Pedro,

Está bem que é Janeiro, estamos em pleno Inverno e blábláblá whiskas saquetas, mas achas que isso é razão suficiente para esconderes o Sol durante tanto tempo?
Sabes, é que eu funciono como as plantas. Preciso de fazer a fotossíntese para obter energia, meu querido, e estas nuvens terríveis que não descolam (não, não estou a falar das que pairam por cima da minha cabeça, que isso são outros carnavais) estão-me a impedir de o fazer. E sem energia, não há vontade para o estudo. Há dois dias, finalmente decidiste deixar o Solinho dar um ar de sua graça mas foi exactamente no pior dia da semana, véspera do meu exame, dia em que tinha mesmo de ficar em retiro estudante.
Achas bem, oh São Pedro, eu estar aqui a olhar janela fora e não ver Chelas? Eu sei que pronto, é Chelas, tudo bem, ninguém tem especial prazer em ver esse belo (not!) bairro, mas pronto. Eu nem vejo a palmeira que está plantada aqui a uns dez metros do meu prédio, homem! O nevoeiro era daquelas coisas que, em criança, eu me lembro de ver só de manhã e depois da parte da tarde, adeusinho!
Eu andei a semana toda à espera que sexta-feira não estivesse esta 'cortina de fumo' terrível para poder ir correr para o EUL e estou aqui indecisa se hei-de ir ou não porque não vejo um palmo à frente da trombinha. Frio eu ainda aguento, agora não ver a rua por onde ando é coisa que eu não acho muito piadinha. Vê lá se meditas sobre este assunto durante o fim-de-semana e se segunda-feira te lembras de nos mostrar o Sol, sim?
Obrigadinha.

Beijinhos,
Alexandra

Thursday, January 13

Para fazer o follow-up deste post, tenho a dizer que o presente foi embrulhado. Ontem. O que já é um avanço. Agora é só ganhar coragem para pegar no telefone. Let's see if that ever happens.

Wednesday, January 12

Just Breathe

No meu primeiro semestre na faculdade, foi X. No segundo semestre, foi Y. Este semestre está a ser Z.
Todos os semestres, tenho tido uma cadeira-pesadelo. Este semestre foi a mais improvável de todas, uma das que vale menos créditos e que em teoria seria das mais fáceis e menos trabalhosas.
Portanto, a minha ideia inicial saiu-me toda ao lado. A minha professora, a já famosa Cruella-de-Ville, tornou a minha vida num autêntico inferno ao longo de todo o semestre. Humilhou-me, foi arrogante e prepotente, fez-nos trabalhar em contra-relógio na pior semana do semestre, torturou-me durante três semanas à espera da nota que definia se podia ou não ir fazer o exame teórico. Um autêntico pesadelo.
Amanhã é o tal exame teórico. Há três dias que não faço praticamente outra coisa que não ler os textos de apoio, tentar meter na cabeça os principais conceitos e preocupar-me com quais serão as 3/4 perguntas que o exame vai ter. Até já sonhei com o exame na noite passada. Há algum tempo que não estava tão nervosa para um exame como isto. E o facto de ser aquela cadeira com aquela professora que me está a afectar desta maneira, deixa-me ainda mais irritada e enervada.
Preciso urgentemente de respirar de alívio em relação a esta cadeira e espero fazê-lo amanhã à tarde.
[Desde ontem, mais ou menos por esta hora, que já tentei escrever este post para cima de sete vezes. Escrevo dois parágrafos, apago, recomeço, mais dois parágrafos, volto a apagar e por aí fora. Tento escrever sem as frases feitas que toda a gente usa, sem expôr demais a situação e sem fugir ao assunto e começar a vaguear, coisa que me acontece muito (começo a escrever sobre o Campo Grande, quero acabar o texto a falar do Campo Pequeno e acabo a ir dar a volta à Baixa). Uma noite mal dormida e depois de quatro horas de estudo seguidas, mentalizei-me que tenho de conseguir acabar o raio do post, dê por onde der. Vamos lá ver no que isto dá.]

Os amigos chegam a ser mais importantes que a família. Eles, podemos escolhê-los. Aos familiares infelizmente não. A minha família é, de certo modo, um bocado confusa. Não sabem bem o que andam aqui a fazer e nalguns casos, lá está, só fazem é parvoíce. Por isso, já há algum tempo que o meu apoio, o meu pilar é aquela meia dúzia de pessoas. De vez em quando, cruzo-me com alguém que mais tarde vem a fazer parte dessa meia dúzia (que acaba por não ser já só uma meia dúzia, é uma força de expressão), como foi o caso dela. A nossa amizade começou de uma forma rara, o que não conta para nada porque o que ela significa é muito, muito superior a isso.
Ontem, fiquei a saber que ela não está bem. Já há algum tempo que não está bem e eu não fazia a mais pequena ideia porque desde antes do Natal que não conversamos à séria. E fiquei a sentir-me mal. Mal por não o ter sabido antes, porque ela sempre esteve comigo quando precisei, quando tive os meus maus momentos. Mal por ela, porque é uma das minhas pedras basilares e assim como ela esteve cá para mim, eu queria estar lá neste momento. Mal porque não sei o que fazer nem o que dizer. Surge-me todo um rol de frases feitas, aqueles chavões que toda a gente diz numa situação destas, que bem sei quanto custam ouvir e que só apetece dizer "calem-se, f***-**!". Fora esses clichés, a minha mente está vazia. Não sei como ajudá-la e isso traz-me uma sensação de impotência que me irrita sobremaneira.
O mais que consigo dizer é que, caso leias isto, sabes que estou aqui (sabes, não sabes?). E que, brevemente, espero poder dar-te um abraço daqueles. Smile on, Hang on!

Tuesday, January 11

Dracula Family #15

[Lisboa - 05.09.2010]

Monday, January 10

Eu juro!

Eu juro que se leio mais uma vez a expressão "o social só se explica pelo social", parto para a violência. Começo a partir copos, mandar canetas pelo ar ou bater em alguém.
Porquê, mãe, porque é que eu tenho de estudar isto? PORQUÊ?
Cadeira mais inútil!

Sunday, January 9

No ano passado entreguei todas as minhas prendas de Natal, à excepção de uma. Uma pequena prenda, feita por mim como mais umas três que foram ter aos seus destinatários, que ficou por aqui, na minha estante. Foi mais por piada que a fiz até, do que pelo valor que tinha (ou teria) mas nunca a cheguei a entregar, por motivos vários. Na altura parecia fazer sentido, mas acabámos por não nos voltar a ver, já lá vai praticamente um ano e meio, nem falar. E a prenda por aqui acabou por ficar, já que nunca a re-aproveitei para oferecer a outra pessoa (seria estúpido) nem a deitei fora (já que ainda me deu um certo trabalho). Cada vez que olho para ela, lembro-me de a construir e nunca ter tido coragem (chamemos-lhe assim) para a entregar e o ela ainda cá estar traz-me sempre à mente a ideia de fracasso.
Este ano, voltei a fazer duas prendas, por alturas do Natal. Apesar de já não sentir a mesma magia natalícia de quando era pequena (até por muitas mudanças familiares que se passaram since then), continuo a gostar muito desta época. Das luzes e decorações, do frio que parece só saber bem naqueles dias, do espírito de oferecer presentes a quem nos é querido, coisas que sabemos que vão gostar, que lhes fazem jeito ou que pura e simplesmente nos dá gozo escolher para determinada pessoa. Não embarco em consumismos desenfreados e sem pés nem cabeça, não só porque não tenho posses para isso mas também porque não é o facto de se dar presentes excêntricos ou em grande quantidade que demonstra o que nos importamos com alguém. O cuidado na escolha do presente ou mesmo o facto de o fazermos nós próprios, quando se proporciona ou é adequado, é para mim muito mais indicativo do que o mesmo significa do que o ser a camisola X ou Y ou o perfume Z que custa para cima de um ordenado mínimo (ou de dois ou de três). E por estes dois motivos, já não é a primeira vez que, apesar da minha motricidade fina não ser das melhores, me aventurei a fazer alguns dos presentes com as minhas próprias mãos (e tenho vindo a aperfeiçoar, que isto este ano saiu muito melhor, verdade seja dita!).
Uma já foi entregue, a outra ainda aqui está, também. E hoje olhei para ela com uma sensação estranha de dejá vu. O Natal já foi há duas semanas e eu ainda nem sequer me mexi e/ou tomei qualquer iniciativa que fosse para fazer com que ela chegasse às mãos de quem pretendo. E não sei quando ou mesmo se o chegarei a fazer. Porque sou tão merdinhas que fico dias esquecidos a questionar-me se devo ou não fazê-lo e depois o momento passa, eu fico sossegadinha no meu canto e zip. Acaba por ficar cá mais um fracasso, mais uma prenda desperdiçada. Mais um reminder de um afastamento irreversível.

Ando há uma semana a pensar no que fazer. E realmente o que tenho a perder é zero, poderia tentar. Mas conhecendo-me como eu conheço... Se calhar, acabo por inaugurar uma prateleira na minha estante destinada a fracassos. Uma prateleira de espaço infinito, para caberem lá todos.

"The stars at night


" ... are big and bright *clap, clap, clap* deep in the heart of Texas!"

Just keeps getting better and better. Project Shoe!

Friday, January 7

Ora, falemos um pouco de Política...

... ou então, façamos ainda melhor: paremos de falar de Política. Paremos com o Cavaco Silva, o Manuel Alegre, a venda das acções, o BPN, o texto literário para a campanha do BPP e mais o diabo a sete. Parem com as mesmas notícias, dia sim dia sim, que abrem e fecham todos os telejornais e que não trazem nada de novo. Tudo o que esta gente sabe fazer é atacar-se uns aos outros, "o senhor doutor fez isto", "o senhor candidato devia ter feito aquilo", "o senhor presidente não agiu não-sei-onde". Epá, chega. É um enjoo. Faltam quinze dias mais ou menos para o raio da eleições, a campanha ainda nem sequer começou (e os molhos de dinheiro que vão gastar nas campanhas, senhores! E depois é 'aí a crise!'...) e, pelo amor de Deus, já não se pode ouvir falar em tanto debate, tanta acusação, tanta parvoíce junta e ao mesmo tempo.
Não há paciência, sinceramente, desculpem lá.

Thursday, January 6

Alexandra's Life OST #10


Para ser feita justiça ao título do post, não deveria nomear nenhuma música em especial. Foi complicado escolher só uma música, principalmente deste concerto. A conjugação de metal com uma orquestra sinfónica é das mais harmoniosas que pode haver e este Symphony & Metallica é aquele momento que, após o Black Album, garantiu definitivamente a imortalidade aos Metallica.
A San Francisco Symphony, dirigida pelo grande Michael Kamen, eleva o nível melodioso de todas aquelas grandes músicas que eram já um marco na vida de muita gente. Eles já eram uma grande banda, um símbolo no mundo metal, desde os anos 80 mas foi em 1999 que atingiram um outro nível. Assim como os Iron Maiden têm aquele poderoso concerto no Rock in Rio, no Rio de Janeiro em 2001. Assim como os Pink Floyd têm o Pulse, gravado em Londres em 1994.
O (ainda maior) poder que a San Francisco Symphony traz a músicas como Wherever I May Roam, Sad But True e Nothing Else Matters foi o que me ajudou a optar qual o vídeo a colocar aqui. Porque para além de ser das minhas preferidas de todo o sempre (porque eu posso gostar também da St. Anger que é considerada dos piores momentos dos Metallica por muito boa gente, mas não quer dizer que seja totalmente surda), esta Wherever I May Roam ganha uma força exponencial, desde o primeiro segundo, só pela complementaridade da orquestra.

Wednesday, January 5

Não Me Apetece Estudar #1

Então fui até ali à cozinha e saiu isto.
O pretexto foi uma garrafa de Martini Bianco, prenda de aniversário. A conversa durou até às três da manhã, parte passada na minha varanda (apesar do frio). O Martini com duas pedrinhas de gelo, como se quer. A noite muito boa e as novidades que trocámos também, boas novidades, óptimas novidades.
Esse dia tinha começado mal. O meu primeiro exame do ano resultou em chumbo, pela certa, e a disposição não era muito boa depois disso. Mas mais tarde descobri que vou a exame à tal cadeira, a Cruella de Ville decidiu-se finalmente a passar-nos (mas só com o dez estritamente necessário, que isto não há cá borlas). E a disposição tinha melhorado um bocadinho. E depois soube da tua resolução de ano novo e aí sim, a disposição melhorou e muito. E falámos, falámos, falámos. E depois perdi-me em toda a nossa conversa e a minha cabeça acabou a voar para outras paragens.
2011 vai ser, definitivamente, um ano de mudança. O meu melhor amigo acaba a licenciatura já daqui a uns seis meses e se tudo lhe correr de acordo com o seu plano, a tese de mestrado vai ser feita em Delft, na Holanda. Portanto, vai estudar durante dois anos para um local que, por oposição à proximidade actual do ISCTE, ficará a mais de 18 mil quilómetros de distância de Lisboa. A única coisa boa que eu consigo ver nisto é que vou poder ir à Holanda e não pagar estadia (e vamos ficar por aqui que eu não me quero lembrar das partes más desta mudança... já disse aqui que não sou muito dada a mudanças, não já?).E é mesmo a única parte boa da questão porque mais de 18 mil quilómetros é imenso.
2011 seria também o ano em que eu me licenciaria em Biologia, tivesse ficado sossegadinha na UTAD em Setembro de 2008 e não tivesse tentado seguir o meu sonho. Ou seja, seria em princípio o ano em que voltaria para Lisboa (vai-se a ver e acabei por não de cá sair).
2011 vai ter o Verão em que meti na cabeça que ia fazer uma roadtrip. O Projecto Lisboa-Sagres está em construção, estamos a iniciar a fase de planeamento. Duas semanas em Agosto a fazer a Costa Portuguesa da capital até Sagres, mochila às costas (que o meu carro não aguenta uma coisa destas) e máquina fotográfica na mão. E, esperemos, um bronze invejável. Para já, a poupança económica para que tal seja possível já começou.
2011 espera-se também que seja o ano em que o número de tatuagens volta a ser ímpar (como deve ser sempre), mas só lá mais para o fim, depois de atingidos os 21.
2011 é o ano em que passa uma década da morte do meu tio, uma das pessoas de quem eu mais gostava no mundo. Um dos maiores Sportinguistas que já conheci e a pessoa da qual sinto mais saudades, desde sempre. 2011 é o ano em que começo a temer que o mesmo aconteça à minha avó, dado os últimos desenvolvimentos, algo para o qual não estou nem um pouco preparada.

Porta-te bem 2011, sim?

Tuesday, January 4

Aviso à Navegação: #2

Meus queridos, tenho de vos dizer que em breve, é capaz de sair daqui um texto daqueles, enorme que só ele, fofinho, lamechas, deprimente, dramático, altamente boring e sem ponta de interesse.
Portanto, nada de novo.
Só assim para que fiquem a saber. Estou só a decidir que música ponho enquanto escrevo, coisa que ainda pode demorar um tempinho.
Mas pronto, não digam que eu não avisei.

Sunday, January 2

Sex and the City 2

O primeiro filme visto em 2010 foi Sex and the City - The Movie. E ontem, no primeiro dia de 2011, para não fugir a esta nossa 'tradição' lá nos repimpámos no sofá a ver o segundo capítulo da saga cinematográfica da vida da Carrie Bradshaw e suas amigas.
E a verdade é que desta vez a fórmula não resultou tão bem. A história é mais fraquinha (passa essencialmente por uma suposta espécie de crise matrimonial entre a Carrie e o Mr. Big porque ele lhe oferece... uma televisão.) e nem a parte das roupas extravagantes e caras safa este filme, já que a Sarah Jessica Parker em momentos como a ida ao Mercado de Abu Dhabi mais parece uma parolinha do que uma pessoa de bom gosto, com peças da Dior.
O primeiro filme ainda me agradou, um pouco mais do que seria de esperar. Este segundo é só mais um filme, um investimento de milhões de dólares e que com certeza gerou um retorno muito maior. Nothing more. Meh!

Hello 2011!

"Given a chance I'm gonna be somebody
If for one dance I'm gonna be somebody
Open the door it's gonna make you love me
Facing the floor I'm gonna be somebody"
Kings of Leon - 'Be Somebody' - Only by the Night - 2008

Comeram-se as doze passas, pediram-se os doze desejos, em cima de uma cadeira e com a carteira na mão. O primeiro pé que se pousou no chão neste ano de 2011 foi o direito, como manda a superstição. Se vai resultar ou não, não sei.
Fica assim uma das minhas vontades para este novo ano. Um Óptimo 2011 para todos!