É o filme do ano de 2012. Ao início, torci o nariz porque nunca fui muito à bola com o Ben Affleck mas cedo engoli a minha desconfiança e fiquei agarrada ao computador, quase sem respirar, a devorar todos os segundos deste Argo.
Ao fim de cerca de 30 anos de segredo, o ficheiro desta mega operação americana para resgatar seis cidadãos americanos que foram mantidos escondidos na Embaixada Canadiana no Irão durante meses, após a ocupação da Embaixada Americana, operação essa encabeçada pelo agente Tony Mendez (brilhantemente interpretado pelo Ben), foi finalmente aberto. E o trabalho cinematográfico que dele resultou, co-produzido pelo George Clooney, pelo próprio Ben e por Grant Heslov, é fantástico. Está construído de forma a que os quarenta minutos finais nos deixam ser totalmente absorvidos pelo quão vital era para aquelas seis pessoas conseguirem embarcar naquele avião e passamos esse tempo todo a pensar "mas conseguirão?"... Eu não descolava os olhos do écran, estava ansiosíssima para que chegasse o final.
Estou a escrever este texto quase uma semana após ter ficado acordada até às 5h da manhã para ver a entrega dos Oscars, numa cerimónia que me agradou bastante e a qual passei o tempo todo a torcer para que o Argo vencesse o prémio de Best Motion Picture of the Year.
Quem me lê há algum tempo, sabe que sou uma fã incondicional do Quentin Tarantino e por isso, fiquei felicíssima por este ter conquistado o prémio de Best Original Screenplay. O Django Unchained é, sem sombra de dúvida, um dos seus melhores filmes e, apesar de o anterior continuar a ser o meu preferido, consegue mesmo ser melhor que o meu muy amado Inglorious Basterds. Mas a verdade é que não só não seria 'apreciado', digamos assim, pela América que o Django ganhasse o prémio mas também seria injusto uma vez que o Argo o merece.
Quem me lê há algum tempo, sabe que sou uma fã incondicional do Quentin Tarantino e por isso, fiquei felicíssima por este ter conquistado o prémio de Best Original Screenplay. O Django Unchained é, sem sombra de dúvida, um dos seus melhores filmes e, apesar de o anterior continuar a ser o meu preferido, consegue mesmo ser melhor que o meu muy amado Inglorious Basterds. Mas a verdade é que não só não seria 'apreciado', digamos assim, pela América que o Django ganhasse o prémio mas também seria injusto uma vez que o Argo o merece.
Não só por ser um bom, óptimo filme. Mas também porque o realizador de uma masterpiece como esta (lá vem o nome do Ben Affleck novamente à baila) não estar nomeado para o prémio de Best Director, é para mim, uma enorme falta de bom-senso. E uma perfeita estupidez.
E por isso, quase me emocionei quando ouvi o discurso de agradecimento do Ben. E escrevo aqui um pedido de desculpas por nunca ter apreciado o seu trabalho antes. Mas és grande, Ben Affleck, e a ti faço-te uma vénia. Obrigada pelo Argo!