Thursday, April 30

Gostos não se discutem, right?
Not. Pelo menos, não para a minha mãe.
Nós até somos bastantes parecidas, para lá de fisicamente, mas obviamente que há pontos em que divergimos. E muito, principalmente em certos gostos. Porque tenho o cabelo comprido demais e para ela fica mal, porque às vezes me visto de preto da cabeça aos pés e também não fica bem porque sou muito morena, porque não gosta da cor do verniz que uso e outras futilidades que tais. Tempos houve em que também tinha que dar a sua opinião sobre a música que eu ouvia mas aí tivemos de ter uma conversinha porque pá, se ela quer ouvir Michael Bolton (sim, a minha mãe ouve Michael Bolton.. é da idade... :P) nem eu nem o Miguel, o meu irmão, temos nada a dizer sobre isso. Vá, gozamos um bocadinho e tal, mas pronto. Ela que oiça lá o que lhe apetecer que a mim não me aquece nem me arrefece mas que também me deixe ouvir o que gosto.
O maior problema da minha mãe (e consequentemente meu, porque já deu azo a muiiiiita conversa cá em casa) é as tatuagens. Ora, se há coisa que ela não me pode dizer é que isto é coisa da idade porque desde os meus oito anos, ou seja, há dez anos atrás e muito antes de saber que eram feitas com agulhas, já eu dizia que queria fazer uma, um dia. Na altura, os meus colegas da primária diziam "Coitadinha, está maluca." e a minha mãe achava que eu só dizia isso porque não sabia como é que se faziam. Passaram-se nove anos e um dia saí de casa depois do almoço e disse à minha mãe "Vou ao Colégio ter com a D. e depois vamos ao Bairro Alto. Vou fazer uma tatuagem."
Ela resmungou, resmungou, mas eu fui e nesse dia, 18 de Outubro de 2007, 16 dias depois de fazer 17 anos, finalmente fiz a primeira (que ela julgava que ia ser primeira e última... Ahahah.)
Diz quem já fez, e digo eu também, que a partir da primeira, a pessoa ganha um vício novo e é verdade. Já na altura tinha planos para as que serão as seguintes e actualmente esses planos já passaram para o papel. Só me falta passar do papel para a pele. E ter uma conversinha, mais uma, se as for a contar já são para aí umas dez sobre a mesma coisa, com a minha mãe.
Lá porque ela não gosta, lhe faz impressão, acha feio, acha que dói (que a mim não me doeu nem um bocadinho) e acha que eu me vou arrepender, não há maneira de lhe meter na cabeça que é a mim que me dói, é a mim que fica feio e é a mim que o arrependimento calha e é do meu bolso que depois, caso isso aconteça, sai o financiamento para a remoção a laser... Quer dizer, não me vou propriamente transformar nesta, sinceramente... Talvez mais próximo da Angelina Jolie (aquela oração no ombro é das mais bonitas que eu já vi).

Ainda se eu fosse fazer uma parolice daquelas a dizer Amor de Mãe ou um meio-coração ou uma dessas pinderiquices, tudo bem. Aí, até agradecia que ela me prendesse em casa até me passar a parvoeira. Mas (há sempre um mas), não quero fazer nada disso. Aliás, até sou muito esquisitinha com as tatuagens: só gosto delas da cintura para cima, ou seja na parte superior do corpo; nada de desenhos a cores, só a preto e talvez verde-escuro que é muito parecido com o preto, nem nada de figuras de pessoas; não suporto tatuagens na cara nem nas mãos (a não ser talvez a fazer de aliança mas isso é muito arriscado) e não gosto de nomes. Nem da mãe, nem do pai, nem do namorado/marido ou sequer do canário. Quanto muito, dos filhos mas só se for uma coisinha muito discreta... E, e, mesmo assim... Para mim, só símbolos ou letras/frases ou datas. As simple as that. E com isso, já dá para fazer bastantes coisas.
Ontem fui ao sítio onde fiz a minha estrelinha e pedi um 'orçamento' para a que quero que seja a seguinte. Vim para casa com uma desilusão tão grande que nem estava a pensar bem. Só via era aquele número gigantesco à minha frente... Lá está, foi uma situação onde me apeteceu largar um F***-**!

3 comments:

  1. eu é mais piercings lol

    mas há uns bons anos atrás, queria porque queira fazer um código de barras com a minha data de nascimento na nuca... lol
    nunca concretizei isso. nem sei se algum dia vou concretizar.

    mas isso da mãe... bem, é como era o meu pai há largos anos com os piercings "se me apareces cá em casa com um, arranco-te isso à dentada!". bem, até hoje. lol

    e olha que teve umas filhas um tanto ou quanto difíceis nesse aspecto. não porque estejamos cheias deles, não. mas porque levámos sempre a nossa avante! ahah!

    a mana conta com uma tattoo e dois piercings, e eu apenas com dois piercings. queria fazer mais. pelo menos mais um. mas ainda não me dignei a tratar disso.

    e tal como tu, também tenho regras. comigo, nada na cara, credo, que ainda vai sendo a única coisa de jeito que se aproveita aqui da P. LOL
    cartilagem das orelhas, só.

    mas é engraçado, dizeres isso que desde os dez anos que querias uma. no natal, fui a casa dos meus padrinhos, e a neta deles, que tem somente 5 anos, quer fazer um piercing desde que tem dois anos. e onde? nada mais nada menos do que no lábio :O

    enfim. são os morangos com açúcar!! (no caso dela, obviamente lol)

    *

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  2. "...aquela oração no ombro é das mais bonitas que eu já vi". Lamento, mas tenho de discordar.
    A Angelina Jolie é que é das coisas mais bonitas que já vi. A oração é totalmente secundária.

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  3. Subscrevo!!! Eu ando a pensar na 2ª (e na 3ª, pq n pode ser em número par!!!)!
    :)

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