Tuesday, March 29

"Sócio, por favor, estou concentradíssimo!"

"O vigésimo jogador vai ser o melhor jogador chinês da actualidade. Porquê? Temos de ir buscar sponsors. Porquê? Porque se vem o melhor jogador chinês para aqui, vai vir charters todas as semanas de 400 ou 500 pessoas. O Sporting vai ter comissão dos charters, vai ter comissões dos hotéis, comissões dos restaurantes, dos museus, etc, etc, etc. Vamos só abrir um departamento só para este jogador chinês."

"O mais importante: o Real Madrid recebe três milhões de euros por jogo quando vai à China. O Sporting não vai receber três, porque não tem o Cristiano Ronaldo, mas vai ter o chinês. Não vai ser três, vai ser dois."

E com estas declarações do seu escolhido para Director Desportivo, o Dias Ferreira perdeu não sei quantos eleitores. Não a mim, que já não ia votar nele.
Oh Futre, filho, larga as drogas que isso anda-te a dar cabo das ideias, homem!


(Toda esta situação das eleições só mesmo gozando, que se formos levar a sério só dá vontade de chorar.)
Eu queria tanto que esta semana fosse finalmente calminha e ontem deram-me cabo das preces e dos nervos.
Ando totalmente insuportável. Qualquer coisa que me digam, faz-me explodir. Acumulei, acumulei, acumulei, e desde há uns três ou quatro dias para cá que parece que tenho uma bomba que é detonada pelo que quer que seja que me digam. Não sei se é do desejo terrível de ter férias, do stress acumulado por ver certas atitudes e não poder fazer nada, de ter colegas de turma das quais cada vez gosto menos e só me apetece bater pela falta de companheirismo e pela mania de "Eu é que tenho de fazer primeiro", de é por só me apetecer dormir e ler, se é pelo Conselho de Praxe me ter sancionado na passada quinta-feira e ainda me estar a chatear o facto de me terem cortado cabelo por uma razão estúpida, se é por não estar nada motivada para algumas cadeiras deste semestre, se é por me apetecer matar a professora de Bioquímica (sim, a mesma do outro dia) porque tem a mania que é engraçada e chega às 9h10 quando a aula era às 8h da manhã de segunda-feira, se é por precisar de Sol e ontem ter chovido imenso...

Não sei se é por estar a descobrir algo novo de há duas semanas para cá e não saber o que raio é, e não estar a achar piada ao meu próprio desconhecimento.
Não sei... Só sei que não há-de faltar muito para que ninguém me ature, porque a paciência é uma virtude e não algo eterno. E eu não ando nada fácil.
Preciso de férias. E mimo.

Sunday, March 27

O que fazer para te sentires inteligente num domingo à noite?

Conseguir resolver um problema que o teu computador tinha já há três semanas (o mesmo tempo que passou desde que tu própria estás com uma constipação de caixão à cova) e que o teu irmão não tinha conseguido perceber o que era nem te tinha dito o que podias fazer.
Descobri sozinha como fazer um restauro do sistema e pus isto direitinho.
Pode ser super-básico mas para mim, que percebo quase tanto de computadores como percebo de tricot, é um grande feito.
Devo estar a ficar esperta...

Saturday, March 26

Rango

Esta sexta foi noite de ir deitar os olhos ao novo filme de animação, Rango. Produzido pelo mesmo homem de Piratas das Caraíbas e com o Johnny Depp a dar a voz à personagem principal, um camaleão simpático que não sabe muito bem quem é e o que anda a fazer no Mundo.
Pondo de parte o facto de que cada vez que me ria, começava a tossir descontroladamente o que foi um bocado chato para quem foi comigo (a sala estava praticamente vazia para além de nós), o filme é muito bom. O Johnny Depp dá uma alegria diferente aos filmes em que participa, não haja dúvida, ainda que neste seja só com a voz. E para além do meu querido Johnny, também a história é muito engraçada e tem uma banda sonora adequadíssima a um filme passado no Velho Oeste.
Adorei apesar de praticamente todos os bichos serem feios e aparentados de répteis. E de aparecer uma cascavel gigante a certa altura, o que fez com que me encolhesse na cadeira. Sim, tenho um medo terrível de répteis, mesmo de cobras em desenho animado.

House of Cards

Aos 20 anos e meio, aprendi a jogar à sueca. Agora é ver-me, cada vez que há um raiozinho de Sol e um tempo livre antes, depois ou entre aulas, a chatear uns colegas meus para irmos para a esplanada da faculdade jogar às cartas. Até passei a andar com um baralho de cartas sempre na mala, prontinho a saltar de lá para fora quando houver a oportunidade de sacar um joguinho.
Não que jogue bem. Ontem à tarde, jogos de sueca foram uns cinco ou seis creio e acho que só ganhei (quer dizer, ganhámos) um.
Agora só falta ensinarem-me a jogar Poker. E tenho a ideia que no dia em que isso acontecer, desgraço-me.

Still Alive!

Entre faculdade, preparação do próximo fim-de-semana e uma ida ao cinema ontem à noite, o tempo tem sido escasso para parar por aqui. Não morri mas já estive perto de cuspir os pulmões por várias vezes, porque a constipação que dura há já três semanas nunca mais passa. Mas aproveitando este fim de semana calminho, de estudo e limitado ao conforto do lar, já cá venho despejar umas quantas parvoíces.
(Guardem lá os foguetes porque ainda não é desta que paro de escrever de vez.)

Tuesday, March 22

Vou a todas as aulas...

... este semestre ainda não faltei a nenhuma (sexta-feira fui direitinha do Plateau para a faculdade e só depois fui dizer 'Olá' à minha caminha querida!) e já lá vai um mês. Nem que seja para passar o tempo e surgirem estas obras de arte.

O desenho da esquerda tem quase um ano de diferença do da direita, que foi começado a semana passada e acabado hoje. Passaram quase doze meses e a minha habilidade para desenhar continua a ser inexistente. Que giro!
Por outro lado, apesar de tudo, o sentido de humor continua parvo como sempre. Se calhar, não seria mal pensado começar a prestar atenção
às aulas...

Sunday, March 20

O drama! O horror! A tragédia!

Começou a temporada 2011 do desporto automóvel. ME-DO! Tirem-me daqui!
(J
á me estragaram os fins-de-semana todos até Outubro!)

Saturday, March 19

Grief

O processo de luto segue-se sempre a qualquer perda que o ser humano tenha de ultrapassar, seja ela física ou simplesmente emocional. Normalmente, essas perdas devem-se a morte ou ao fim de algum relacionamento, amoroso ou não. é um processo inato a qualquer ser humano e que se compõe de sete fases, de duração variável de pessoa para pessoa (mais aqui).
O luto dói. O luto consome-nos por dentro, porque não antevíamos a perda da pessoa em questão e, caso a antevíssemos, por muito que julgássemos que sim, não estávamos preparados para a ver partir. O luto faz-nos crescer e crescer, lá está, dói. Dói como tudo. Dói como se nos tivessem a arrancar o coração pelas costas, como se nos partissem as pernas pelos joelhos e como se nos torcessem a alma com as mãos.
Eu não sei se passei pelas sete fases. Sei que pela Depressão passei com certeza, e que foi o que mais durou. E tenho duvidas se ainda dura ou não, porque eu sou uma pessoa que pouco percebe dela própria. Mas sei que vou ficar bem, eventualmente, porque tem de ser. Só não sei se vou ficar bem contigo, mas isso já são outras histórias e aos poucos vou-me habituando à ideia de que é provável que não aconteça ou só aconteça daqui a muito, muito tempo.
Aquilo que sei é que já está mais que na altura de deixar a bagagem para trás e continuar a caminhar para a frente, que o luto começa a ser demasiado pesado para os meus ombros. O medo de largar, que foi completamente inútil porque não houve retorno, está-me a impedir de viver outras coisas, coisa que não faz sentido nenhum porque não tenho idade para me andar a privar por razões parvas e que não servem de nada, para nenhum dos lados. E que nem sequer me dão a paz de espírito que procurava.
Assim, chega de luto. Chega. Finito. Acabou. Como me pediste naquele dia, 'sê feliz'. Eu, pelo menos, vou começar a tentar de novo.
"Never mind, I'll find someone like you,
I wish nothing but the best for you, too,
Don't forget me, I beg,
I remember you said,
"Sometimes it lasts in love,
But sometimes it hurts instead,""
Adele - 'Someone Like You' - 21 - 2011

Porque hoje é Dia do Pai.

O cliché é dizermos que temos o melhor Pai do Mundo. Eu não vou dizer isso porque gosto pouco de cair em lugares-comuns (já me basta as vezes que caio no meio da rua, no sentido literal).
O meu Pai já me aturou muitos caprichos que certos pais não aturam. O meu Pai dá-me imensos abraços e beijinhos de cada vez que me vê. O meu Pai desdobra-se todo para que não me falte nada e raramente me diz que não. Desde pequenina que sou a menina do papá, confesso.
Espero que, caso eu venha algum dia a ter filhos, o pai deles seja no mínimo metade daquilo que o meu Pai é para mim. Hoje, como é Dia do Pai, fica aqui uma das músicas preferidas dele, que me lembro de ouvir imensas vezes, sempre que me ia levar à escola quando era pequena. Love you, Daddy!

Semana do Demónio

A semana que passou só pode ter vindo do Inferno e ter sido planeada pelo próprio Diabo.
A expressão que mais repeti na minha cabeça foi: Deus dai-me paciência, que se me deres força parto-lhe a boca toda.
Acho que isto ilustra bem a minha semana.
Mais momentos felizes passados na faculdade. Bazinga!

Monday, March 14

Tenho tanta coisa para escrever, mas que precisa de ser filtrada primeiro para não dar disparate.

Ele hoje disse-me "antes só que mal acompanhada". Eu encolhi os ombros e engoli em seco. Olhar no chão e o isqueiro que tinha na mão a rodar por entre os dedos. "O problema e quando achamos que estávamos bem acompanhados e sozinhos sentimo-nos uma merda." disse. E instalou-se o silêncio, aquele silêncio que é deveras desconfortável e difícil de quebrar.
Verdade é que senti-me super bem acompanhada durante aqueles momentos, aquelas horas, coisa que já não acontecia há que tempos.
E
é daquelas coisas que deixam uma pessoa a pensar no que não deve.

Saturday, March 12

Da Geração Rasca/à Rasca/ Parva (take your pick)

Gosto dos Deolinda. Acho que têm algumas músicas que são verdadeiramente boas e bem construídas. A Parva Que Sou não é uma delas. Não é uma boa música. Tem uma letra que grita revolta em todas as palavras, mas não é uma boa música. Quer representar uma geração que tantas vezes já foi apelidada de Rasca mas que agora se define como à Rasca. E que é definida por muitos outros como Geração Parva.
Eu não acho piada nenhuma a meterem-me no mesmo saco da Geração à Rasca. Eu não sou uma pessoa à Rasca. Estudo no Ensino Superior privado não por opção, mas por obrigação uma vez que o curso que sonhava tirar apenas existe em duas faculdade privadas (uma no Porto e uma em Lisboa). Vou de transportes públicos para a faculdade e demoro cerca de uma hora, entre três transportes diferentes, para lá chegar. Tenho um carro velho, literalmente a cair aos bocados, que fui eu que o paguei mas pouco anda porque a gasolina anda pela hora da morte. Tenho alguns luxos que muita gente não tem, tenho uma máquina fotográfica boa (não é a tão desejada Nikon D3100, mas para lá caminhamos que a poupança já começou) e uma Playstation 3 mas ambas foram também compradas por mim. Há três anos que trabalho numa loja, ocasionalmente, férias de Verão e assim, porque o dinheiro não cai do céu, a crise chegou cá a casa também e eu gosto pouco de ser parasita. Não vou jantar fora todas as semanas, não vou a todas as festas da faculdade nem a todos os concertos que gostaria. Poupo o dinheiro que consigo, para ir aos festivais de Verão e merdas do género porque são coisas extra e que se realmente quero ir, tenho de trabalhar para isso. Não compro roupa todas as semanas, nem todos os meses, não gasto fortunas em CDs, DVDs, e outros consumismos. Confesso, a minha perdição são os livros, as únicas coisas que vou comprando com regularidade porque adoro ler.
Por aqui, isto está complicado mas há inúmeras pessoas, milhares e milhões de pessoas que estão muito pior que eu. Por isso, não me metam no mesmo saco que as pessoas que estão à Rasca. Há quem esteja à Rasca porque não sabe, como eu sei, ser Desenrasca(e não é presunção, é a realidade). Há quem gaste ainda hoje, nestes tempos de crise, mais do que ganha, embarque em viagens e compre carros novos, e jóias e por aí fora. Há quem se queixe da crise mas esteja desempregado porque o emprego que poderia arranjar o obrigaria a deslocar-se e isso está fora de questão. Há quem se acomode e prefira atacar os outros em vez de tentar lutar pela sua vida.
Muitas das vozes deste protesto à Rasca, têm esta última característica. E por isso é que me incomoda que me metam no mesmo saco que eles. Irrita-me. Faz-me alergia. Não me comparem a quem anda por ai a coçar a micose e depois se queixa que está à Rasca.
Eu não estou à Rasca. Eu sou Desenrasca, o que é completamente diferente. Isso é que queria demarcar. E discordo completamente do conceito "para ser escravo é preciso estudar" porque eu se algum dia acabar num emprego mal pago não acharei que andei a estudar para ser escrava. Andei a estudar por ser uma mais-valia possível não só para o meu futuro profissional mas também para a minha formação enquanto pessoa.

Esclarecimento: Atenção, cada um faz aquilo que bem lhe apetece e este post não se destina a defender ninguém, nem atacar quem hoje se deslocou a Av. da Liberdade para se manifestar, pois está no seu pleno direito. é só mesmo a minha opinião em relação a uma das questões controversas destes últimos dias. Muito melhor que eu, escreveu uma das minhas bloggers preferidas, a Pólo Norte, aqui e aqui. Ide ler que vale a pena.

I < 3 it

(Conselho: leiam primeiro este post.)
Esta fotografia foi tirada no dia 14 de Maio de 2010. Foi o primeiro dia que trajei, foi a primeira vez que tracei a Capa. Como se vê na fotografia, este foi também o primeiro momento de monumental choradeira que tive nesta minha Vida Académica.
Segundo o Código de Praxe da minha Academia, quem frequente uma Licenciatura de 3 ou 4 anos, passa a andar de Capa traçada a partir do terceiro período praxístico, que tem início a seguir as férias de Carnaval.
Esse terceiro período praxístico teve, este ano, início na passada quarta-feira e no dia seguinte foi a primeira Quinta-Feira Negra deste semestre. A minha primeira Quinta-Feira Negra de Praxe activa (só quem anda de Capa traçada está autorizado a praxar os caloiros).
H
á quem ache que o Traje Académico é uma piada e quem quem o veste são idiotas que não tem mais nada que fazer. Está no seu direito. Mas é muito mais que isso. Antes de entrar para a faculdade, nunca pensei que alguma vez fosse ter este amor à Vida Académica, aos valores que a Praxe e quem a exerce pretende passar a quem chega pela primeira vez ao ambiente da nossa Academia. Mas tudo aquilo pelo qual passamos durante o nosso ano de caloiros serve para crescermos enquanto Doutores e, caso queiramos, nos anos seguintes transmitirmos aos novos caloiros.
Na Quinta-Feira quando entrei na faculdade, senti-me tão bem! Ano e meio depois de ter começado isto tudo, estou finalmente do outro lado e os gritos e insultos, o tempo passado sem olhar nos olhos e tudo isso, compensou pelas pessoas que conheci e pelo que cresci graças a elas. Oh-se-compensou.

Friday, March 11

The Adjustment Bureau

Quarta-feira, a noite foi de ante-estreia. A melhor amiga ganhou um convite duplo para este The Adjustment Bureau e lá fomos, comigo um bocado convencida que ia ser mais uma comédia romântica com muito pouco sal.
Mas que grande, grande filme. Deixa-nos a pensar sobre o destino, o amor à primeira vista, a preserverança. Os dois actores principais mostram uma química muito engraçada mesmo e o Matt Damon mostra também a sua boa forma, já que como disse aqui há uns tempos, no True Grit apareceu-me gordo que nem um texugo.
Gosto destes filmes assim, fofinhos, queridos mas pouco clichés. Gosto, pronto.

Tuesday, March 8

Nunca estamos contentes com aquilo que temos.
Quem eu queria que o fizesse, não me dá atenção. Quem não me interessa minimamente, anda atrás de mim.
Está bonito isto, está.

Adeus Tristeza, até depois!

"Adeus tristeza, até depois
Chamo-te triste por sentir que entre os dois
Não há mais nada para fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar."
(versão original de) Fernando Tordo - 'Adeus Tristeza' - Adeus Tristeza - 1983

Esta e para mim das letras mais bonitas da historia da música em português. Os Linda Martini pegaram no original e fizeram uma versão sua, lindíssima. A guitarra ganha uma voz muito própria, tentando substituir o piano da versão original (palavra de pianista: nunca se consegue substituir um piano). E esta cover é provavelmente das melhores que já ouvi até hoje.



Os Linda Martini actuam no festival Optimus Alive!, no Passeio Marítimo de Algés no dia 9 de Julho. E eu vou! :)

Saturday, March 5

Estou entupida há mais de três dias. A minha voz com este toque de rouquidão fica extremamente (not!) sexy. E o tom nasalado também ajuda. Desde que me sentei aqui para escrever este post já espirrei sete vezes e a gastar lenços desta forma, um dia destes a minha mãe vai à falência e esgotamos o stock de pacotes de lenços da cidade. Estou cheia de ácido acetisalicílico nas veias (e viva a Aspirina C) de tal forma que se fosse fazer um despiste de doping, isto até era capaz de acusar. Quinta-feira, tive o último jogo de futsal da época e o engraçado é que nos puseram pela primeira vez a jogar num campo exterior. Com este frio. Ou seja, corri cinco minutos e fiquei capaz de desmaiar e próxima de cuspir fora um pulmão. As tentativas para dormir à noite têm sido engraçadas na medida em que não passam disso mesmo: tentativas. Basta voltar-me na cama para deixar de conseguir respirar e acordar, o que é giro quando passei a semana toda com os sonos trocados e planeava acertar tudo agora neste fim-de-semana prolongado.
Já tive duas semanas de aulas que não serviram para aquilo que eu queria, que era distrair-me. Depois de dois meses sem aulas e de nas últimas semanas a única coisa que me dava algum alento ser a esperança que o início de semestre me conseguisse distrair, chego à conclusão que não está a resultar. E estou a ficar sem planos alternativos para sair do buraco...

Friday, March 4

Alexandra's Life OST #11


A música preferida da fase pós-Silence 4. Esta letra grita o meu nome em todas as palavras. Faz as lágrimas correrem cara abaixo sem nada que as consiga parar, porque traz consigo uma nostalgia enorme, demasiado pesada para a minha constituição frágil. Por ser uma música calminha, embala-me. Por ter a voz do David Fonseca, apaixona-me. Por ser um retrato tão duro e realista daquilo que sou, entristece-me. Ao ouvi-la, há sempre qualquer coisa que treme cá dentro, que faz com que se evapore a força interior, com que me sinta uma anãzinha num mundo de gigantes como se o meu 1.76m fosse insignificante e todos à minha volta fossem grandes, enormes e eu uma mera formiga ao lado deles, a tentar passar nos locais que eles não pisam. And it hurts.

"Love, ain't this enough?

You push yourself down
You try to take comfort in words, but words
They cannot love
Don't waste them like that 'cause they'll bruise you more"
David Fonseca - 'Someone that Cannot Love' - Sing Me Something New - 2003

Por todos os motivos e mais alguns, este homem há-de me acompanhar até ao fim da vida. Porque são muitas memórias, demasiadas memórias ao som da sua voz e das suas letras. São já quase doze anos de memórias com a voz do David Fonseca. Mais de metade da minha vida, já. Só espero não chegar ao fim como alguém incapaz de.

Thursday, March 3

Palavras - Chave: Gestão Dolosa Desportiva.

Admiro muito o Eduardo Barroso. Enquanto médico, por motivos óbvios; enquanto escritor/cronista e enquanto Sportinguista. Este homem não é fanático nem nada que se assemelhe. Aliás, é das pessoas mais justas e desprovidas de facciosismos que existe no mundo futebolístico português. E na semana passada, após a nossa derrota contra o Benfica, o Eduardo Barroso disse no programa "Prolongamento" da TVI24 aquilo que eu penso há que tempos.

Finalmente, alguém deu ouvidos ao Eduardo Barroso. Alguém teve a noção que aquilo não era uma equipa, que não jogavam como tal e que aquilo que faziam em campo, que era muito escasso, não era sequer jogar futebol.
A verdade é que não sei se o José Couceiro é a melhor solução. Aliás, nem sequer sei qual é a melhor solução mas a verdade é que esta era a solução possível neste momento. Para mim, seria incomportável manter o Paulo Sérgio como treinador. O discurso destas pessoas, como tão bem expressa o desespero do Eduardo Barroso, é ridículo. Até para um clube menos importante por assim dizer seria ridículo quanto mais para o Sporting, um dos três grandes clubes do país. Ontem, apesar de termos perdido, notou-se diferença na forma de jogar da equipa. Esperemos que as coisas comecem a voltar aos eixos e em breve.
Gostava, mesmo muito, que todos os adeptos fossem como o Eduardo Barroso.

Tuesday, March 1

O meu interesse em repetir, numa cadeira, as aulas de Laboratório, que já de si era escasso, desceu exponencialmente quando ontem dormi apenas 1h30 (tive a ver a cerimónia dos Oscars até cerca das 5h e levantei-me para ir para as aulas às 6h30), cheguei à faculdade e a professora ( que me chumbou no ano passado porque a mandei ir a um sítio-que-eu-cá-sei fazer cá uma coisa) resolveu apenas apresentar-se e a aula durou meia hora.
Ou seja, eu podia muito bem ter ficado a dormir.
Adorei.
Fiquei a gostar ainda mais dela.
Só me apetece... sei lá, fazer-lhe um filho.
Bazinga!