Friday, December 31

Closed for Inventory #2

E trufas, assim se passou mais um ano. Não foi um ano maravilhoso mas foi sem dúvida, no geral, melhor que os dois anteriores. Foi o ano em que descobri o que era chumbar a uma disciplina (e descobri o que era chumbar com um 3 e chumbar com um 8 e devo-vos dizer que antes com o primeiro do que com o segundo). Foi o ano em que comprei o meu primeiro carro, em que apanhei a primeira bebedeira, em que entrei pela primeira vez numa discoteca, em que voltei a passar finalmente uns dias fora de Lisboa no Verão. Foi o ano em que vi por fim o David Fonseca (na primeira fila) e os Moonspell (em acústico) ao vivo. Foi o ano em que, novamente, o Sporting voltou a não ganhar nada. Foi o ano em que consolidei algumas amizades e fiz dois novos amigos (e quão importantes eles já são...). Foi o ano em que quase perdi a minha melhor amiga, sendo que tudo acabou por se resolver, felizmente. Foi o ano em que o meu mundo foi tomado de assalto pelos Kings of Leon, pelo John Mayer, pelo David Fonseca, pelos Avenged Sevenfold e pelos Moonspell e pela minha Tuna. Foi o ano em que perdi os Alice in Chains, os Pearl Jam, o Michael Bublé em concertos cá em Portugal. Foi o ano em que estudei e trabalhei que nem um burro, em que pintei o cabelo e trajei pela primeira vez. Foi o ano em que deixei oficialmente de ser teen e passei para os vintes (aí...). Foi o último ano em que vivi, provavelmente em definitivo, na mesma casa que o meu irmão. Foi o ano em que exorcizei, espero que para sempre, um sentimento que me perseguia já há dois. Foi o ano em que mais aprendi sobre fotografia, mais li e mais séries e filmes vi. Foi o ano em que me voltei a apaixonar, daquelas paixões que nos eleva trinta centímetros acima do chão e nos traz aqueles sorrisos estúpidos e o olhar meloso, e os abraços intermináveis e tudo e tudo e tudo.
Foi um bom ano. Que 2011 a ele se assemelhe, pelo menos nas partes boas. Para mim, já é suficiente.

Thursday, December 30

Hearts Burst Into Fire #9

Eles marcaram-me o ano por razões várias. E o Jared com o seu ar de miúdo-com-pinta-de-rebelde, cabelo despenteado e olhos claros... enfim. Espero vê-los em Portugal em 2011, a promover o Come Around Sundown.

(Toca baixo, toca piano, tem 'Michael' como primeiro nome... só vantagens, portanto.)

Wednesday, December 29

The End of Heartache

[Para a próxima, não pões a televisão na MTV Rocks durante a tarde, enquanto estudas. Assim não te arriscas a ouvir uma música que não conhecias, a pensar que é muito gira e a ficar a ver o vídeo até ao fim para descobrir de quem é. Assim, não levas o murro no peito que levaste quando prestaste atenção à letra e depois ficaste a saber os seus autores. É bem feita, para ver se aprendes.
Se aprendes a não pensar que já te começavas a sentir melhor, porque se uma simples música tem este efeito, as coisas não estão nem sequer perto de começar a ficar melhor.]
Só gostar de duas das sete cadeiras que tinha para fazer este semestre afigurava-se trágico quando chegasse a fase de estudar para os exames. Há três dias que tento combater, quase sem sucesso, a inércia e tento encontrar a vontade de estudar para o exame que vou ter na próxima segunda-feira (isto de marcarem exames para dia 3 de Janeiro é ridículo, mas nem sequer vou entrar por aí que não vale a pena).
Substâncias de Abuso I é o meu primeiro teste. Drogas, substâncias ilícitas, os seus mecanismos de acção, os seus efeitos e como detectá-las. Algo que não é muito do meu interesse e, nomeadamente as partes da matéria que estive a estudar hoje (e que têm as bonitas designações de Farmacocinética e Farmacodinâmica de Xenobióticos...) são das coisas que, desde que estou na faculdade, mais tempo passei a estudar sem perceber rigorosamente NADA daquilo que estou a ler. O que é sempre agradável e animador para quem tem exame segunda-feira.
(A minha cabeça está tão focada em exames e afins que até já sonho com a Cruella de Ville... ainda não sei se passei à prática desta cadeira ou não e já lá vão quase quase duas semanas. Tenho os nervos em franja por causa das notas e há praticamente uma semana que não consigo adormecer sem andar horas às voltas na cama! Vou dar em maluquinha com isto, está visto.)

Tuesday, December 28

"I am Jack's inflamed sense of rejection."

Dos que eu já vi com ele, e a par do Inglourious Basterds, é o melhor papel desempenhado pelo Brad Pitt. E tem a mais-valia de contar também com o Edward Norton e com a Helena Bonham-Carter, formando assim um trio de altíssima qualidade. Adoro, adoro, adoro! <3

Sunday, December 26

Dracula Family #14

[Lisboa - 05.09.2010]
Nota: É por registos como este que eu adoro fotografia e adoro a minha Lisboa. E é em parte por isto que a descrição do post abaixo, nomeadamente a parte de ver com a alma, me toca de uma forma praticamente inexplicável.

Saturday, December 25

Do Álvaro de Campos

O Fernando Pessoa era genial. Eu não gosto de poesia, não gosto de ler poesia nem tentar interpretá-la. É um tipo de leitura que me cansa e aborrece facilmente. Não tenho resistência para ler prolongadamente muito verso e muita rima. Mas a obra do Fernando Pessoa (ortónimo e do heterónimo Álvaro de Campos) fascina-me desde o primeiro contacto, andava eu no Secundário. Na altura, era-nos mostrado um pouco da poesia do ortónimo e cada um dos três principais heterónimos. Sendo que, em quarenta e sete anos de vida, o Pessoa construiu cerca de setenta e dois heterónimos, é fácil de se aperceber o quão ínfima é a parte da sua obra que se fica a conhecer.
Do pouco que conheço, mas que chegou para me fascinar e que faz com que há uns dias que ande agarrada a um calhamaço com o essencial de cada um dos heterónimos porque finalmente achei que era altura de dar um bocado de atenção a esta genialidade, o Álvaro de Campos é o que mais interesse me desperta. Primeiro, porque a inspiração de todos os outros, que era o Alberto Caeiro, pastor lá do interior, homem iletrado e sem grande cultura, para mim não passa de um pasmado e para pasmo já me basta a minha vidinha desinteressante, muito obrigada. Segundo, porque o Ricardo Reis, um dos alunos do mestre Caeiro, era um fraco. Sempre com medo de se deixar ir, sempre a sofrer com saudades da Lídia, sempre dramático e ler dramas não é o meu género. E depois, um dos outros alunos, o brutalíssimo Álvaro de Campos, engenheiro naval, refém do ópio e da bebida, grande viajante, tem uma vida e uma velocidade contagiantes que fazem com que leia trinta páginas de um poema sem métrica nem rima nenhuma e chegue ao fim ainda ser ter perdido o norte.
O Álvaro de Campos, para além de ter escrito o Opiário, que para mim é assim qualquer coisa de fantástico (e do qual tomei conhecimento graças aos Moonspell e ao meu amigo Gui que todas as santas aulas de Português do 12ºano me dizia "Tens de ouvir a Opium." vezes e vezes sem conta) descreve-se a ele próprio, nas suas "Notas para Recordação do Meu Mestre Caeiro" da seguinte forma:

"Não creio em nada senão na existência das minhas sensações; não tenho outra certeza, nem a do tal universo exterior que essas sensações me apresentam. Eu não vejo o universo exterior, eu não oiço o universo exterior, eu não palpo o universo exterior. Vejo as minhas impressões visuais; oiço as minhas impressões auditivas; palpo as minhas impressões tácteis. Não é com os olhos que vejo mas com a alma; não é com os ouvidos que oiço, mas com a alma; não é com a pele que palpo, é com a alma. E, se me perguntarem o que é a alma, respondo que sou eu."

Só esta descrição, para mim, é genialidade pura. E nem sequer vou entrar em pormenores em relação ao Opiário, porque senão ficava aqui o resto da noite... Só isto, genialidade e pura inspiração.
E é também por isso que acho triste com tanto bom escritor, andarem por aí a ler Margaridas Rebelos Pintos. Enfim!

Thursday, December 23

Darkly Dreaming Dexter

Aí, Dexter, Dexter, nem estou bem a acreditar que tive quase um aninho sem te pôr os olhos em cima... Depois da quarta série, como já disse aqui, tinha ficado com pouca vontade de ver como é que a tua vidinha ia continuar porque, sejamos sinceros, uma maldade daquelas não se faz. Mas para me aquecer o coraçãozinho nesta véspera da noite de Natal, não resisti a dar um olho ao primeiro episódio da quinta temporada (que entretanto já terminou, e lá para Setembro do próximo ano, se tudo correr bem, temos mais). E, como já suspeitava, do primeiro passei para o segundo, do segundo vou-me encaminhar para o terceiro e por aí fora, até o sono me vencer ou até chegar ao último. Já que, e para não variar, esta temporada é, até ver, tão boa ou melhor que as anteriores.
My dear, dear Dexter... As saudades que eu tinha tuas, homem!

Merry Christmas and a Happy New Year!


Desejo a todos os que estão cá dentro <3 um Feliz Natal e um Óptimo Ano Novo!
Envio-vos daqui um abracinho daqueles mesmo apertados (e vamos parar por aqui que não quero ficar mais lamechas nesta altura do ano).

Monday, December 20

"Jealousy, turning saints into the sea..."

A relação que existe entre as mulheres e o ciúme é algo muito complicado. Porque nós temos ciúmes, imensos ciúmes, e na maior parte das vezes, ciúmes parvos. Ciúmes incompreendidos pelo resto do mundo em geral e muitas vezes incompreendidos até por outras mulheres. E isto é coisa que, na minha ideia, vem com a idade. É do género faz-se dezoito anos, atinge-se a maioridade e é todo um novo mundo ciumento que se desdobra a nossa frente. Falo por mim.
Não há pior coisa do que ver alguém a 'fazer-se ao piso', a esticar o corpinho para aquilo que é nosso. Não estou a falar daqueles ciúmes doentios, que estragam qualquer relação (seja de amizade ou algo mais) que esses são inqualificáveis (e deveras mais complicados). Estou a falar daqueles ciúmes mais inofensivos, de algo ou de alguém, e que lá no fundo, só servem para magoar, quer seja a nós próprios que os sentimos sem forma de os controlar quer seja a quem nos rodeia e que os sofre na pele. E muitas vezes sofre de forma injusta e, vá, parva.
Eu sempre pensei que há medida que fosse ficando mais velha, ia deixar de me preocupar com insignificâncias e passar a dar atenção àquilo que realmente importa. Ou seja, ia crescer. Mas a verdade é que enquanto isso acontece para certos aspectos, para outros, como o caso dos ciúmes que nunca na vida tinha sentido até chegar aí aos dezoito anos, parece que uma pessoa regride e volta a sentir coisas e ter acções e/ou reacções próprias de crianças pequenas.
Isto irrita-me profundamente. Ter ciúmes (parvos, lá está) e o efeito que esses já tiveram no que me rodeia, irrita-me solenemente. Porque nunca fui de ter atitudes como algumas que já tive e detesto sentir-me assim.
(Isto porque detesto profundamente que se 'façam ao piso'... E o texto não tem sentido nenhum, mas também olhem, paciência.)

Sunday, December 19

Basicamente, é isto. Precisava de hibernar!

Saturday, December 18

"You can never think without an image."

Chamem-me egocêntrica ou convencida, mas dá-me um orgulho do tamanho do mundo olhar para a parede e ver estas fotografias.
Vê-se as pequenas coisas que tenho aprendido ao longo do tempo, sendo que a maior parte destas fotografias foi tirada nos últimos seis meses.
Posso ser convencida, sim, mas olhar para a parede do meu quarto sabe muito, muito bem...

Friday, December 17

(You are) Stellar

"Meet me in outer space.
We could spend the night;
Watch the earth come up.
I've grown tired of that place;
Won't you come with me?
We could start again.

How do you do it?

Make me feel like I do.
How do you do it?
It's better than I ever knew.

Meet me in outer space.

I will hold you close,
If you're afraid of heights.
I need you to see this place,
it might be the only way that
I can show you how it feels to be inside of you.

How do you do it?

Make me feel like I do.
How do you do it?
It's better than I ever knew.

You are stellar"

Incubus - 'Stellar' - Make Yourself - 1999


Do tempo em que eles faziam música boa, mas boa. Até dói. As músicas do Brandon Boyd e dos seus amigos, pelos significados vários e as diversas fases da minha vida a que me remetem, fazem parte daquele grupo que vai ficar por aqui, por mais anos que viva. Esta Stellar é uma delas.

30 Seconds to Mars @ Pavilhão Atlântico

Eu tinha vontade de ir e ele também, então como prenda de Natal antecipada, o meu irmão ofereceu-me o bilhete para ir ver o concerto dos 30 Seconds to Mars no Pavilhão Atlântico. Já os oiço desde os primórdios, ainda nem tinham lançado o primeiro CD em grande escala. Foi para aí em 2004 que o single Attack me veio parar às mãos e me fez pensar "Epá, espera aí, que isto até parece interessante". Já cá tinham vindo há cerca de ano e meio mas a falta de companhia impediu-me de ir a esse concerto e ainda bem, porque ao que me pareceu na altura, ao ler as críticas, não chegou nem aos calcanhares do concerto que eles deram na quinta-feira à noite. Que o Jared Leto é um muitíssimo melhor actor do que cantor já a malta sabia mas eu tinha ideia que, ao vivo, a voz dele fosse pior. Sim, não se compara com a versão de estúdio mas tem vindo a melhorar. E o homem é um entertainer de primeira. Puxava pelo público (há quem o critique por o fazer demasiado e soar a falso mas eu, pessoalmente, achei o máximo), fazia-nos rir, saltar, cantar como se não houvesse amanhã. Não parou quieto um minuto no palco e, pasme-se, até fez uma cover acústica da Bad Romance da Lady Gaga (que fez muita gente torcer o nariz, incluindo o meu irmão). E agora em tom mais de brincadeira, também achei genial o homem trazer o cabelo pintado de verde (Ahahahah). Um grande concerto, foi o que foi. Para além da música (e que se diga que o Shannon Leto é um baterista do caraças), os 30 Seconds to Mars conseguiram mesmo fazer com que quem lá estava se divertisse imenso e isso nem todas as bandas fazem. (E a mim fizeram com que não consiga parar de cantar a Search and Destroy... "A millioooon little piiiiiiiiiiiiiiiieces").

Wednesday, December 15

Por onde começar? Talvez pelo mais fatal: estou chumbada a uma cadeira. Passei dois dias a fazer um trabalho escrito (complementado com uma apresentação oral) que deveria ter uma ponderação de 60/40 com outro trabalho que tinha sido feito no início do semestre para perfazer a nota final da parte prática da unidade curricular. Em cinco grupos com trabalhos semelhantes, com os mesmos erros estruturais, entre outros, a professora doutora Cruela de Ville resolveu chumbar dois grupos. Os dois grupos que têm as pessoas que mais lhe fazem frente, mais discordam da opinião dela e que mais aproveitaram o facto de no Regulamento Pedagógico dizer que só é obrigatório assistir a 2/3 das aulas práticas. E uma dessas pessoas fui eu. E depois, para nos dar assim um travo ainda mais amargo, vai de inventar um trabalho a ser feito até sexta-feira, na pior semana do semestre inteiro, para nos dar a oportunidade de ir ao exame teórico em Janeiro. Mas se a tivermos (a oportunidade) é só mesmo com uma nota de 9,5 à parte prática.
Acho que só pelos nervos que apanhei à conta desta cadeira na última semana, devo ter perdido uns dez anos de vida. E este pesadelo foi intercalado com um exame na segunda-feira, que correu mal mas mal, um exame que correu razoavelmente bem e um da única cadeira que me motivou o semestre inteiro e que me parece que não vai chegar para ter a grande nota que eu ambicionava para a dita cadeira.

E mesmo que passe à tal cadeira que falava no início, vá ao exame teórico, acho que chegando lá, volto a chumbar. E no 2ºsemestre, as aulas com a Cruella de Ville vão continuar, desta vez num outro módulo. E eu não sei quanto mais é que me vou conseguir conter nas respostas que lhe dou cada vez que a mulherzinha me vem provocar. E se não me contiver, nunca mais acabo o curso.

Jingle Bells!




Por aqui, o Espírito Natalício ainda não está em altas. Tal só deve acontecer lá para sábado, quando finalmente respirar de alívio e tirar uma semaninha para descansar, antes de começar o estudo intensivo para os exames teóricos. Mas as decorações já cá andam, que isto de estar em Dezembro sem ter a casa decorada não bate certo.

Semana do Terror

Eu achava que a semana ia ser complicada. Três exames, uma apresentação oral e um relatório.
Eu achava mesmo que ia ser muito complicado.
Não fazia ideia que fosse ser assim. Parem a minha faculdade por favor, que está a dar comigo em maluca.

(Só faltam três dias... três dias! Se eu chegar viva a sexta-feira, bem entendidos...)

Sunday, December 12

Dracula Family #13

[Jardim Zoológico de Lisboa - 12.08.2010]

The Alien Parasite Hypothesis

Mas ontem, a noite foi salva pelo episódio novo de The Big Bang Theory. A quarta temporada está a ser de um outro nível, e as conversas entre o Sheldon e a Amy são qualquer coisa de fazer rir até às lágrimas. E este clip, em que eles fazem o diagnóstico diferencial da reacção dela ao ter visto o ex-namorado da Penny, é o momento da temporada, até agora.

"Sheldon: What about environmental factors... Describe the scene for me.
Amy: I was sitting in the restaurant with Penny and Bernardette drinking water. Carbonated, as it was a special occasion. Penny's friend, Zack, stopped by and said 'Hello' and I said 'Ho!'.
Sheldon: Who?
Amy: Zack.
Sheldon: Then, why did you ask?
Amy: Ask what?
Sheldon: Who?
Amy: Zack.
Sheldon: (pause) Allright, let's start over... What did you say when Zack walked in?
Amy: Ho!
Sheldon: Zack.
Amy: Why do you keep saying 'Zack'?
Sheldon: Because you keep saying 'Who'.
Amy: I'm not saying 'Ho!' now, I said 'Ho!' last night.
Sheldon: And the answer was 'Zack', correct?
Amy: There was no question, I simply said 'Ho!'.
Sheldon: (pause) Allright, I think I have enough to go on... Possible explanations for your symptons are, in descending order of likelihood hyperthyroidism, pre-mature menopause, hosting an alien parasite or, and I only included it for the sake of covering absolutely all bases, sexual arousal.
Amy: Where would I have picked up an alien parasite?"

Chamem-me apanhadinha da cabeça, mas ri-me até às lágrimas com este diálogo. E na sexta à noite, com uma re-criação made by Nuno Pires, ainda eu não tinha visto o episódio.

Saturday, December 11

O único bom no meio disto tudo é dia 16 de Dezembro ir aos 30STM.

Passa uma pessoa um sábado inteiro na Margem Sul, a torturar o Tico e o Teco para fazer um maldito trabalho para uma maldita cadeira (ou melhor, unidade curricular que é mais fino) dada (aliás, perdão, leccionada) pela professora Cruella de Ville, sobre os padrões de lazer da população idosa portuguesa (uí, que interessante... not!) para chegar a casa e ver que o Vitória de Setúbal eliminou o Sporting da Taça de Portugal.
Juntem a isto o facto de o meu carro ter-se avariado em plena auto-estrada na 3ºfeira, ter estado a fazer um trabalho na 4ºfeira até às quatro da manhã, os Da Weasel terem posto o ponto final definitivo na carreira e ter três exames práticos nos primeiros dias da próxima semana... e podem ficar com uma pequena ideia da vontade que eu tenho andado esta semana de acordar e levantar o corpinho da cama todos os dias.
Nunca mais é sexta-feira para ficar livre de aulas por dois meses. É época de exames, tudo bem, mas fico em casa sossegadinha sem ninguém que me chateie.
E que maldita época de exames que vai ser.

Wednesday, December 8

[A minha vida congelou no dia 6 de Novembro. Desde aí que tudo o que passa por mim é como se apenas fosse ruído de fundo. O ruído principal é esse dia, que se repete na minha cabeça vezes e vezes sem conta, sem que passem sequer 24h de pausa. Desde aí que é como se respirasse só por um pulmão, andasse só com uma perna e todo o resto do meu corpo fosse composto só pelo meu coração, que continua descompassado e desassossegado. A confiança que sentia em mim e que me fazia andar orgulhosa desvaneceu-se e voltei a andar encolhida, passar nos intervalos das pessoas e desejar ao máximo que ninguém repare em mim.
A tua ausência física na minha vida, porque é como se ainda fizesses parte de mim emocionalmente (e farás sempre), é que o que se demonstra até agora impossível de colmatar. O teu carinho e a tua companhia, que foi durante tanto tempo há distância mas mesmo assim significou muito mais que se pense, fazem-me falta. Imensa.
A minha semana está a ser terrível. É como se o vazio que se instalou dentro de mim, porque apesar de desassossegado e descompassado é como se o meu coração estivesse vazio, não tenha espaço para crescer mais e esteja a transbordar cá para fora, finalmente. E eu não consigo controlá-lo. Porque apesar de já ter passado por isto antes, nunca senti algo tão intensamente como estou a sentir a nossa separação e o rever tudo vezes sem conta não me faz nada bem, mas não consigo evitar.
A minha vontade é hibernar, qual urso polar, e tentar apagar tudo mas a minha memória não é selectiva para tanto. Devia lutar por ti mas não sou capaz porque não te quero afastar ainda mais de mim. Cada centímetro dói-me como se fossem mil quilómetros, não quero aumentar essa distância ainda mais. O bem que me fizeste não me fortaleceu o suficiente, apesar de tudo, para conseguir aguentá-la. E o pensar ou saber que estás completamente bem no que toca a estar sem mim, destrói-me completamente num estalar de dedos.
Ontem, o meu carro parou na A1, à saída da Ponte 25 de Abril. A chover torrencialmente, partiu-se a caixa de velocidades, em plena hora de ponta e ele não mexeu mais. Parou.
Há um mês, parou a minha vida, de novo. E tudo o que eu desejava para o Natal que se aproxima é que as peças se juntassem outra vez, nem que não da mesma forma. Tudo o resto passa a secundário se eu pudesse receber só um abraço. E uma garantia inegável de que nós vamos ficar bem.]

Sunday, December 5

And now, you do what they told you


"They use force, to make you do what the deciders have decided you must do.
They will use all that is neccessary to bring you to your knees."


Apanhei-me sozinha em casa por umas horas e vai de meter isto a tocar, a um volume capaz de partir vidros. Estou farta de relatórios e trabalhos para a faculdade. Que fim-de-semana de desespero. E o próximo pior será.

Wednesday, December 1

No domingo, enquanto via os Ídolos, descobri uma música do Rui Veloso que me arrasou completamente, chamada Canção de Alterne. A letra é da autoria do grande Carlos Tê, homem sem o qual a carreira do Rui Veloso não teria tido o mesmo percurso certamente. A Carolina cantou esta música na gala e eu fui logo de seguida procurar a versão original para tomar mais atenção àquela letra que se prendeu na minha cabeça.

"Pára de chorar
E dizer que nunca mais vais ser feliz
Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz

Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
O ciúme e a inveja
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora."

O ritmo jazz da música contrasta com a forma triste como esta soa na voz do Rui Veloso, pelo menos a forma triste que a música soa aos meus ouvidos, principalmente neste momento. A primeira parte devia puxar-me para cima para parar de me deixar afogar mas a segunda parte deita-me abaixo logo de seguida, porque eu já estive assim. Aliás, eu passei uns bons três meses assim, em que realmente o meu sorriso deveria ofender quem passava por mim na rua. Mas a verdade é que a vida não é uma moeda sem reverso e, mais cedo do que eu esperava, levei com esse reverso na testa. Tinha passado toda essa semana a temê-lo mas ainda assim estava desprevenida e por isso, doeu muito mais do que seria de esperar.
Não sei se é karma, mas a minha felicidade é sempre extremamente efémera, o que já me pôs a questionar variadíssimas vezes se realmente estar feliz atraí o ciúme e a inveja de tal forma que faz com que tudo se evapore num abrir e fechar de olhos.
E esta música acertou mesmo cá no fundinho da minha amarrotada alma e desde domingo que não quer de cá sair, de forma alguma. It's not getting any easier... Alguém que desligue o botão que faz com que sinta, por favor.

Tuesday, November 30

My Favorite Thing

É ir conhecer sítios onde nunca fui, eu mais a minha máquina fotográfica.
Plano para o próximo Verão, fazer a Costa Portuguesa, de Lisboa a Sagres. Let's go.

Sunday, November 28

"Ah, gravity - thou art a heartless bitch."

Os domingos são dias estúpidos e deixam-me deprimida. Por causa disso, estou a rever, pela enésima vez, as primeiras temporadas de The Big Bang Theory, cujas piadas já sei de cor e salteado e consigo antecipar de olhos fechados. Enrolada numa manta polar. E isto enquanto deito abaixo uma caixa de cereais. Que, segundo a minha mãe estão cheios de açúcar, o que só faz mal. As if...

"Sheldon: One ring to rule them all.
Rajesh: One ring to find them.
Wolowitz: One ring to bring them all.
Leonard: And in the darkness bind them.
(...silence...)
Rajesh: Holy crap are we nerdy!"
The Big Bang Theory - Season 3 - Episódio 17 - "The Precious Fragmentation"
Não sendo uma pessoa nada dada a pessoas, há duas ou três características que fazem parte do carácter generalizado dos seres humanos que me fazem uma certa confusão, que não consigo compreender.
Qual o motivo que pode levar a que uma pessoa acumule dentro de si uma raiva, ou mágoa ou veneno tão grande que faça com que retire um prazer imensurável das acções que toma. Acções, é como quem diz más acções, que espezinham e reduzem outras pessoas à máxima insignificância. Que razões darão uma espécie de desculpa para que uma pessoa guarde tal rancor dentro de si que a faça ser incapaz de demonstrar um sorriso genuíno, apenas consiga forçar um esgar sádico, e que se demonstre extremamente feliz ao humilhar os outros?
É coisa que me faz muita confusão e quando estou na presença de uma pessoa assim, começo logo a ficar inquieta. Principalmente, quando é uma pessoa de um lugar mais elevado, porque me dá logo vontade de lhe retirar as peneiras e fazê-la reduzir a má-educação e a arrogância que está presente no seu discurso. Por isso, é que não consigo suportar uma professora minha. Não só porque o sentido estético dela é igual ao de uma toupeira mas também porque todas as aulas, que duram três horas note-se, aquela mulher há-de arranjar uma forma diferente de humilhar alguém, mantendo sempre o seu sadismo bem presente. E eu tenho de respirar fundo e manter a postura, porque só consigo sentir repulsa por aquela mulher e o ter de estar naquelas aulas é pura tortura.
Existirem pessoas assim é algo que me ultrapassa.

Saturday, November 27

Tuesday, November 23

Nightmare - Parte II

Está um frio que não se aguenta. Hoje choveu a potes. Tenho sete cadeiras este semestre e só gosto de duas, ou seja a minha motivação para estar na faculdade é perto de zero. Vou ter três exames em Janeiro no espaço de quatro dias, o que faz com que não faça a mínima ideia como é que vou despachá-los. A última semana do semestre vai ser um terror, com três testes práticos, duas apresentações orais e um relatório sobre uma coisa altamente interessante (not!). E isso interessante é o quê, perguntam vocês... Pólens. Isso mesmo. Pólens. Uí, que alegria tão grande, que coisa tão interessante! E claro que com a camada de nervos que me dá só de sequer pensar nisto tudo, só me apetece fazer algo que não posso, porque não é ao fim de um mês e meio de liberdade disto que me vai dar (mais) uma fraqueza.
E já que, graças à Cimeira da NATO e à vinda do querido do Obama-orelhinhas-de-Dumbo, não houve concerto dos Arcade Fire para ninguém (já eu me andava a babar para cima do bilhete há três meses), estava a pensar arrastar aqui o corpinho Danone até ao Pavilhão Atlântico para ver os 30 Seconds to Mars a 16 de Dezembro, mas como calha nessa semana infernal, não sei não. É coisa para decidir nos dias mais próximos (assim que eu me decidir a começar a adiantar os trabalhos todos que tenho acumulados).

"Fight, not to fail, not to fall, or you'll end up like the others."

Agressivo, agressivo, agressivo. Abana a cabeça, abana o tronco, dá pontapés no ar. Exterioriza, Alexandra, exterioriza. F***-**, como eu odeio o Inverno!
"And I also know how important it is in life not necessarily to be strong but to feel strong. To measure yourself at least once. To find yourself at least once in the most ancient of human conditions. Facing the blind death stone alone, with nothing to help you but your hands and your own head. " - Christopher McCandless

Eu devia repetir isto todos os dias de manhã ao acordar, até à exaustão, como se fosse um mantra. Sentir-me forte o suficiente ao acordar e ao deitar, que são sempre os momentos mais difíceis. Não me sentir como se fosse um robot que acorda, vai às aulas, volta para casa, faz o que quer que seja que tem a fazer e volta a dormir. Como se fosse um autómato. Dizem que o tempo tudo cura. Se assim for, o tempo que passe, depressa, depressa, depressa. E que deixe de me doer.

Monday, November 22

Comer, Orar, Amar

Sábado foi finalmente o dia de ir ao cinema ver a adaptação do romance auto-biográfico da Elizabeth Gilbert. Ainda não acabei de ler o livro, falta-me a terceira parte, passada em Bali e que corresponde ao 'Amar', mas não tenho andado com grande espírito para isso.
O filme não está nada assim de especial, está apenas engraçadito. A primeira parte, passada em Itália, deu-me uma fome desgraçada. Ele era pizzas, massas e todas essas comidas que eu adoro e a Julia Roberts, que faz o papel principal, a comer que nem uma lontra... Ninguém aguenta. Quando for a Itália algum dia (viagem a planear um destes dias), volto de lá redonda for sure. Esta primeira parte, que corresponde ao 'Comer' claro está, foi a minha parte preferida do filme.
Depois vem o 'Orar', passado num ashram na Índia. No livro, apesar da minha muito reduzida afinidade para com a religião, esta segunda parte despertou também muito o meu interesse, pelas conversas que a Liz tem com o Richard do Texas e pelas suas meditações, que me deixavam a mim própria a pensar, muitas vezes. E a paisagem, mostrada no filme, é também ela lindíssima.
Mas o cúmulo da beleza está na viagem a Bali, que parece ser um autêntico paraíso de Sol e Mar. E é a parte em que aparece o Javier Bardem (ahahah).
O livro acaba por ser um pouco denso em certas partes, sendo que o filme é muito mais leve e fácil de acompanhar. Agora é ganhar vontade para acabar as cento e poucas páginas que faltam.
Ponto alto do filme: a música escrita, lá está, pelo Eddie Vedder e que aparece nos créditos finais. Chama-se Better Days e é mais uma criação maravilhosa deste homem. Podem ouvir aqui.

"Help me as I'm reaching
The future's paved with better days
(...)
I'm falling, free falling
Words calling me
Up off my knees

I'm soaring and, darling,
You'll be the one that I can need
Still be free
Our future's paved with better days"
Eddie Vedder - 'Better Days' - Eat, Pray, Love OST - 2010

Sunday, November 21

“Your body is a temple… Tattoos are your stained glass windows.”

Aqui há dias, inadvertidamente, estava numa aula de laboratório a tratar de um relatório (que, só por acaso era para entregar nessa mesma aula, mas isso agora não é importante aqui para o caso) e calhou ouvir a conversa de duas colegas minhas, sobre tatuagens. Uma delas dizia, em relação à sua tatuagem mais recente feita para aí há uns seis meses ou coisa que o valha, que já estava farta de a ver. A outra dizia que achava mal, uma pessoa ir para uma gala e não poder vestir um vestido sem costas ou sem mangas porque depois via-se ali aquela tinta toda e ficava um horror.
Eu, por outro lado, penso exactamente como está ilustrado nesta imagem. Para mim, as tatuagens são feitas por um motivo concreto, têm um significado próprio e pessoal e, portanto, quem decide fazer uma tatuagem e pondera bem essa decisão, não se irá arrepender. E mesmo que a pessoa vá passar o resto da vida a olhar para o mesmo desenho naquele sítio, não se virá a fartar porque esse desenho (ou palavra, ou número, ou seja o que for) tem um significado.
Está na moda fazer tatuagens. É como se fosse um novo conceito estético. E daí, como é giro ter uma estrela ou umas cerejas ou assim, a malta faz e pronto. Depois passados três quinze dias, já não conseguem olhar para ela.
Para mim, ver o próprio corpo como se fosse uma tela é uma forma de contar uma história. A sua própria história. É uma forma de marcarmos tudo aquilo que não nos destrói mas apenas nos torna mais fortes (já dizia o Nietzsche). Por isso, é que eu detesto quando me perguntam qual o significado do meu Jack ou da minha estrela. Ou o que é que vou tatuar a seguir. Porque, apesar de cada vez que olho para o meu braço esquerdo a minha mente começar a divagar para outras paragens que não o presente, não é coisa que eu goste de estar a explicar a todos os caramelos que me passam à frente e que acham curioso ter a trombinha de um esqueleto pintada no braço.
Para grande desgosto da minha mãe, esta é mesmo a minha maneira de ver as coisas, por isso daqui a uns anos, há-de haver muito mais tinta por aqui espalhada. O que, para a minha colega, faz com que eu deixe de poder ir a uma gala ou algo mais formal, tipo casamento, com um vestido sem costas e/ou sem mangas. Que chatice!

Saturday, November 20

Elogio ao Amor

“Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em “diálogo”. O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam “praticamente” apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do “tá bem, tudo bem”, tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso”dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
Crónica de Miguel Esteves Cardoso in Expresso

Eu adoro ler. Sobretudo crónicas. São incontáveis os livros de crónicas que tenho aqui em casa, maioritariamente de humor. Mas como em tudo, há crónicas boas e crónicas más, humor bom e humor mau. Eu pessoalmente, contento-me a ler o Ricardo Araújo Pereira, o Zé Diogo Quintela e o Bruno Nogueira quando quero assim algo mais leve. Já li as crónicas do Eduardo Barroso sobre os prazeres da sua vida, publicadas vai para mais de dez anos, no Diário de Notícias, isto num registo mais sério. E também já li várias do António Lobo Antunes.
Mas até hoje, nenhuma crónica me tinha parecido tão verdadeira e contemporânea quanto esta, escrita pelo Miguel Esteves Cardoso e publicada, salvo erro, no jornal Expresso. Não só pelo assunto que aborda mas também pela forma como o MEC escreve, com uma linguagem fácil de entender a qualquer um mas ao mesmo tempo, atacando e espezinhando mesmo a forma como se vive o Amor nos nossos dias.
Dito isto, não consigo perceber como é que, como aconteceu aqui há dias estava eu na FNAC do Chiado a escolher um livro, e deu por mim tendo ao meu lado uma senhora que parecia quase um clone da própria, a fazer um monte Everest de livros da Margarida Rebelo Pinto nos braços. Como é que uma pessoa é chamada de cronista/escritora quando escreve aquilo que escreve, num registo mais light tudo bem mas que ainda assim fica a anos-luz, por exemplo, desta crónica que transcrevi aqui em cima, e como é que vende a carrada de livros que vende que não têm ponta por onde se lhes pegar e anda tudo doidinho e a julgar-se grande leitor quando lê coisas intituladas 'I'm in Love With a Popstar' e crónicas do género daquela sobre as 'Gordinhas' que a Margaridinha escreveu aqui há uns meses e que é, pura e simplesmente, execrável.
Não é para me armar em pseudo-intelectualzinha mas faz-me assim uma alergia como é que com a gigantesca oferta de qualidade que por aí há, tanta gente lê tão pouco e coisas tão más.

Friday, November 19

Wishlist #8

Quem me conhece bem, sabe que sou maluquinha pelas peças da Calvin Klein. Mas, infelizmente, não tenho possibilidade de poder apelidar de meu nenhum dos seus relógios (amo relógios, tenho uma pequena colecção deles, são o meu acessório preferido) ou anéis, que são giros até mais não.
Por outro lado, muito mais em conta são as peças da Swatch Bijoux, cujo catálogo a minha mãe trouxe ontem cá para casa e eu me apoderei há pouco. E apaixonei-me totalmente por praticamente todas as linhas deste ano.
A paixão maior é por este anel. Paixão essa que me fez começar a chamar "Oh mããããeeee...".
Parecendo que não, já não estamos assim tão longe do Natal.:)
É impressionante a frustração que uma pessoa sente quando quer exprimir aquilo que se passa dentro da sua mente mas não consegue, porque lhe faltam as palavras.
Uma amiga minha elogia-me imensas vezes pela forma como escrevo, mas a verdade é que isto tem andado muito fraquinho aqui por estes lados, de há uns meses para cá. Devo ter perdido a capacidade de me exprimir através da escrita, o que era uma das minhas formas de descarregar o que me vai na alma.
E odeio quando isto me acontece. Porque começo a andar por aí como se fosse uma bomba em contagem decrescente para a sua explosão e depois quando expludo, é sempre no momento menos conveniente e para cima das pessoas menos adequadas.
Acho que vou hibernar até ao fim do Inverno. Não tivesse eu aulas até 17 de Dezembro e uma tonelada de relatórios para fazer, mais exames práticos, mais um trabalho/pesadelo para começar ainda, mais os exames teóricos, e enroscava-me aí numa manta polar (que tem estado um frio desgraçado que mais parece que há uma semana que vivo num igloo, f***-**!) num cantinho e trufas, dormia até, sei lá, Fevereiro!
(E amanhã vou finalmente ver o Eat, Pray, Love e está-me cá a parecer que vou inundar a sala...)

Sunday, November 14

Por aqui, andamos assim. A parte de cima da imagem, pelo menos.

U Know Who I Am

Desde sempre que é uma música que me toca muito. Ao nível de produção é algo muito simplista, uma guitarra acústica, uma batida a marcar o tempo, um arranjo simples de teclas et voilá. Estava feita a música mais marcante que o David já compôs.
Nela tudo se resume à letra, que exprime sentimentos que devem ser o denominador comum da vida de praticamente toda a gente, já que fala de Amor. Com as palavras que todos muitas vezes evitamos usar, por serem lugares comuns, o David resumiu em meia dúzia de frases aquilo que quase todos nós procuramos ao longo da vida: a felicidade de ter alguém ao nosso lado que nos compreende a 100%, que conhece os defeitos, as virtudes, que nos seca as lágrimas e nos retribui os sorrisos. Alguém, seja namorado, pai, irmão, tio, primo, amigo ou o vizinho ali do lado que nos marca a vida e nos faz crescer e querer ser sempre mais e melhor.
Quando ele tocou esta música no Coliseu dos Recreios, a 9 de Abril deste ano, eu estava na primeira fila com duas amigas minhas (que entram no videoclip desta música, estreadinho ontem) e aos primeiros acordes, dei por mim e as lágrimas corriam-me cara abaixo. E o videoclip que vi ontem pela primeira vez, surtiu o mesmo efeito.
A simplicidade desta música, a simplicidade do artista que a escreveu (que é uma das pessoas que eu mais admiro) emocionam-me. Tornou-se numa das minhas músicas e toca-me cá dentro de uma maneira inexplicável.

E o videoclip é fantástico. Só ele, só o David é capaz disto.

"(..) And I'll walk through dangers
I'll dance with strangers, but they'll never understand
We'll never be defenseless
We'll win this war against them
Don't you doubt this, yeah I'm sure we can
And who cares if they don't ever understand
And I love you because you know who I am"
David Fonseca - 'U Know Who I Am' - Between Waves - 2009

Wednesday, November 10

[Passaram-se cinco dias. Cinco dias em que não saber nada de ti me está a corroer por dentro aos bocadinhos. Não te poder contactar, apesar de ser a única coisa que neste momento me apetece fazer e de estar a lutar contra a vontade de te ligar ou mandar uma simples mensagem, é algo difícil de suportar. Não te poder contar que ontem fui enxovalhada mesmo à grande (eu e as minhas colegas de grupo) pela Cruela de Ville, mas mesmo à grande, e que infelizmente já estou tapada por faltas, ou seja, tenho de ir às aulas todas o resto do semestre e ouvi-la a chamar-nos 'inúteis' e 'ignorantes' a cada cinco minutos. Ouvir e calar, senão se abro a boca para reclamar, fico chumbada já em Novembro. Não te poder contar também que ontem fizemos ainda, pela primeira vez, uma análise da cena de crime completa, do princípio ao fim. Eu, como se calcula, ofereci-me para a parte da fotografia e lá andei, de Nikon em punho, e consegui tirar algumas fotografias boas até. Não te poder contar que hoje à noite tenho um jogo de futsal e que, segundo o treinador, posso jogar uns minutinhos desta vez e que a equipa do Instituto não-sei-quê de Ciências Médicas está uns bons furos abaixo de nós e a confiança está em altas para ganharmos este jogo, o que bem precisamos.
Não queria, nem quero, ser a primeira a quebrar este silêncio que está lentamente a dar cabo de mim, mas a verdade é que eu é que sou a emocional. Eu é que sou a que sente tudo à flor da pele, eu é que tenho o coração acelerado desde há cinco dias, com um ritmo que não me deixa dormir sossegada. Eu é que ainda tenho a réstia de esperança dentro de mim, que não sei bem de onde é que vem, parva que sou, que me diz que tu também não estás bem com isto, que sentes a minha falta e que hás-de 'cair em ti' brevemente e sentir que a nossa 'história' não pode acabar assim, desta forma tão out of nowhere.
Aquilo que, eu pelo menos acho que, construímos ao longo de tanto tempo seguido de contacto constante, quase 24h sobre 24h, não deve poder ser assim abalado e 'apagado' graças a uns momentos (ou dias) de fraqueza e stress de ambos. Claro que se for só eu a pensar desta forma, a luta a que me proponho é inglória mas acho que qualquer pessoa apaixonada tem um quê de estupidez que a faz sempre ser uma seguidora de causas perdidas e, por essa mesma razão, por muito que isto vá talvez servir apenas para me magoar e enfraquecer ainda mais, eu ainda acredito.
Por isso, ainda não saíste do meu pensamento e não sei lidar com aquilo pelo qual estou a passar. Por isso, o meu espírito pede que todo este pesadelo acabe proximamente, porque nada vai ficar mais fácil e eu preciso mesmo de um dos meus apoios de volta. Porque me sinto a cair outra vez e os que me seguram não me estão a ajudar a levantar. Faltas-me tu.
E fazes-me uma falta impossível de suportar.]

Sunday, November 7

Momentos de Crise

Este homem já me salvou a sanidade mental inúmeras vezes. Neste domingo terrivelmente nublado, é a ele que dou permissão para dar entrada na minha mente, para ver se me esqueço de tudo o que se passou ontem, nem que seja por uns minutos.
Não quero ser tomada pela tristeza, nem ficar com uma nova onda de depressão a pairar em cima da minha cabeça por mais dois anos, ou vinte anos, ou o resto da vida. Mas não me peçam para sorrir, ser feliz e pura e simplesmente dar um pontapé nesta história toda para trás das costas, porque eu não consigo fazê-lo.
Estou farta de perder pessoas importantes. E é pela importância que têm na minha vida, que desde ontem por volta desta hora que é como se tivesse deixado de sentir o meu corpo. Apenas sinto a cabeça (sempre às voltas) e o coração, a bater mais depressa do que é saudável. Poucas horas de sono em cima, que adormecer ligeiramente só se conseguiu lá para as 7h30 da manhã. E porque apesar de saber que isto só irá servir para me magoar ainda mais, chorar ainda mais e afundar-me ainda mais, há uma réstia de qualquer coisa em mim que me faz crer que tudo ainda irá ficar bem. Porque não pode ser só isto e acabar assim.

E hoje, como em todos os meus momentos graves de crise, meu refúgio é ele, são as palavras que ele diz e as notas que toca. Porque me tocam de uma maneira especial, sempre, mas ainda mais especialmente hoje. Porque eu não consigo deixar de pensar nisto.


"Oh, hold still for a moment and I'll find you
You're so close, I can feel you all around me
And I could hold you if you just stood still
Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
I'm so close, I'm just a small step behind you
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there"
David Fonseca feat. Rita Redshoes - 'Hold Still' - Our Hearts Will Be As One - 2005

Friday, November 5

I Can Read

Amo este site. Adoro as imagens, fotografias, mensagens. Precisava de ter tempo (lá está) para o explorar convenientemente. A maior parte das imagens que têm sido motivo de post neste blog, é de lá que têm vindo.

Do Medo

"Fear is a habit; so is self-pity, defeat, anxiety, despair, hopelessness and resignation. You can eliminate all of these negative habits with two simple resolves: I can!! and I will!!!"

Eu sou uma pessoa extremamente medrosa. Não sei precisar quando é que comecei a ser assim nem como é que cheguei a este ponto, mas se tivesse que apontar datas seria algures entre 2004 e 2006, aproximadamente. A verdade é quando crio uma certa rotina, um hábito, um meio envolvente constante, é-me muito difícil adaptar-me a qualquer alteração que nele ocorra. E tenho um medo terrível e irracional que isso aconteça.
Foi mais ou menos nessa mesma altura que me esmagaram parte da auto-estima e que fiquei com a percepção que tenho ainda hoje. E assim, é corriqueiro saírem da minha boca frases começadas por "Tenho medo que/de...". De perder, de arriscar, de me deixar ir, de desiludir, de não estar à altura, de chatear, de falhar (o meu perfeccionismo lixa-me tanto a vida às vezes!).
Com estes medos, vem o derrotismo, a ansiedade, o desespero, a falta de esperança e a resignação de não ir atrás de ninguém que me interesse por, à partida, já estar convencida a viagem não vai servir para nada a não ser para me magoar.
A viagem em que embarquei há precisamente quarenta e cinco dias até agora só me magoou graças a todos os medos que tenho. É por não estar segura de mim própria que todos os dias penso "I can and I will" sem me ter ainda convencido disso. O meu desejo é que esta viagem se prolongue pelo máximo de tempo possível, porque uma felicidade destas não sei se alguma vez passou aqui pela minha mui amarrotada alminha, mas a verdade é que me sinto como uma maluca, porque aquilo que desejo é aquilo que estou a estragar, quem sabe muito rápida e permanentemente. Com o quê? Com os meus medos, pois com certeza. Portanto, acho que é claro como água, que me tenho deixar de merdas e mandar todas as minhas paranóias para trás das costas. Quando é que eu vou finalmente começar a fazer isso?
Quando chegarmos aos sessenta dias, rezo eu (não, vá, eu não rezo que sou agnóstica) para que lá cheguemos e a muitos mais, espero para meu, aliás nosso bem, que já me tenham ajudado a largar alguma da minha bagagem. Porque a cada dia que passa fica mais pesada e impossível de suportar e não é meu direito dividi-la com outra pessoa que é totalmente alheia a toda a sua origem.

Tuesday, November 2

Há uma vida antes dos Kings of Leon e uma vida depois dos Kings of Leon.

Pessoalmente, prefiro a depois. Por momentos como este.


A primeira música do seu novo álbum, Come Around Sundown, que foi editado há cerca de quinze dias. A primeira razão para se gostar do mesmo. Uma muito boa razão. :)

Monday, November 1

In My Time of Need... of Time

"O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem."

É exactamente disso que eu preciso. Tempo. Tempo que não tenho. Para me deitar e ir dormir sem pensar na quantidade de coisas que no dia a seguir vão precisar de ser feitas. Para ir aos treinos de futsal e tentar começar a melhorar. Para tratar de todos os relatórios do Demónio que os professores de Substâncias de Abuso I, Técnicas Analíticas Forenses I e Biologia Molecular Forense I pedem todas as semanas, sem excepção. Tempo para acabar de ler o "Eat, Pray, Love" e apanhar o filme no cinema. Para me mentalizar que tenho de começar a arregaçar as mangas e deitar mãos ao trabalho como deve de ser, que o semestre já vai ficando adiantado e eu não me posso descuidar. Tempo para ganhar paciência. Para escrever aqui no blog, que isto anda muito fraquinho. Para ver as minhas séries de eleição, nem que seja só um dia por semana. Tempo para estar com os amigos e combinar aquele tal jantar com a malta do Secundário, que anda para ser marcado vai já para dois ou três meses. Para estudar a obra do Álvaro de Campos, que me anda aqui a perseguir e a aguçar a curiosidade, e tirar e aperfeiçoar as minhas fotografias e técnicas. Para levar os meus óculos de Sol, o meu MP3 e o meu relógio preferido a arranjar (estragaram-se os três na mesma altura, que sorte a minha!). Tempo para namorar, para sorrir, para passear, para me divertir, para descontrair um bocadinho.

Isto anda bonito por aqui, anda... Podem dar-me dias com 48 horas em vez das habituais 24? Vá, assim até ao fim deste Novembro que ainda agora começou (e cujo início foi terrível)... É que dava muito, muito jeitinho.

Sunday, October 31

Alma Mater

Chegaram num carro funerário, deixando toda a multidão que os esperava à porta do São Jorge completamente espantada. Num carro funerário?? Brutalíssimo, não pensava nada que alguém se lembrasse de uma coisa destas. Os nossos lugares podiam ter sido melhores, mas a noite foi ainda assim memorável.
Nunca tinha visto Moonspell ao vivo e talvez ter uma primeira experiência acústica possa não ser a melhor forma de compreender a essência e a energia da banda mas é sem dúvida a melhor forma de avaliar a sua capacidade técnica e o seu talento. O Fernando Ribeiro tem uma voz grave e com um poder calmante extraordinário. O guitarrista faz coisas com uma guitarra acústica que não é aí qualquer um que consegue fazer. O Mike até assim mais sossegadinho consegue ser electrizante.
Foi uma óptima noite e ontem apaixonei-me definitivamente pelos Moonspell. Com gritos e tudo. :)

Sobre o concerto dos Arcade Fire

A verdade é que o mesmo foi anunciado no dia 9 de Julho. Eu comprei o bilhete sensivelmente um mês depois, no início de Agosto. E o que mais irritação me causa no meio desta polémica toda é como é que, se já estava marcada a tal Cimeira da NATO, deixam marcam um concerto para a véspera do início da dita Cimeira, sendo óbvio que nessa altura toda a zona do Pavilhão estaria encerrada por razões de segurança.
Eu acho completamente revelador da forma desrespeitosa como se actua neste país, o facto de termos a Everything is New de um lado e o Ministério dos Negócios Estrangeiros do outro a discutir se se realiza o tal concerto ou não. Por um lado, a promotora, uma entidade insignificante quando em comparação com um Ministério, a teimar que sim, que um concerto que irá mobilizar milhares de pessoas tem condições de se realizar, mesmo tendo a PSP já fechado toda a área circundante do local onde se vai realizar a Cimeira.
A verdade é que faltam menos de 20 dias para o concerto e eu, que já empenhei os 34€ no bilhete há quase três meses, tenho um pedacinho de papel em casa que não sei se me serve para alguma coisa. E a vontade de ver os Arcade Fire é imensa e se não acontecer no dia 18, provavelmente só para o próximo ano.
E mudarem a localização do concerto? Ou fazerem as coisas como deve de ser e não em cima do joelho e a tentar 'desenrascar'? E decidirem-se rapidamente, para eu e todos os restantes sabermos se vamos ou não ouvir a Rebellion (Lies) no dia 18? É incrível todo o rídiculo desta situação... Enfim.