Parvoíce do Dia #2

Terça-feira, 19h40. Estava eu muito bem cá fora, a apanhar um bocadinho de ar e a pensar que já estava quase na hora de fechar e vir para casa, quando se chega ao pé de mim uma rapariga, que por coincidência andou no mesmo Colégio que eu e foi colega de turma da minha melhor amiga, acompanhada pela mãe, não vai de modas e sai-se com esta: "Olhe, desculpe... sabe-me dizer onde é que fica, aqui na Avenida, um cabeleireiro de maricas?"
Eu, que nestas situações fico sempre naquela será que ouvi bem?, lá articulei um "Desculpe?" ao fim de uns segundos, ao que ela repetiu: "Onde é que fica o cabeleireiro de maricas?"
Ora, vejamos: aquela Avenida, para além de ser a que tem mais farmácias em toda a cidade de Lisboa, deve ser também a que tem mais salões de cabeleireiro por metro quadrado. Só na dita e nas avenidas adjacentes, são há vontade uns vinte, sem exagero.
Lá me controlei e respondi "Fica aqui ao lado." e elas lá foram, todas contentes.
Já são quase 11 da noite e ainda agora dei por mim a pensar nisto... é preciso ter uma lata! A chegada da Primavera pôs toda a gente estúpida ou é só impressão minha?

Choose Love

Um grande vídeo para uma música linda, linda, linda. Daquelas para ouvir bem alto, sentada no chão, de pernas cruzadas e olhos fechados.

Durante cerca de seis anos tive aulas de piano com a mesma professora que a Rita. A única diferença reside mesmo no talento: ela tem, muito. Eu nem por isso.

Kafka on the Shore

"Sometimes fate is like a small sandstorm that keeps changing direction. You change direction, but the sandstorm chases you. You turn again, but the storm adjusts. Over and over you play this out like some ominous dance with death just before dawn. Why? Because this storm isn't something that blew in far away, something that has nothing to do with you. This storm is you. Something inside you.
(...)
And once the storm is over you won't remember how you made it through, how you managed to survive. You won't even be sure, in fact, whether the storm is really over. But one thing is certain. When you come out of the storm you won't be the same person who walked in. That's what this storm's all about."

"Kafka on the Shore" by Haruki Murakami

America was born in the Streets

Já que hoje esteve uma ventania horrível em Lisboa que não me deixou ir para a praia como tinha planeado (bah!), virei-me para o cinema e de uma assentada vi The Hours e Gangs of New York.
Sobre o primeiro não há muito a dizer a não ser que continuo sem perceber porque é que a Nicole Kidman ganhou o Óscar por este filme. Para mim, é fraquinho e ficou muito aquém das minhas expectativas. Pronto, a Meryl Streep é a Meryl Streep esteja num filme de quinta categoria ou esteja num filme de topo, disso não há dúvidas. De resto, bah! Não é filme que me fique na memória, não faz o meu género.
O segundo, contra tudo o que pudesse imaginar, é exactamente o oposto.Não gosto do Leonardo DiCaprio, confesso. Não gosto do homem, pronto. E ainda nunca tinha visto este Gangs of New York exactamente por isso.
Ora, estava a ser estúpida. Esqueci-me de um grande pormenor que dava pelo nome de Daniel Day-Lewis. A nomeação para o Óscar foi completamente merecida e até podia ter ganho porque o homem faz um papel brilhante! :) A Cameron Diaz também não está nada mal, mesmo que seja num registo completamente diferente ao que estou a habituada a ver e o DiCaprio, pasme-se, também está muito bem. Resumindo, gostei muito do filme. Muito mais o meu género, muito mesmo, e por isso vai directamente para os favoritos. :)

Atonement

Atonement prova-nos como uma série de mal-entendidos e uma miúda bisbilhoteira, ciumenta e má podem destruir uma história de amor que se previa muito bonita. O papel de Briony Tallis devia ser considerado o mais irritante da História, porque durante o filme todo só me apetecia torcer-lhe o pescoço. A Keira Knightley, para além de ser tão magrinha que parece que voa quando leva com um bocadinho de vento, também dá a ideia, nos vários filmes que vi dela, que representa sempre da mesma forma e o James McAvoy é, sem dúvida, o melhor neste filme. Muito bem mesmo. :)
É um bom filme para ver assim numa noite de sábado, como foi o meu caso ontem, não sendo nada por aí além.

'Hearts and thoughts they fade, fade away...'

... quando oiço o Eddie Vedder a cantar.
A propósito da reedição de Ten, os Pearl Jam são o tema de capa deste mês da Blitz.
Ler a entrevista à banda ao mesmo tempo que ouvia o Vs. fez-me quase levitar...
Gosto tanto da voz do Eddie Vedder... So soothing, perfeita mesmo. :)
'I seem to recognize your face
Haunting, familiar, yet I can't seem to place it
Cannot find the candle of thought to light your name

Lifetimes are catching up with me
All these changes taking place, I wish I'd seen the place
But no one's ever taken meHearts and thoughts they fade, fade away...
Hearts and thoughts they fade, fade away...'
Pearl Jam - 'Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town' - Vs. - 1996

P.S. Se puderem, leiam a entrevista. Vale a pena. Sério

Ontem

Acordei tarde e tive de me despachar à pressa para ir trabalhar, coisa que odeio. Passei o dia todo submergida em roupa e a tratar de montras e exposição em loja e o raio que o parta. Fui almoçar eram quatro da tarde e saí do trabalho quase uma hora depois do suposto. Cheguei a casa tarde, mandei o jantar dar um passeio e depois de meio dedo de conversa no MSN, trufas, para a caminha que amanhã é outro dia...
É sexta-feira, deixei tudo arrumado ontem portanto hoje já não tenho de ir mais cedo, está solinho e o primeiro dia de praia está mesmo aí. Oh yeah baby, domingo há prainha para animar a malta. :)

Desabafo #2

E depois tudo continua quando um dos ditos fantasmas que me assola logo é a temível faculdade. Sim, é para onde quero ir. Não, não quero ser empregada de balcão para o resto da vida, tenho outras ambições. Ambições essas que no futuro mais próximo fazem com que tenha de ir para uma faculdade específica, a única que tem o curso adequado para a minha profissão. Se tudo correr bem, entro em Setembro. Ora, ainda estamos em Março e eu já estou a começar a entrar em paranóia com o assunto. Porquê? Já sei como é que reajo em situações de pressão (não reajo de todo, viro costas e fujo sem enfrentar o problema) e tenho um medo terrível que isso me aconteça outra vez.
Já ouvi imensas histórias de pessoas que por lá passaram. Umas boas e outras péssimas.
Um dos meus melhores amigos está no 1ºano de Engenharia Informática ou uma cromice de computadores qualquer assim parecida e está feliz como nunca o tinha visto. Está literalmente a ter the time of his life e eu olho para ele e dou comigo a pensar quando é que eu vou passar por aquilo. Daqui a algumas semanas vou ser incorporada no mundo universitário do ISCTE, que é como quem diz "vou-te levar lá para veres como é".
Tenho seis meses para arrumar a confusão que está na minha cabeça, arranjar um porto de abrigo e estabilizar as minhas emoções e os meus sentimentos, que andam muito contraditórios ultimamente e eu detesto contradições, e desta vez entrar na faculdade com o pé direito. Tenho seis meses para aprender a ser menos dependente de quem não merece e deixar tudo aquilo que me prende e, neste momento, que não me deixa andar aí com um sorriso estampado na cara e toda feliz da vida.

'It's times like these you learn to live again
It's times like these you give and give again
It's times like these you learn to love again
It's times like these time and time again'
Foo Fighters - 'Times Like These' - One By One - 2002

Porque não é a toa que o Boss e o Bono são dois dos melhores músicos de sempre...

A melhor versão de uma das minhas músicas preferidas de sempre. Porque não ando com espírito para mais, deixo aqui esta música só para não dizer que não apareço e que só escrevo posts deprimentes.
When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we'll see
No I won't be afraid, no I won't be afraid
Just as long as you stand, stand by me

And darlin', darlin', stand by me, oh now now stand by me
Stand by me, stand by me

If the sky that we look upon
Should tumble and fall
And the mountains should crumble to the sea
I won't cry, I won't cry, no I won't shed a tear
Just as long as you stand, stand by me

And darlin', darlin', stand by me, oh stand by me
Stand by me, stand by me, stand by me-e, yeah

Whenever you're in trouble won't you stand by me, oh now now stand by me
Oh stand by me, stand by me, stand by me
Darlin', darlin', stand by me-e, stand by me
Oh stand by me, stand by me, stand by me
(Versão Original de) Ben E. King - 'Stand By Me' - 1961
(E também porque ando a precisar que me digam isto...)

Desabafo #1

Uma pessoa sabe que este é um dia mau a partir do momento em que ouvir uma música de The Killers a deixa deprimida, coisa nunca antes vista. Mas o problema a sério não é esse, por estranho que possa parecer. O problema a sério começa quando a dita pessoa se apercebe que mudando o tom para Mogwai e para a 2 Rights Make 1 Wrong, que tem aquele condão de a animar quando é preciso, ainda assim continua deprimida.
Ao fim de mais meia dúzia de mudanças, chegamos ao centro da questão. O problema reside não na música que ouvimos mas sim no que está na nossa cabeça e está a interferir com tudo o resto. Os chamados pensamentos demoníacos. E eu devo ser a rainha dos pensamentos demoníacos, que a minha cabeça anda feita máquina de lavar roupa há já algumas semanas: a girar, a girar, a girar. Tanta volta faz com que aqueles fantasmazinhos que estavam muito bem guardados lá no fundo, por baixo de tudo o resto, venham parar cá ao de cima outra vez. Trufas.
Lembram-se deste post? Na altura em que o escrevi, passei dois ou três dias fechada em casa, sem falar com ninguém a não ser o estritamente necessário (a minha mãe e a minha melhor amiga), a ver a season 3 do Nip/Tuck de enfiada para tentar silenciar toda a confusão que estava aos gritos na minha cabeça. Do dia para a noite, no caso de uma manhã para uma tarde, sem eu própria saber bem como, peguei nas minhas perninhas, arranjei-me e fui sair. Não fui longe, daqui de minha casa ali ao Campo Grande é um pulinho, mas foi como se tivesse dado três voltas ao mundo. Recuperei o sorriso e o ânimo assim do nada para, logo de seguida, cometer toda uma série de erros, mas isso agora não interessa nada.
Ver toda a gente que me era mais próxima a andar para a frente quando eu parei no tempo foi algo que sempre me fez muita confusão. No último ano do Liceu habituei-me finalmente a uma série de coisas que agora puff, foram-se. Estou a trabalhar, estou ocupada, tudo bem, mas não estou a estudar. Não tenho testes, apresentações para preparar, nada disso. Talvez por isso, às vezes, tenha reacções exageradas quando não consigo reunir toda a gente por culpa do raio da faculdade e não da vontade das próprias pessoas. Exagero, resmungo como é muito meu costume e ando há uma semana a descarregar as minhas frustações em quem nada tem a ver com o assunto e que atura tudo sem dar um aí que seja. Tudo por causa de uma ideia muito pouco luminosa da minha parte de marcar uma ida à praia.
Resmungo sim mas a verdade é que estamos oito nesta fotografia e desde este dia (em Setembro) que não voltámos a estar os oito. Não há noites no Bairro, não há jantares não há nem uma merda de um café. E isso irrita-me. Irrita-me ser a única a puxar a corda, outra vez. E sinto a falta. Porque caí numa rotina de acordar-ir trabalhar-vir para casa-dormir-acordar outra vez que odeio. É todos os dias o mesmo plano, fora as raras vezes que saio depois do trabalho para ir dar uma volta com uma amiga minha. Vejo as mesmas pessoas todos os dias, mas são pessoas que não me dizem nada. Aquelas que realmente me dizem algo e me fazem falta, vejo ao fim-de-semana ou falo de vez em quando por telefone, SMS ou MSN. E estes oito já não os vejo ou falo há meses.
Graças a Deus que o raio da faculdade não é impeditiva para toda a gente e há uma alminha que eu sei que basta dizer "Vamos sair?" que ele diz logo "Onde e quando?". E não há de faltar muito para irmos mesmo, que eu já estou em boa idade de mudar, de deixar de ser anti-social e de ter medo de estar com pessoas que não conheço.
Se eu tenho 18 e tenho a sensação que, em certas coisas, a vida me está a passar ao lado, a continuar assim aos 30 mando-me da ponte.

(Sentido que este post faz: nenhum. Percentagem de alívio que eu sinto depois de debitar isto tudo: cerca de 15%. Percentagem de seca que apanha quem o ler: acima dos 300%. Desculpem.)

Momento Histórico.

São 0.23 do dia 19 de Março de 2009. Acabei de chegar a casa, depois de ter ido dar uma voltinha after work. Fui dar uma vistinha de olhos rápida ao e-mail e ao blog antes de me ir deitar. E foi aí que vi.
Neste momento, o meu blog já teve 10.004 visitantes. Escrevo o 275º post para assinalar este facto. Ao fim de um ano e meio, o meu caixote do lixo (sim, porque eu debito para aqui tralha que não interessa a ninguém) já recebeu mais de 10 mil visitas.
Obrigada. Muito obrigada mesmo. Um beijinho para quem cá vem e comenta e para quem não comenta também (porque alguns vêm comentar directamente comigo). Beijinho, beijinho, beijinho. Obrigada por estarem desse lado. Continuem por aí, sim? :)

Bruno Aleixo, versão 'Torero'

Só à terceira vez que comecei a ver o programa é que lhe achei piada. Este dueto está genial. :)

Coisas Que Não Se Percebe #1

Estava aqui a ver o videoclip do Angélico, Gélico para os amigos, e agora pergunto: Quem é a miúda que tolera que o namorado ande com uns brincos mais compridos que os dela?
Chamem-lhe preconceito, mas o meu homem é que não andava com uns brincos de penas até aos ombros e comigo ao mesmo tempo... Era isso e aquelas camisolas de alças à trolha. Por mais que me esforce, sinceramente, não percebo este fascínio pelo rapaz. Não percebo mesmo. Credo.
É favor não perguntar porque raio é que eu estava a ver o vídeo. A sério. Esqueçamos isso.

Sweeney Todd

Foi o programa da noite de sábado.
Tim Burton + Johnny Depp + Helena Bonham-Carter + Musical = Perfeição. Um grande filme, como é óbvio. Muito bom. :)

Wishlist #2

Porque hoje é sábado e enquanto uma data de gente vai aproveitar o solinho, eu estou prestes a sair para ir trabalhar. E não dormi nada a noite toda por causa da estúpida da constipação que quase que não me deixa respirar. Bah!

D. It is written.

Já não ia ao cinema desde a sessão dupla de The Dark Knight, no Verão. Andava há semanas a pensar que agora com uma sala aqui tão pertinho de casa, já não tinha desculpa. Hoje, decidi mimar-me por duas horas, para me esquecer da estúpida da constipação que me anda a perseguir, da consulta de dentista que fui ao príncipio da tarde e da inveja de toda a gente que vai aproveitar o solinho este fim de semana. Fui finalmente ver Slumdog Millionaire e adorei. Desde a banda sonora ao argumento, passando pelos actores, pela fotografia e pelos cenários, adorei o filme do príncipio ao fim. É mais um daqueles que me faz ficar a pensar muito depois de ter saído da sala, os meus preferidos. Merece mesmo os prémios que lhe foram atribuídos. E vai directamente para o meu top 10. :)
Já agora, porque é que as meninas das bilheteiras nunca percebem que quando uma pessoa chega sozinha e pede apenas um bilhete, é porque só quer mesmo UM bilhete? Porque é que têm sempre de perguntar 'Mas é só um bilhete?'... Hoje tive quase para me sair com uma do género, 'Não, desculpe, são dois. Um é para mim e o outro é para o meu amigo imaginário, que está aqui ao meu lado, mas que a senhora não consegue ver.'... Sinceramente.

Chaga

'Foi como entrar, foi como arder,
Para ti nem foi viver,
Foi mudar o mundo sem pensar em mim.
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim.'
Ornatos Violeta - 'Chaga' - O Monstro Precisa de Amigos - 1999

Em qualquer relacionamento, há sempre um ponto alto, um expoente máximo a seguir ao qual muitas vezes se inicia todo um rol de acontecimentos que vem a ditar o fim do tal relacionamento. Contigo sei perfeitamente quando é que isso aconteceu e penso que tu também o saberás.
A nossa amizade já está morta e enterrada há muito tempo, sabes bem. Eu deixei-me ir, perdi o interesse, e aquilo que tenho vindo a descobrir sobre ti nos últimos tempos nada tem feito para que eu possa re-descobrir o interesse que tinha em ti, que tive durante um par de anos. Não te reconheço neste momento. Tens te revelado na tua essência, revelado os podres que sempre estiveram dentro de ti e que eu, por estupidez ou por distracção, nunca tinha tomado consciência que existiam.
Há umas semanas bateste no fundo, deves ter plena noção disso. Não te confrontei ainda porque não me compete e nestes últimos meses mudei muito a minha maneira de lidar com as coisas e perdi um pouco do meu carácter intempestivo. Graças a muita gente que me ajudou quando eu caí, onde é que tu estavas já agora?, sou uma pessoa diferente. E além disso, nem dois palmos de cara tens que mereçam a minha força, visto que nunca a demonstras, sempre te escondeste atrás de quem mais te convém.
Seja como for, some things never change e a minha memória continua imperturbável, como sempre. Quando caíres, e sei que isso vai acontecer e esse dia não estará tão longe de chegar quanto isso, eu vou estar lá. Não para fazer aquilo que não fizeste comigo e ajudar-te a levantar, para isso não contes comigo. Há um limite de cinismo e de coisas que permito que me façam. Sabes que sou assim, sempre fui e sempre o serei. É um dos meus defeitos mas nesse dia será uma das minhas qualidades.
Neste momento, tenho aquilo que te deveria ter sido mais precioso, que tu traíste sem pensar nas consequências e que te virá a fazer muita falta no futuro. Sabes bem disso, até te sentiste ameaçada por mim. Estou em sentido ascendente, embora por vezes me custe a acreditar nisso. Tu estás no sentido oposto e um dia vais-te aperceber de todos os erros que cometeste.
Mas nessa altura minha querida, já virás tarde. Porque a tua chaga, pelo menos em mim, já foi tratada e curada. Cicatrizou rapidamente, ao contrário das tuas outras homónimas (sinceramente, embirro com Vanessas e nunca nenhuma me fez mal algum; devia embirrar era com estas, que já vou na terceira, porra!) que já me pregaram também partidas semelhantes à tua e demoraram muito mais a sarar, e agora apenas deixou uma pequenina marca. Marca essa que cá irá ficar, quanto mais não seja para me lembrar dos erros que já cometi, para não os repetir. Uma chaga para me lembrar que houve um fim. Um fim que já passou. Um livro em que hoje ponho um ponto final e fecho. Para nunca mais abrir.

(Já não destilo mais veneno nos tempos mais próximos, prometo. Esta estava aqui guardada há algum tempo, já era tempo de sair...)

Desafios e Mimos #1

A P. desafiou-me novamente, desta vez a dizer três coisas boas e três coisas más sobre a minha vizinha. E pelo caminho, ofereceu-me também um mimo para enfeitar aqui o blog. Obrigada! :)
Ora, neste momento não tenho nem vizinha de cima nem vizinha do lado mas tenho uma vizinha odiosa no 3ºandar que cada vez que a vejo só me dá vontade de lhe bater. Ora vejamos:
Coisas Más:
#1 - Tem a mania que manda no prédio todo e que as opiniões dela contam para toda a gente, seja sobre o facto da porta da rua estar sempre aberta, seja pelo facto de eu sair às oito da manhã de casa vestida de fato de treino e voltar uma hora depois ('Aí, já viu, aquela rapariga é tão estranha às vezes...');
#2- Sempre que eu abro a porta de casa, seja para entrar ou para sair, seja de manhã, de tarde ou de noite, ela abre também a porta de casa dela para espreitar cá para baixo (acreditem, já cheguei a casa por volta das três da manhã e ela abriu a porta);
#3- Faz uma barulheira a subir e a descer e adora falar na escada (vá-se lá perceber), fazendo-se ouvir em todas as casas;
Coisas Boas:
#1 - Tem com cada uma de vez em quando que é de me levar (a mim e à minha mãe) às lágrimas de tanto rir;
#2 - Como a minha mãe já se chateou com ela uma vez aqui há tempos, praticamente só me diz "Bom Dia" ou "Boa Tarde" quando me vê, graças a Deus. E às vezes escapa-se um "Olááááá Alexandra!";
#3 - Não hei-de viver no mesmo prédio que ela por muito mais tempo, se tudo correr bem.

Sportinguista, eu?
Não, não, deve ser engano...

Não há mal que sempre dure...

... nem ódio que o tempo não cure (é mentira, mas agora serve).
Por isso, estou completamente viciada nisto. E a certeza de ir ao concerto deles, nem que seja sozinha, é o que me anima. :)

A New Low

No Brasil, uma menina de nove anos foi sujeita a uma interrupção de uma gravidez de gémeos (já mencionei que ela tinha nove anos?) resultante de abusos por parte do padrasto, abusos esses que se repetiam desde os seis anos de idade.
Ora, qual é a atitude da Igreja Católica perante tal situação? Castigaram o padrasto? Condenaram o crime de violação de uma menor?
Nãããão! Eles fizeram o que estava correcto. Excomungaram a criança porque ela fez um aborto. Importa o facto de a gravidez, ainda para mais por ser de gémeos, pôr em risco a vida da menina? Nem eu, com dezoito anos, tenho o corpo preparado para passar uma uma situação daquelas quanto mais uma criança de nove. Importa o facto de a menina só ter ficado grávida porque foi violada pelo padrasto?
Não. O importante é que ela fez um aborto e isso é contra as leis da Igreja Católica. Resultado: a menina, a mãe e toda a equipa médica foram excomungados.
Isto mete-me um nojo tão grande, mas tão grande que nem consigo explicar. A Igreja Católica podia já ter muitos defeitos (e como é que ainda tem o poder que tem é que não faço a mínima ideia) mas isto é algo completamente... inconcebível. Ridículo. Nojento mesmo.

E se eu ganhasse o Euromilhões?

Não, ainda não foi desta. Todas as semanas, lá vão 2€ para o Euromilhões, sempre os mesmos números, e nicles. Até agora só ganhei 9€ e qualquer coisa, uma vez. Fora isso, nada feito.
A P., uma querida, desafiou-me a escrever cinco coisas que faria caso ganhasse o Euromilhões.

#1 - Guardava 15 mil euros para a faculdade. Assim logo, de chapa;
#2 - Comprava uma casinha para mim, não muito grande mas bonitinha, que decorava de preto e verde, assim à maneira, e um Citröen C1 também preto e verde com um sistema de som a arrebentar (e enquanto esperava pelo carro, tirava a carta, já agora... é capaz de dar jeito!);
#3 - Ajudava a minha mãe, o meu pai, o meu irmão e alguns amigos, de uma forma que sei que os ia pôr felizes;
#4 - Destinava um X valor a viagens, concertos e essas coisas que gosto muito (mas nada assim excepcionalmente consumista... só talvez ir aos melhores festivais de Verão na Europa e fazer uma digressão completa com as minhas bandas preferidas);
#5 - Guardava o resto do dinheiro, não vá o diabo tecê-las, que isto nesta época nunca se sabe. De maneira a poder viver calmamente, sem sustos.

Acho que por agora era isto que fazia... Demasiado fútil?

Acções de Formação e coisas que tais #2

Coisas com que fico destes dois dias:
- Lisboa às oito da manhã é o caos (já sabia mas há uns tempos que não saía de casa a essa hora e já não estou habituada);
- As camionetes para Carnaxide nunca chegam a horas e vão sempre cheias;
- As camionetes para Carnaxide são caras como o raio (viagem de ida e volta é 5,50€. Isto x2, porque foram dois dias);
- Ir de AllStars e t-shirtzinha não é boa ideia quando as outras 13 vão vestidas como se fossem para uma festa;
- A loja de B. (eu até dizia o nome da cidade mas é melhor não) deve ser um atraso de vida;
- Role-plays não são para mim (passei uma vergonha tão grande, credo!);
- A minha formadora deve ser das profissionais mais competentes do país;
- Trabalho na loja errada.
Enfim... Fizeram me assinar um Green Commitment, em que me comprometi a atingir os objectivos de vendas que eles definiram para mim, por comparação com os meus resultados até agora. Bonito.

Hoje é o Dia.

Uma das coisas que eu mais valorizo no mundo é a amizade. E consequentemente também a confiança e a cumplicidade.
No meu pequenino grupo de amigos próximos, existem dois parzinhos que me marcam profundamente. À primeira vista, não têm nada a ver um com o outro e nem sequer se conhecem mas bem vistas as coisas até nem são muito diferentes. Um deles está junto há 16 anos, casado há 9 anos e já tem um filho. O outro, que é também o que me trouxe aqui hoje, está junto faz hoje precisamente 11 meses.
Há onze meses atrás, sou sincera, não acreditava que este namoro tivesse futuro. Bem feita Alexandra, por teres a mania que os teus palpites interessam! Adiante... A verdade é que este namoro teve futuro (toma lá, que já te calas!) e ainda o tem e disso estou certa. A minha opinião ao princípio devia-se não o conhecer muito bem e como se tratava da minha melhor amiga, fiquei alerta, como é óbvio. Ao longo deste tempo, vim a descobrir que o pouco que conhecia era exactamente o oposto de como ele é na realidade e engoli aquilo que tinha dito. Olhando para trás, para tudo aquilo que já me foi possível acompanhar da vida deles, percebi já há algum tempo que realmente nada é o que parece ao início.
Aqueles dois são um exemplo para qualquer um. Já ultrapassaram várias provas, algumas daquelas mesmo difíceis de dar a volta por cima, e foram capazes de continuar juntos, inabaláveis e cada vez mais fortes. Caindo num daqueles lugares comuns que toda a gente gosta de evitar, os dois completam-se nos pontos em que divergem, e têm uma série de afinidades que à primeira vista poderiam passar despercebidas (e no meu caso tinham passado). Formam um dos casais mais queridos que eu já alguma vez vi e têm algo que nem toda a gente tem: Star Quality. É daquelas coisas que ou nasce com as pessoas ou então nada feito. É como se fossem os meus Jolie-Pitt... :)
Espero cá do fundo mesmo que eles continuem juntos por mais 11 meses, 11 anos, 11 décadas se fosse possível. Porque aqueles dois fazem-me acreditar não só no amor, mas sim também na cumplicidade e na amizade.
E quando for grande, gostava de ter uma relação assim. :)

Manamana

Momento 'Sabias que?'... Não fazia a mínima ideia que este vídeo tinha sido lançado em 1977. Ena, 1977... o meu irmão ainda nem era nascido em 1977. Ainda a Gloria Gaynor não andava por aí a pôr toda a gente a cantar o "I Will Survive". Tss... Há coisas que são mesmo intemporais.

Manamana, tu-tu-ru-ru-ru! :)

Acções de Formação e coisas que tais #1

Esta semana, quarta e quinta-feira, fui inscrita numa acção de formação, de Atendimento e Vendas - Nível I, proporcionada pelo grupo empresarial que gere a Undercolors em Portugal. Aquilo é só daqui a três dias mas eu já ando nervosa por causa disso. Provavelmente sou a pessoa mais nova que vai àquela acção de formação. Há imensas raparigas que vão e que já andam nisto há seis, sete anos. Eu ando cá há nove meses (Dez.2007 a Março 2008 e de Outubro 2008 até agora) e fico a trabalhar só até Setembro. Tenho 18 anos e em cima dos meus ombros tenho a responsabilidade de ser a encarregada da loja onde trabalho. Stressful, isn't it?
Há que respirar fundo, pôr (ou pelo menos fingir que) a confiança lá nos máximos e entrar sala adentro com um sorriso na cara. I'll try it.
A minha colega passou por esta acção de formação em Outubro e diz que para me conhecerem melhor, vão pedir-me para preencher uma espécie de mapa de objectivos pessoais. Vão querer saber o que é que eu quero da vida, basicamente.
Ora pois muito bem... boa pergunta.

(Ah, e aquilo é lá para um bloco de escritórios em Carnaxide, algures no fim do mundo, em frente aos estúdios da SIC ou lá que raio é e começa cedíssimo... Maravilha! Depois digo como correu.)

Como pôr a Alexandra bem disposta logo de manhã? - Parte III

EU DISSE!
Eu disse que 2009 ia ser um ano com imensas novidades! :) Weeeee! Aqui.
Depois do Porto, a 20 de Junho de 2007, lá vou eu ao Coliseu de Lisboa no dia 18 de Junho. Ahahah! Ryder, concert suit-up. We're sooooo going, my dear! :)
(E o John Petrucci que se cuide, que com jeitinho ainda o trago para casa! :P)

Num domingo, ter de me levantar às oito para ir trabalhar só de manhã era meio caminho andado para um dia passado de trombas. Mas hoje não! É novidade que merece vídeo e tudo. :)