E trufas, assim se passou mais um ano. Não foi um ano maravilhoso mas foi sem dúvida, no geral, melhor que os dois anteriores. Foi o ano em que descobri o que era chumbar a uma disciplina (e descobri o que era chumbar com um 3 e chumbar com um 8 e devo-vos dizer que antes com o primeiro do que com o segundo). Foi o ano em que comprei o meu primeiro carro, em que apanhei a primeira bebedeira, em que entrei pela primeira vez numa discoteca, em que voltei a passar finalmente uns dias fora de Lisboa no Verão. Foi o ano em que vi por fim o David Fonseca (na primeira fila) e os Moonspell (em acústico) ao vivo. Foi o ano em que, novamente, o Sporting voltou a não ganhar nada. Foi o ano em que consolidei algumas amizades e fiz dois novos amigos (e quão importantes eles já são...). Foi o ano em que quase perdi a minha melhor amiga, sendo que tudo acabou por se resolver, felizmente. Foi o ano em que o meu mundo foi tomado de assalto pelos Kings of Leon, pelo John Mayer, pelo David Fonseca, pelos Avenged Sevenfold e pelos Moonspell e pela minha Tuna. Foi o ano em que perdi os Alice in Chains, os Pearl Jam, o Michael Bublé em concertos cá em Portugal. Foi o ano em que estudei e trabalhei que nem um burro, em que pintei o cabelo e trajei pela primeira vez. Foi o ano em que deixei oficialmente de ser teen e passei para os vintes (aí...). Foi o último ano em que vivi, provavelmente em definitivo, na mesma casa que o meu irmão. Foi o ano em que exorcizei, espero que para sempre, um sentimento que me perseguia já há dois. Foi o ano em que mais aprendi sobre fotografia, mais li e mais séries e filmes vi. Foi o ano em que me voltei a apaixonar, daquelas paixões que nos eleva trinta centímetros acima do chão e nos traz aqueles sorrisos estúpidos e o olhar meloso, e os abraços intermináveis e tudo e tudo e tudo.
Foi um bom ano. Que 2011 a ele se assemelhe, pelo menos nas partes boas. Para mim, já é suficiente.
Foi um bom ano. Que 2011 a ele se assemelhe, pelo menos nas partes boas. Para mim, já é suficiente.
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