Dizem que os tempos de faculdade são os melhores da nossa vida. Que deixam memórias eternas e para sempre fica também a saudade dessa época. Eu nunca tinha conseguido perceber isso totalmente, compreender o porquê de tanto amor à Vida Académica (e a minha Academia é rainha no que toca a isso), mesmo durante um ano praxístico e tudo isso. Sim, eu já tinha entrado mais na onda, muito mais do que alguma vez pudesse imaginar (eu, que tive a um nanosegundo de me declarar anti-praxe) mas não tinha ainda descoberto o que move todas estas pessoas que me rodeiam todos os dias e que vivem o Espírito Académico de uma forma apaixonada até mais não.
Sexta-feira, dia 14 de Maio, deixei de ser caloira. Fui para a praia, fui baptizada - "Eu caloiro, vil e inferior criatura, suplico humildemente perante vós meu soberaníssimo Padrinho e demais doutores (...)" - dei um mergulho no mar, assim muito mal dado mas o que conta é que dei, e assim acabei o meu ano de Caloira. Nessa noite, trajei pela primeira vez, num Jantar Académico que começou com o digestivo e terminou com os aperitivos, como é costume. Desde que vesti o Traje nessa noite, ainda não o larguei e muito menos larguei a minha Capa. Onde eu vou, ela vai atrás, nem que seja para a casa de banho. Após o Jantar, vivi um dos momentos mais emocionantes e memoráveis de sempre.
Quando me traças-te a Capa, não consigo descrever de forma alguma o sentimento que me tomou de assalto. Chorei quando demos o nosso Abraço Académico (que está guardado nesta fotografia), chorei quando subiste com a Tuna ao cimo do Monte Olimpus para a Serenata e chorei mais tarde quando me ofereceste a primeira Insígnia. E a partir daqui, sei que vou crescer muito nesta minha Vida Académica que ainda agora está a dar os seus primeiros passos.
Mas aquele momento na noite de sexta-feira, aquele momento particular, "levo comigo para a vida". E espero eu que seja o primeiro de muitos.
:)
ReplyDeletedeve ter sido tão bonito... :)
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