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Julianne Potter in My Best Friend's Wedding
Este filme foi assim o primeiro filme sem ser de animação que me lembro de ver e de me marcar a memória. Corria o mês de Fevereiro de mil nove e noventa e oito, era eu uma criancinha com sete anos que achou o máximo a história da Jules e do Michael.
Passados doze anos, e apesar de o meu estilo de filme predilecto não passar nada assim por comédias românticas, este My Best Friend's Wedding continua a ser dos meus filmes preferidos de sempre (está no meu top 10). E no passado domingo, estava a dar no canal Hollywood e nós fizemos uma pausa no estudo de Química para (re) ver um pouco.
E eu, apesar de tudo, continuo a adorar este filme, totalmente. Porque não acaba com o final previsível, porque a Julia Roberts e o Dermot Mulroney (que era bem giraço em 1997 e actualmente continua um homem de pôr uma pessoa a suspirar... e a voz dele, mãezinha... rouca, grave, aí, aí...) fazem uma dupla genial e demonstram uma ligação e amizade que eu pessoalmente acho perfeita. Depois, a banda sonora é lindíssima, repleta de grandes clássicos. E aquela cena deles todos a cantarem no restaurante, com ela aterrorizada e ele cheio, cheio de ciúmes é também ela um clássico.
O mais impressionante é a qualidade do argumento e da realização que é tão atenta aos pequenos detalhes, como na cena da qual retirei a frame acima (e que não corresponde ao diálogo. Este é de uma cena mais para o final do filme, mas que tem uma das declarações mais bonitas da História do Cinema).
A cena que engloba a frame acima passa-se num barco que passeia por Chicago. A Jules está há dois dias a tentar arruinar o casamento do Michael (é desta personagem que vem a minha adoração por este nome) e da Kimmy e este momento define tudo. TUDO.
"Michael O'Neill: Kimmy says if you love someone you say it, you say it right then, out loud. Otherwise the moment just...
Julianne Potter: Passes you by...
Michael O'Neill: Passes you by..."
E ela, simplesmente, não disse. Eles passaram debaixo da ponte e ela não disse. E o momento passou. E as coisas importantes podem ser decididas assim, num piscar de olhos. É por isso que adoro este filme. Ao fim de já o ter visto para cima de trinta mil vezes, ainda dou por mim a retorcer a almofada e a gritar cá para mim "DIZ-LHE, OH ESTÚPIDA!" cada vez que vejo esta cena, apesar de já estar careca de saber no que é que isto resulta. E ontem revi o filme por completo, e chorei, as always... Porque tenho a sensação, já há algum tempo, que o 'meu' Michael O'Neill também anda por aqui por perto.
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