No ano passado entreguei todas as minhas prendas de Natal, à excepção de uma. Uma pequena prenda, feita por mim como mais umas três que foram ter aos seus destinatários, que ficou por aqui, na minha estante. Foi mais por piada que a fiz até, do que pelo valor que tinha (ou teria) mas nunca a cheguei a entregar, por motivos vários. Na altura parecia fazer sentido, mas acabámos por não nos voltar a ver, já lá vai praticamente um ano e meio, nem falar. E a prenda por aqui acabou por ficar, já que nunca a re-aproveitei para oferecer a outra pessoa (seria estúpido) nem a deitei fora (já que ainda me deu um certo trabalho). Cada vez que olho para ela, lembro-me de a construir e nunca ter tido coragem (chamemos-lhe assim) para a entregar e o ela ainda cá estar traz-me sempre à mente a ideia de fracasso.
Este ano, voltei a fazer duas prendas, por alturas do Natal. Apesar de já não sentir a mesma magia natalícia de quando era pequena (até por muitas mudanças familiares que se passaram since then), continuo a gostar muito desta época. Das luzes e decorações, do frio que parece só saber bem naqueles dias, do espírito de oferecer presentes a quem nos é querido, coisas que sabemos que vão gostar, que lhes fazem jeito ou que pura e simplesmente nos dá gozo escolher para determinada pessoa. Não embarco em consumismos desenfreados e sem pés nem cabeça, não só porque não tenho posses para isso mas também porque não é o facto de se dar presentes excêntricos ou em grande quantidade que demonstra o que nos importamos com alguém. O cuidado na escolha do presente ou mesmo o facto de o fazermos nós próprios, quando se proporciona ou é adequado, é para mim muito mais indicativo do que o mesmo significa do que o ser a camisola X ou Y ou o perfume Z que custa para cima de um ordenado mínimo (ou de dois ou de três). E por estes dois motivos, já não é a primeira vez que, apesar da minha motricidade fina não ser das melhores, me aventurei a fazer alguns dos presentes com as minhas próprias mãos (e tenho vindo a aperfeiçoar, que isto este ano saiu muito melhor, verdade seja dita!).
Uma já foi entregue, a outra ainda aqui está, também. E hoje olhei para ela com uma sensação estranha de dejá vu. O Natal já foi há duas semanas e eu ainda nem sequer me mexi e/ou tomei qualquer iniciativa que fosse para fazer com que ela chegasse às mãos de quem pretendo. E não sei quando ou mesmo se o chegarei a fazer. Porque sou tão merdinhas que fico dias esquecidos a questionar-me se devo ou não fazê-lo e depois o momento passa, eu fico sossegadinha no meu canto e zip. Acaba por ficar cá mais um fracasso, mais uma prenda desperdiçada. Mais um reminder de um afastamento irreversível.
Ando há uma semana a pensar no que fazer. E realmente o que tenho a perder é zero, poderia tentar. Mas conhecendo-me como eu conheço... Se calhar, acabo por inaugurar uma prateleira na minha estante destinada a fracassos. Uma prateleira de espaço infinito, para caberem lá todos.
Este ano, voltei a fazer duas prendas, por alturas do Natal. Apesar de já não sentir a mesma magia natalícia de quando era pequena (até por muitas mudanças familiares que se passaram since then), continuo a gostar muito desta época. Das luzes e decorações, do frio que parece só saber bem naqueles dias, do espírito de oferecer presentes a quem nos é querido, coisas que sabemos que vão gostar, que lhes fazem jeito ou que pura e simplesmente nos dá gozo escolher para determinada pessoa. Não embarco em consumismos desenfreados e sem pés nem cabeça, não só porque não tenho posses para isso mas também porque não é o facto de se dar presentes excêntricos ou em grande quantidade que demonstra o que nos importamos com alguém. O cuidado na escolha do presente ou mesmo o facto de o fazermos nós próprios, quando se proporciona ou é adequado, é para mim muito mais indicativo do que o mesmo significa do que o ser a camisola X ou Y ou o perfume Z que custa para cima de um ordenado mínimo (ou de dois ou de três). E por estes dois motivos, já não é a primeira vez que, apesar da minha motricidade fina não ser das melhores, me aventurei a fazer alguns dos presentes com as minhas próprias mãos (e tenho vindo a aperfeiçoar, que isto este ano saiu muito melhor, verdade seja dita!).
Uma já foi entregue, a outra ainda aqui está, também. E hoje olhei para ela com uma sensação estranha de dejá vu. O Natal já foi há duas semanas e eu ainda nem sequer me mexi e/ou tomei qualquer iniciativa que fosse para fazer com que ela chegasse às mãos de quem pretendo. E não sei quando ou mesmo se o chegarei a fazer. Porque sou tão merdinhas que fico dias esquecidos a questionar-me se devo ou não fazê-lo e depois o momento passa, eu fico sossegadinha no meu canto e zip. Acaba por ficar cá mais um fracasso, mais uma prenda desperdiçada. Mais um reminder de um afastamento irreversível.
Ando há uma semana a pensar no que fazer. E realmente o que tenho a perder é zero, poderia tentar. Mas conhecendo-me como eu conheço... Se calhar, acabo por inaugurar uma prateleira na minha estante destinada a fracassos. Uma prateleira de espaço infinito, para caberem lá todos.
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