Wednesday, January 5

O pretexto foi uma garrafa de Martini Bianco, prenda de aniversário. A conversa durou até às três da manhã, parte passada na minha varanda (apesar do frio). O Martini com duas pedrinhas de gelo, como se quer. A noite muito boa e as novidades que trocámos também, boas novidades, óptimas novidades.
Esse dia tinha começado mal. O meu primeiro exame do ano resultou em chumbo, pela certa, e a disposição não era muito boa depois disso. Mas mais tarde descobri que vou a exame à tal cadeira, a Cruella de Ville decidiu-se finalmente a passar-nos (mas só com o dez estritamente necessário, que isto não há cá borlas). E a disposição tinha melhorado um bocadinho. E depois soube da tua resolução de ano novo e aí sim, a disposição melhorou e muito. E falámos, falámos, falámos. E depois perdi-me em toda a nossa conversa e a minha cabeça acabou a voar para outras paragens.
2011 vai ser, definitivamente, um ano de mudança. O meu melhor amigo acaba a licenciatura já daqui a uns seis meses e se tudo lhe correr de acordo com o seu plano, a tese de mestrado vai ser feita em Delft, na Holanda. Portanto, vai estudar durante dois anos para um local que, por oposição à proximidade actual do ISCTE, ficará a mais de 18 mil quilómetros de distância de Lisboa. A única coisa boa que eu consigo ver nisto é que vou poder ir à Holanda e não pagar estadia (e vamos ficar por aqui que eu não me quero lembrar das partes más desta mudança... já disse aqui que não sou muito dada a mudanças, não já?).E é mesmo a única parte boa da questão porque mais de 18 mil quilómetros é imenso.
2011 seria também o ano em que eu me licenciaria em Biologia, tivesse ficado sossegadinha na UTAD em Setembro de 2008 e não tivesse tentado seguir o meu sonho. Ou seja, seria em princípio o ano em que voltaria para Lisboa (vai-se a ver e acabei por não de cá sair).
2011 vai ter o Verão em que meti na cabeça que ia fazer uma roadtrip. O Projecto Lisboa-Sagres está em construção, estamos a iniciar a fase de planeamento. Duas semanas em Agosto a fazer a Costa Portuguesa da capital até Sagres, mochila às costas (que o meu carro não aguenta uma coisa destas) e máquina fotográfica na mão. E, esperemos, um bronze invejável. Para já, a poupança económica para que tal seja possível já começou.
2011 espera-se também que seja o ano em que o número de tatuagens volta a ser ímpar (como deve ser sempre), mas só lá mais para o fim, depois de atingidos os 21.
2011 é o ano em que passa uma década da morte do meu tio, uma das pessoas de quem eu mais gostava no mundo. Um dos maiores Sportinguistas que já conheci e a pessoa da qual sinto mais saudades, desde sempre. 2011 é o ano em que começo a temer que o mesmo aconteça à minha avó, dado os últimos desenvolvimentos, algo para o qual não estou nem um pouco preparada.

Porta-te bem 2011, sim?

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