"If I turn into another, dig me up from under what is covering the better part of me."
Incubus - 'Dig' - Light Grenades - 2006
Se aqui há quatro anos, quando me comecei a tornar numa anti-social de primeira apanha, que não fala com ninguém, detesta gente com a mania e não consegue sorrir só 'porque sim' e 'porque fica bem', me dissessem que o meu círculo de amigos mais próximos seria o que é hoje, eu começava-me a rir. Sério. Vejamos:
A minha melhor amiga e confidente e tudo o mais é da minha idade. Já a conheço, ainda que só de vista, desde os meus 4, 5 anos. No sétimo ano andámos à estalada e ao pontapé (ainda que ela não se lembre) e eu detestava-a. Agora, venham me cá perguntar se eu consigo sequer imaginar estar sem ela... Não, não consigo. Eu sei que já disse aqui, várias vezes, que detesto Emos. Ora, foi ela que me impediu de me tornar numa Emo, tinha eu 15 anos e um vazio ainda maior na cabeça do que tenho agora. E se sou assim, hoje, um bocado GIGANTE é devido a ela.
Uma das minhas melhores amigas tem 32 anos, é casada e tem um filho com cinco. Diferença de idades de 15 anos? Quase que não se nota, garanto-vos. Trabalho com ela todos os dias, de manhã à noite e mesmo quando, no Verão, deixámos de trabalhar juntas, não havia fim-de-semana que não almoçássemos as duas. É ela que me puxa de volta à Terra quando me ponho a sonhar alto demais (coisa que acontece muito frequentemente) e é ela que atura o meu mau (péssimo, terrível, insuportável) feitio todos os dias, todo o santo dia. Gabo-lhe a paciência.
Outra das minhas melhores amigas vive na Holanda, a 2000 e tal kms de distância de mim. Vi-a uma vez, este Verão. Há semanas que não falamos, mas isso não afecta nada a nossa proximidade (nunca afectou).
Por fim, tenho uma rapariga que mora no mesmo andar que eu, no mesmo prédio que eu, a nove degraus de distância. :)
Fora os meus "quatro elementos" essenciais, tenho mais meia dúzia de pessoas em quem confio plenamente para me darem um par de estalos e gritarem-me "Acorda!!!" quando for preciso, quando eu me armo em parva, quando tento ser algo que não sou só para me integrar (que já aconteceu), quando me apetece chegar ali à Expo e mandar-me da Vasco da Gama abaixo, quando não quero sair e me arrastam. Que me apoiam em tudo, ainda que achem que eu estou a cometer a maior parvoíce do mundo (por ex. faculdade). Que quando eu caio (e caio muitas vezes) e me espatifo toda, juntam-se e colam os meus bocadinhos todos back in place, para que me possa levantar outra vez.
Das pessoas que eu julgava serem importantes para mim há dois, três anos atrás, há para aí três que se mantêm. Custou-me a aceitar isso? Custou. Imenso. Horrores. Preocupo-me com isso agora? Not even a tiny little bit... Estou optimamente bem com as pessoas de quem mais gosto, sejam amizades recentes ou antigas ou apenas 'conhecidos', e às outras já não lhes dou a importância que dava. E isso chega-me. :)
(Anda-me a dar para vir para aqui filosofar sobre estas coisas que não interessam a ninguém. E para pôr partes de letras de músicas antes dos textos também. Enfim...)
Fora as afinidades que descobriste com uma blogger que mora na cidade de deus e também tem mais quinze anitos que tu...
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