Sunday, November 21

“Your body is a temple… Tattoos are your stained glass windows.”

Aqui há dias, inadvertidamente, estava numa aula de laboratório a tratar de um relatório (que, só por acaso era para entregar nessa mesma aula, mas isso agora não é importante aqui para o caso) e calhou ouvir a conversa de duas colegas minhas, sobre tatuagens. Uma delas dizia, em relação à sua tatuagem mais recente feita para aí há uns seis meses ou coisa que o valha, que já estava farta de a ver. A outra dizia que achava mal, uma pessoa ir para uma gala e não poder vestir um vestido sem costas ou sem mangas porque depois via-se ali aquela tinta toda e ficava um horror.
Eu, por outro lado, penso exactamente como está ilustrado nesta imagem. Para mim, as tatuagens são feitas por um motivo concreto, têm um significado próprio e pessoal e, portanto, quem decide fazer uma tatuagem e pondera bem essa decisão, não se irá arrepender. E mesmo que a pessoa vá passar o resto da vida a olhar para o mesmo desenho naquele sítio, não se virá a fartar porque esse desenho (ou palavra, ou número, ou seja o que for) tem um significado.
Está na moda fazer tatuagens. É como se fosse um novo conceito estético. E daí, como é giro ter uma estrela ou umas cerejas ou assim, a malta faz e pronto. Depois passados três quinze dias, já não conseguem olhar para ela.
Para mim, ver o próprio corpo como se fosse uma tela é uma forma de contar uma história. A sua própria história. É uma forma de marcarmos tudo aquilo que não nos destrói mas apenas nos torna mais fortes (já dizia o Nietzsche). Por isso, é que eu detesto quando me perguntam qual o significado do meu Jack ou da minha estrela. Ou o que é que vou tatuar a seguir. Porque, apesar de cada vez que olho para o meu braço esquerdo a minha mente começar a divagar para outras paragens que não o presente, não é coisa que eu goste de estar a explicar a todos os caramelos que me passam à frente e que acham curioso ter a trombinha de um esqueleto pintada no braço.
Para grande desgosto da minha mãe, esta é mesmo a minha maneira de ver as coisas, por isso daqui a uns anos, há-de haver muito mais tinta por aqui espalhada. O que, para a minha colega, faz com que eu deixe de poder ir a uma gala ou algo mais formal, tipo casamento, com um vestido sem costas e/ou sem mangas. Que chatice!

1 comment:

  1. Para meu desgosto... fui uma das pessoas que te perguntou pelo significado da tua tatuagem...
    Tens de me perdoar a ousadia mas é algo que vem inerente ao fazeres uma tatuagem... o porque, a origem do desenho? Haverá uma historia por detrás da tatuagem?
    Eu olho para mim e sei exactamente todas as razões e motivos pelos quais fiz as minhas... e por muito que seja um cliché, sei que por detrás de cada traço, de cada desenho, de cada pormenor colorido, se encontra uma história, um desejo ou algo mais, que me levou, como que um impulso a reescrever o meu próprio corpo... a embelezá-lo através da arte de uma outra pessoa... (Confiança a mais lol)

    Mas isto é apenas para te dizer que deves orgulhar-te dos motivos pelos quais fizeste as tuas tatuagens... não por vaidosismo, ou leviandade mas sim porque são pequenos traços da tua história como pessoa que para sempre estarão contigo.

    Gostei imenso do teu Jack... e o motivo é só teu... :)

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