... há sempre aqueles dias em que só me apetece fugir daqui, desligar de pressão da faculdade, dos trabalhos, das apresentações, dos exames e todas as outras responsabilidades (que me fazem crescer mas que às vezes se tornam demasiado pesadas, mesmo não o sendo), desligar destas minhas pessoas que me fazem muito bem mas das quais, como em tudo, às vezes preciso de um intervalo, quando as saudades dos que estão em Lisboa e que apesar de serem pouquíssimos quilómetros podem estar longe durante semanas a fio, as saudades do meu irmão que vejo sempre a correr e cujos abraços me fazem sempre sentir como se tivesse ainda cinco anos e fosse bem pequenina, as saudades da comida da minha mãe, da minha cama querida (o meu refúgio de todas as horas), do meu pai, de beber um Martini com o meu melhor amigo que está prestes a emigrar, de percorrer pela milionésima vez a Baixa com a minha melhor amiga, de tocar o meu piano, de aninhar-me no sofá e adormecer a ver televisão, de tudo começam a apertar o meu peito de uma maneira horrível.
É quando estou prestes a voltar a Lisboa que a nostalgia fica mais forte, que preciso mais de voltar quase como preciso do ar para respirar. Porque três meses ainda não dá para que isto deixe de ser o meu mundo. E às vezes custa muito. E anteontem, estava um farrapo.
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