Friday, December 2

Por muito que eu goste de viver 'sozinha',

... há sempre aqueles dias em que só me apetece fugir daqui, desligar de pressão da faculdade, dos trabalhos, das apresentações, dos exames e todas as outras responsabilidades (que me fazem crescer mas que às vezes se tornam demasiado pesadas, mesmo não o sendo), desligar destas minhas pessoas que me fazem muito bem mas das quais, como em tudo, às vezes preciso de um intervalo, quando as saudades dos que estão em Lisboa e que apesar de serem pouquíssimos quilómetros podem estar longe durante semanas a fio, as saudades do meu irmão que vejo sempre a correr e cujos abraços me fazem sempre sentir como se tivesse ainda cinco anos e fosse bem pequenina, as saudades da comida da minha mãe, da minha cama querida (o meu refúgio de todas as horas), do meu pai, de beber um Martini com o meu melhor amigo que está prestes a emigrar, de percorrer pela milionésima vez a Baixa com a minha melhor amiga, de tocar o meu piano, de aninhar-me no sofá e adormecer a ver televisão, de tudo começam a apertar o meu peito de uma maneira horrível.
É quando estou prestes a voltar a Lisboa que a nostalgia fica mais forte, que preciso mais de voltar quase como preciso do ar para respirar. Porque três meses ainda não dá para que isto deixe de ser o meu mundo. E às vezes custa muito. E anteontem, estava um farrapo.

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I've rambled. Now, it's your turn.