Tuesday, June 15

Crónica de uma Morte Futebolística Anunciada #2

Estivemos as duas sentadas a ver o jogo, cada uma no seu sofá,. Eu já farta de retorcer o meu cachecol da Selecção entre as minhas mãos, e ela, sossegadinha, só fazendo algumas perguntas de vez em quando, do estilo "Quem é o Drogba?" e "Porque é que o Bruno Alves não levou amarelo?". Quando o Cristiano Ronaldo rematou ao poste, eu levantei-me e disse trinta mil asneiras seguidas e ela soltou um "Oh pá, que pena!". Estivemos ali as duas sofrer, mas não da mesma forma. O "tal mãe, tal filha" no que toca a futebol, não se aplica a nós.
E porque eu ligo muito mais a futebol (influências da parte masculina da família, nomeadamente pai e irmão), depois do jogo de hoje tenho a dizer que não faço ideia porque é que o Danny esteve cerca de 55 minutos em campo a pastar (sim, porque a jogar futebol não esteve, de certeza), porque é que andamos a tapar o Sol com a peneira e a desculparmo-nos com o vento, a relva e a chuva quando se nota perfeitamente a falta de entrosamento entre o meio campo e os avançados, a falta de força por comparação aos jogadores da Costa do Marfim (era cá com cada armário, livra!) e a falta de um pulso forte a comandar uma selecção que se auto-intitula "Os Navegantes" e que em certos pontos, foram parar à África do Sul um bocado à deriva.
A Coreia que aí vem na próxima segunda não é pêra-doce, não senhor, como se viu pelo jogo que disputou com o Brasil ainda há pouco. Depois temos o próprio Brasil, que é aquilo que se sabe. Calhámos no Grupo da Morte, sem culpa nenhuma, mas ou começam a perder o medo de arriscar e a mexer as perninhas e a fazer-se ao jogo em vez de jogarem na retranca, ou então não sei não.
(Seria muito mau acabar este post com um Volta, Scolari, estás perdoado?)

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