Sunday, August 1

Do Crepúsculo

Quanto maior é a histeria há volta de algo, menor é a minha vontade de me relacionar com esse algo. Aconteceu já com o Harry Potter (quando começou aquela fantochada toda à volta dos filmes e a partir do quinto livro, eu afastei-me e só li os dois últimos volumes depois de ter tudo acalmado e de não se ouvir falar daquilo a cada cinco minutos) e com a saga Twilight, com toda a gente a suspirar por aí "Aí o Edward!", "Eu amo vampiros!", "Ele é tão lindo!", blábláblá whiskas saquetas.
Há para aí um mês, o primeiro filme, Crepúsculo, deu na televisão e eu pus a gravar para ver depois, quando acabasse a primeira fase de exames. Numa das noites seguintes, alapei-me ali no sofá, caneca de chá na mão (sim, sou daquelas malucas que gosta tanto de chá que o bebe mesmo que estejamos no pico do Verão) e preparadinha e avisadinha pelo meu irmão que o filme não valia nada. E é verdade. Como filme, na parte técnica da coisa, não é nada de especial. Tem efeitos especiais mal feitos, tem o Robert Pattison branco demais (sim, o homem até pode ser um vampiro mas não exageremos, parece que teve para aí três-quinze dias a ser embebido em líxivia para ganhar aquela cor!), tem a Kirsten Stewart a fazer de Bella, que até pode ser girita e tal mas parece que não tem expressão nenhuma naquela cara e está sempre com o mesmo ar de dor. A banda sonora é boa - tem Muse e basta! - e tem aquela música tocada ao piano pelo Edward que é muitíssimo bonita.
Mas apesar de não ser um bom filme, eu gostei. Gostei sobretudo pela personagem Edward Cullen que me pareceu muito interessante. E isso fez-me ter interesse em ler o livro, porque me disseram logo que, como é costume nestes casos, o filme fica muito aquém. E trufas, eu que até andava sem nada para ler, lá me aventurei no Crepúsculo versão livro. O que me fez gostar ainda mais do Edward Cullen. Acho que é uma personagem muito bem construída, já que aquele dilema interior dele, aquela confusão de sentimentos entre o amor que ele sente pela Bella e a vontade de, vá sejamos simpáticos, lhe dar uma trinquinha está bem descrita e caracterizada. Para além de que ele é descrito como extremamente bonito, preocupado, atencioso e todas essas coisas que uma rapariga até que aprecia num rapaz. O que faz com que eu, estando na fase lamechas em que estou (isto tem andado complicado), tenha gostado bastante dele.
Hoje vi o segundo filme, New Moon - num ficheiro de péssima qualidade - e é uma história mais parada. Vale a pena por aquela meia hora final mas pronto, de resto não tem nada de especial. Aguardam-se os restantes livros e filmes para que possa dizer de minha justiça em relação à história completa.

Ah, e aquela gente que está histérica com esta saga e que diz que isto é uma história de vampiros, pelo amor de Deus, tratem-se! Isto é uma história de amor que mete vampiros, mas não é nem de perto nem de longe uma história de vampiros. Os vampiros não brilham com a luz do Sol e o importante de o homem ser vampiro aqui no meio é só o ter sido atraído por ela e poder ter aquele dilema de ficar com ela ou não, porque pode de um momento para o outro, perder o controlo e saltar-lhe ao pescoço (e não no bom sentido da coisa). Sinceramente. E o Pattison é giro, quando está com a sua cor normal, e tem um sorriso que eu pessoalmente acho muito bonito, mas não é nenhum Deus Grego, acalmem lá aí as hormonas!

1 comment:

I've rambled. Now, it's your turn.