Monday, September 6

[Está por estas alturas a fazer dois anos, assim tipo amanhã, que me estilhaçaram o coração em mais pedaços do que aqueles que é possível a um ser humano contabilizar. Ora, claro que isso não havia de dar bom resultado e Setembro de 2008 foi assim um péssimo, péssimo mês que começou mal, continuou mal e acabou ainda pior. Começou com o fim de algo que ainda estava no principio, é certo, mas que no meu ponto de vista teria muito potencial (aparentemente, era só mesmo no meu ponto de vista... e eu vejo um bocado mal). Continuou com uma mudança de cidade que parecia que me doía fisicamente a cada quilómetro mais a Norte que percorria na auto-estrada. Acabou com uma volta de 270º na vida que eu achava totalmente rotineira e desinteressante mas que afinal se revelou altamente interessante quando comparada àquilo a que fui parar durante os onze meses seguintes.
Há mais ou menos um ano, quando entrei para a faculdade pela segunda, e definitiva, vez, tudo voltou a mudar. Para melhor. Devagarinho e com um grande retrocesso por volta do final do primeiro semestre. Por cada passo que já tinha dado em frente voltei a recusar dois, ou seja, voltei quase ao princípio novamente. E doeu como a merda. Mais ainda, se possível, do que da primeira vez porque foi um corte mais radical (e definitivo, talvez?).
Ao fim de dois anos, a verdade é que dói cada vez menos, apesar de eu saber que, lá no fundinho, há-de ficar sempre aqui uma réstia de mágoa, quanto mais não seja pela forma como tudo se desvaneceu e os efeitos a longo prazo (uns bons, outros nem por isso) que todo aquele mês, maldito mês, teve na minha vida. E dói cada vez menos, porque me têm vindo a ensinar, devagarinho, devagarinho, que todos os estilhaços podem ser colocados novamente no seu sítio original, mesmo que já tenha passado tanto tempo e as suas bordas não encaixem completamente como um puzzle (or so I thought).
Vamos ver se a última dúzia de peças que ainda me falta colar, sim porque elas eram mesmo muito pequenininhas e dão um trabalho dos diabos para encaixar novamente, se completam brevemente. Embora já as devesse ter perdido, as expectativas são que sim, mas nunca se sabe.
E eu não paro de repetir para mim mesma que isto tudo há-de estar prestes a ir pelo cano abaixo novamente em breve, porque é sempre assim.]

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I've rambled. Now, it's your turn.