[O ruído de fundo constante é A música, a tal música marcante destes tempos baralhados que soa na minha cabeça cada vez que penso nisto tudo. Arrepia-me o tê-la descoberto depois de tudo ter acabado, porque o facto de ser deles e de expressar tão bem como eu me sinto é de uma ironia espantosa. É como se fosse um murro no estômago. Todos os dias a tenho na minha cabeça; quanto mais me obrigo a pegar finalmente no telefone, mais razões arranjo para o adiar e o tempo vai passando e passando. E a música cá continua, sempre a repisar. Já imaginei o momento umas trinta vezes na minha mente, é só fechar os olhos e lá aparece e eu penso no que é que vou dizer e aí desencadeia-se toda uma reacção física àquilo que não passa de uma imagem, um 'se', uma possibilidade. Acelera-se o coração, tremem os músculos do corpo inteiro, abrem-se os olhos e 'não, não, hoje ainda não. Amanhã'. Entretanto já se passaram uns vinte 'amanhãs' e nada, e não se pode continuar a adiar que a cabeça tem de se concentrar noutras coisas e parar de pensar sempre no mesmo. A música tem de ser desligada, seja para o bem ou para mal. Seja para desligar o som de vez, seja para o pôr apenas num volume mais baixinho, que permita a vida continuar em paralelo. Tem de ser. Tem de ser. Tem de ser. Para falar, partilhar, esquecer e começar a viver. Tem de ser hoje.
"For comfort, for solace, for the end of my broken heart."]
"For comfort, for solace, for the end of my broken heart."]
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I've rambled. Now, it's your turn.