Monday, November 7

Da Efemeridade

A felicidade é a coisa mais efémera de todas. Sim, podemos sentir-nos a rebentar de tão contentes que estamos, porque a vida nos corre bem, porque temos alguém que nos ama e que nos faz sentir bem, porque conseguimos cumprir tudo aquilo a que nos propomos, porque podemos fazer o queremos, ir onde sonhamos, comprar o que gostamos, ver o que queremos e tudo o mais. Mas ninguém sorri 24h/24h, desculpem mas eu não acredito nisso, julgo ser impossível. Call me a pessimist.
Eu já fui feliz, claro. Já fui MUITO feliz. Mesmo. Mas já fui feliz num dado momento, numas horas, uns dias. Fui feliz mais do que uma vez, mas sempre por um espaço de tempo delimitado. Fui feliz quando estive em Barcelona. Fui feliz quando o Sporting foi campeão. Fui feliz quando recebi o 16 a Sociologia Criminal. Fui feliz quando o meu ex-namorado me levou a ver os Moonspell num concerto acústico na véspera do Halloween do ano passado. Fui feliz quando vi o David Fonseca na primeira fila do Coliseu de Lisboa e quando fui ao Porto ver os Dream Theater. Fui feliz já uma imensidão de vezes desde que entrei para a faculdade há dois anos. Enfim... já tive os meus momentos.
"Momentos" é a palavra-chave aqui. E é disso que este post se trata. Ser feliz para mim não se trata de uma forma de vida mas sim de como aproveitamos certos momentos da nossa vida que cruzam o nosso caminho.
E é no aproveitar desses momentos que nos surge um sorriso na cara, que nos faz exercitar os músculos, que nos limpa a alma de todas as desilusões e os momentos menos bons e/ou infelizes. E uma verdade é que a felicidade nos torna, como consequência, mais bonitos e atraentes porque uma pessoa que sorria até com os olhos acaba por chamar para si mais atenções.
Apesar de tudo (e de estar a tentar calar as vozes que se estão a começar a querer levantar no interior da minha cabecinha), eu quero aprender a guardar para mim o sorriso que caracteriza estes pequenos momentos de felicidade que me têm dado nos últimos tempos. Porque há algo aqui dentro que me diz que se o mostrar aos quatro ventos, maior é a probabilidade de ele se esvair em três tempos.

No comments:

Post a Comment

I've rambled. Now, it's your turn.