Friday, October 17

18 anos em 7 músicas

Como toda a gente que me conhece sabe e quem lê aqui o meu espacinho já pôde perceber (especialmente neste, neste, neste e neste post), eu não vivo sem música. É uma imperfeição minha, uma falha irreparável que tenho. Ao ver os posts do David (em Morning Theft) e do Bruno (em The Live Parrot), fiquei inspirada e deu-me para fazer o mesmo, ou seja, escolher sete músicas que tenham marcado a minha vida.
Ora, 18 anos não é muito tempo (pelo menos em comparação com eles cuja idade ronda os quê? Trinta?) mas já me deu para ter, à vontade para aí cinquenta músicas, ou mais, que ficaram cá dentro. Dessas todas, consegui escolher sete, talvez as mais marcantes. Portanto, aqui vai:
Lá longe em 1996, tinha eu cinco, seis anos e andava toda gente com a mania das Spice Girls e tal e coisa (e eu também, confesso), o meu irmão, que nessa altura andava pelos 18 anos, comprou um CD chamado 'Tragic Kingdom', de onde tinha sido extraído o single Don't Speak que andava por tudo o quanto era top e que eu passei semanas e semanas a ouvir. E que cá ficou e, quando volto atrás, é sempre a primeira música que me vem à cabeça (e ainda hoje a sei de trás para a frente).


Anos depois, fui finalmente ao meu primeiro concerto. Em 2004, no Coliseu de Lisboa. Para ver quem? Aha, os Da Weasel! Sim, meus amigos, gosto de hip-hop. Mas só Da Weasel e nem todas as músicas (não se pode ser perfeita). E A Essência (Vem Sentir), marcou. Assim como aquele concerto também marcou (e aqui fica o videoclip, do velhinho Sol Música).

Vá, antes que comecem a entrar em pânico, passemos à próxima. No ano seguinte, 2005, acordei para a vida. Ou melhor, para a música, que para a vida só viria a acordar uns anos mais tarde. Apresentaram-me ao punk, ao metal, ao screamo, ao hardcore, ao alternativo e afins. Apresentaram-me a From First to Last.

Até Setembro de 2006, apesar de ter melhorado ligeiramente a qualidade da música que ouvia, eu era um desastre. Felizmente, os Dream Theater lançaram um CD/DVD do concerto comemorativo dos 20 anos da banda e que o meu irmão (ele, mais uma vez ele), como grande fanático, comprou e fez questão que eu ouvisse. Ora, já tinha ouvido Dream Theater antes e ouvia assim de vez em quando mas foi a partir daqui, a partir desta música (que até é das mais comerciais e simplezinhas deles), que acordei verdadeiramente, para o género fabuloso que é o Rock Progressivo. Como que passei do 8 para o 80 e comecei MESMO a ouvir a dita música de jeito. E começou aí a Era Petrucci (ia eu fazer dezasseis anos).

Ainda nesse ano (2006 foi muito bom neste aspecto), a 26 de Outubro, fui ao Campo Pequeno e três certos senhores, chamados Matthew Bellamy, Christopher Wolstenholm e Dominic Howard, tocaram a música que tinha andado o Verão todo na minha cabeça (top 3 das melhores noites da minha vida). Tocaram a minha Starlight.

Mais ou menos nessa altura, comecei também a ouvir Rhizome e, inevitavelmente, a Free tinha de figurar nesta lista. Podem até vir a mudar de nome mais trinta vezes e escrever cem músicas novas... esta será sempre diferente.

No já longínquo 2005, tinha ouvido Avenged Sevenfold mas não tinha ligado muito (eu não disse que ainda era um desastre?). No princípio deste ano, o rapaz por quem andava perdida de amores na altura vai de me dizer “olha que tu tens ar de quem gosta disto” numa aula de Laboratório e vai de me espetar com A Little Piece of Heaven. Palavras para quê? À mestria inegável do Petrucci veio juntar-se um outro rapazinho que diz que toca guitarra muito bem. Começou assim a Era Synyster Gates (e não me parece que vá acabar alguma vez, que a minha paixão pelo homem é uma coisa quase doentia).

E finalmente, em Abril, a voz dos (actuais) Mr. Smith, cantou em acústico All These Things that I’ve Done, uma masterpiece do Brandon Flowers, no Arcaz, algures em Santa Apolónia. E a minha vida nunca mais foi igual desde então (mesmo!).

Também podia ter posto aqui músicas como Ghost of Navigator ou Fear of the Dark dos Iron Maiden, All These Things I Hate dos Bullet For My Valentine, An End Has a Start dos Editors, Mr. Brightside dos The Killers e muitas, muitas mais. Mas acho que estas sete (lá está, a minha mania com o números ímpares) descrevem bem os meus 18 anos. :)
(Demorei duas horas e meia a escrever isto, mas valeu a pena!)

2 comments:

  1. " And my affection, well it comes and goes/ I need direction to perfection, no no no no/ Help me out/ Yeah, you know you got to help me out/ Yeah (...)" :D

    [Peredo, Verão 2008]

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  2. falta um post que o titulo seja "músicas da infância" e outro qualquer onde esteja referido o "disco boy"

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