Sunday, May 31

Take Me Somewhere Nice

Por aqui não se tem escrito nada de jeito (quem ler pensa Até parece que é costume escrever-se aqui algo de jeito...). Por aqui não se tem tido tempo para mais do que ir trabalhar e ter umas aulas de condução. Por aqui começa-se a pensar que há que marcar o exame de código. Por aqui há os últimos quatro episódios do Prison Break para ver, que estão à espera há semanas incontáveis. Por aqui começou once again a dança da escolha de cursos, procura de médias de acesso e de papelada para a candidatura ao Ensino Superior, a fazer em Julho. Por aqui não se fala com alguns amigos há semanas. Por aqui a p*** da balança continua parada no 60 e não há maneira de descer. Por aqui não se faz exercício físico. Por aqui têm-se ouvido Mogwai, Kings of Leon, Mr. Smith e Silence 4 incessantemente. Por aqui dorme-se pouco e o corpo queixa-se do cansaço. Por aqui pede-se desesperadamente férias mas ainda não estão marcadas e nem sequer se sabe se as haverá. Por aqui vive-se de recordações, algumas recentes e outras antigas. Por aqui 2 Rights still Make 1 Wrong. Por aqui conta-se os cêntimos e estuda-se as opções de depósitos a prazo do BES. Por aqui amaldiçoa-se o feitio e a personalidadezinha de merda que desenvolvemos de há uns anos para cá. Por aqui apetece dormir, dormir, dormir até acordar um dia e o Mundo ter dado uma grande volta. Por aqui finalmente deixou de se passar o dia a olhar para o telemóvel à espera que milagrosamente ele toque, mas quando ele finalmente toca, ainda se dá um saltinho pequenino. Por aqui as folgas são passadas fechada em casa. Por aqui ainda se lê, felizmente. Por aqui a vontade de passar aquele desenho para a pele é muita mas a coragem e o financiamento ainda não apareceram. Por aqui continua o medo de arriscar, de lutar, de perder. Por aqui a vontade de escrever é muita mas ainda há coisas que não podem ser escritas. Por aqui há um sorriso que só existe para que não haja perguntas. Por aqui, por oposição, há nervos à flor de pele que fazem com que se chore às vezes que nem uma criancinha. Por aqui ainda há muitas palavras que morrem antes de serem ditas e desconfia-se que isso nunca vá mudar. Por aqui põem-se excertos de filmes, livros ou músicas que marcaram, fala-se sobre futilidades e coscuvilhices para substituir aquilo que realmente se quer dizer, para evitar que a depressão que paira por aqui não contagie quem por aqui passa. Por aqui, neste momento, é de noite mas haverá de passar a ser dia... Por aqui ainda só não se sabe é quando.

(Música que dá título ao post aqui.)

Friday, May 29

"Two years he walks the earth. No phone, no pool, no pets, no cigarettes. Ultimate freedom. An extremist. An aesthetic voyager whose home is the road. Escaped from Atlanta. Thou shalt not return, 'cause "the West is the best." And now after two rambling years comes the final and greatest adventure. The climactic battle to kill the false being within and victoriously conclude the spiritual pilgrimage. Ten days and nights of freight trains and hitchhiking bring him to the Great White North. No longer to be poisoned by civilization he flees, and walks alone upon the land to become lost in the wild.
- Alexander Supertramp, May 1992"

Thursday, May 28

Dearly Devoted Dexter

"It's that moon again, slung so fat and low in the tropical night, calling out across a curdled sky and into the quivering ears of that dear old voice in the shadows, the Dark Passenger, nestled snug in the backseat of the Dodge K-car of Dexter hypothetical soul.
That rascal moon, that loudmouthed leering Lucifer, calling down across the empty sky to the dark hearts of the night monsters below, calling them away to their joyful playgrounds. Calling, in fact, to that monster right there, behind the oleander, tiger-striped with moonlight through the leaves, his senses all on high as he waits for just the right moment to leap from the shadows. It is Dexter in the dark, listening to the terrible whispered suggestions that come pouring down breathlessly into my shadowed hiding place."
'Dearly Devoted Dexter' by Jeff Lindsay

A melhor personagem de ficção de sempre. :) E agora vou voltar a devorar este livro enquanto espero pelos novos. Mas desta vez em inglês, porque há coisas que traduzidas perdem a piada toda.

Wednesday, May 27

Mr. Smith @ Rock in Chiado

Já perdi a conta aos concertos a que assisti. Cinco? Dez? Vinte?... Não me lembro. Foram muitos. Não todos, mas muitos.
E o de ontem foi dos mais brutais de sempre. Mesmo.
E não digo isto pelo "Esta miúda é a nossa maior fã de sempre... No dia em que ela disser que não gostou de um concerto, nós acabamos.". Não. *
Digo isto pela Estou Além (x2), pela By The Sea, pela Relief, pela Life of Their Own, pela Beauty, pela Home (que poder de música!) e inevitavelmente pela Free (old love).
E digo isto também pelo Details, que está em repeat constante desde domingo. Vocês são grandes! Obrigada! :)

*Se bem que ouvir isto em relação a mim também soube bem. :)

Tuesday, May 26

Lifestyles of the Rich and Famous #1

Diz que o Brad Pitt e a Angelina Jolie, o casal mais perfeito de Hollywood e arredores, anda com problemas. Diz que sim, que é dificil ter intimidade tendo seis filhos pequenos em casa.
Epá, eu sempre achei que aqueles dois ficavam bem porque cada um, individualmente, tem aquela característica a que eu aprendir a chamar Star Quality e que faz com que juntos sejam uma autêntica bomba. E sempre achei isto mesmo ainda antes do Mr. & Mrs. Smith e do queridinho do Brad supostamente ter deixado uns efeitezinhos na cabeça da Jennifer Aniston, que também é muito querida e gosto muito, mas fica bem é com o John Mayer e pronto.
Portanto, com tanta perfeição é óbvio que ia dar asneira, algum dia. Toda a gente devia calcular isso.
Mas mesmo assim, eu sou pessoa para ficar chateadinha se estes dois se separarem. É que eu acho que eles ficam tão bem, tão queridos a passear com os filhinhos todos, com o Maddox que é o puto mais catita de sempre com aquele ar de rebelde e tal que enfim... Chateia um bocadinho.

(Música que dá título ao post e também a esta recém-inaugurada rubrica de cusquices sobre a vida dos famosos é esta... do tempo em que o pop-punk deles ainda valia qualquer coisinha.)

Monday, May 25

Weird Things

A semana que passou foi super esquisita. E porquê? Porque desde um pássaro espetar-se a alta velocidade contra a minha montra e partir uma pata e vir-se refugiar dentro da loja (coitadinho, lembrei-me logo do meu canário amoroso e fiquei toda triste) até uma cobra, sim, leram bem uma COBRA com para aí cerca de metro e meio cair da grade de uma das lojas a seguir a minha (que nojo, que nojo, que nojo, ainda bem que a minha loja não tem grades!) passando pelas minhas três primeiras aulas de condução (no comments about that), aconteceu-me de tudo.
Mas o mais estranho, mais psicótico e mais assustador foi quando eu estava a descer a Avenida para ir almoçar, faz amanhã uma semana, e sou interpelada por uma cigana, daquelas 'oh menina, veja aqui estes óculos de sol' e educamente digo 'não, obrigada, agora vou com um bocadinho de pressa'. Ora e aí a mulher em vez de me deixar ir sossegada à minha vidinha, virou-se e disse 'oh menina, não me diga que tá com problemas em falar com uma cigana?' e eu pensei cá para mim ai a minha vida, só me faltava esta agora e lá parei e a deixei falar um bocadinho. Nesse dia estava bem disposta e com paciência para aturar estas coisas, vá-se lá saber porquê.
Vá-se também saber porquê, que eu ainda não descobri como, acabei por dar por mim sentadinha num banco com a mais velha delas a ler-me a sina.
Antes que me chamem inocente ou naïve, deixem-me que diga (que é o perturbador desta história e que não me sai da cabeça desde então) que ela ACERTOU em tudo o que aconteceu recentemente na minha vida. Não sei como, mas acertou. Só lhe faltou dizer os nomes. Desde a faculdade às amizades e às paixões, passando por aquilo que vai dentro da minha própria cabeça, tudo aquela mulher disse. Tudinho. Sem eu abrir a boca.
Antes de me sentar disse-lhe, 'olhe que eu não acredito nestas coisas nem costumo deixar que me façam isto'. E vai ela e começa para ali pa-ta-ti, pa-ta-ta e trufas. Até me arrepiei, credo!

Lá está, mais uma situação em que larguei um grande e redondo F***-**! É que foi mesmo. E cada vez que me lembro, sai-me outro F***-**!

Saturday, May 23

Concertos e Tal #2

Os Mr. Smith vão regressar ao Rock in Chiado, no próximo dia 26. O espaço é giro, a acústica é boa e a música é do melhor. Eu vou. E o Nuno também, nem que seja arrastado.
Se puderem, apareçam também que eles merecem, sim?

Friday, May 22

Smile On. Hang On.


A voz do David Fonseca acompanha-me já há onze anos. Quem diria... É dos poucos músicos que me lembro de ouvir desde sempre. Sempre. Obviamente, isso também se deve a uma característica muito particular do David e que para mim é absolutamente deliciosa: as letras. Ou melhor, o efeito das letras. Apontem-me uma música escrita por ele, que eu arranjo-vos de imediato um ponto de ligação comigo. Seriously.
E depois há a voz. A voz do David é daquelas que ou se ama ou se detesta. Não há cá meio termo, não há 'gosto na música X mas não gosto na música Y'. Ou sim ou não, tão simples quanto isso. E para mim é SIM! Para mim, é das melhores vozes portuguesas, senão a melhor (curiosamente, a segunda melhor voz portuguesa também pertence a um David... Chama-se David Pinheiro e canta aqui). Não há ninguém que tenha aquela forma de cantar, que é tão característica e me arrepia sempre. Quer seja em inglês, quer seja em português. Sim, porque ele às vezes também canta em português, meus queridos... E muitíssimo bem, deixem-me que vos diga.
Nunca estive em nenhuma actuação ao vivo do David Fonseca. Sim, eu sei... Vergonha, vergonha, vergonha! No dia 27 de Novembro de 2008,
estive menos de cinco minutos à conversa com ele. Foi apenas por um bocadinho minúsculo mas serviu para me aperceber que não é só como músico, que o David também é uma grande pessoa.
Ainda no espírito do último desafio, posso dizer que se aqueles momentos (aqueles e não só, há ainda mais uns quantos) fossem filmados, a OST do filme da minha vida seria forçosamente composta por músicas do David Fonseca. Porque assim é que teria de ser. Só assim é que faria sentido.

Nunca, nunca afastes os teus olhos dos meus. Nunca. Deixa-te estar aí. Longe, mas perto.


Thursday, May 21

(Still) Elizabethtown


A música certa naquele momento de um filme perfeito. É uma grande música e o raio do filme agora não me sai da cabeça... nem do leitor de DVD. Já vi e revi imensas vezes nos últimos dias.

Desafios e Mimos #2

Here are the rules:
1. Publicar a imagem do selo e linkar o blog que passou;
2. Escolher 5 situações na tua vida que mereciam ser repetidas em câmara-lenta;
3. Passar o desafio e o selo a 12 blogs e avisá-los.
Fui desafiada e premiada por Um Gajo Qualquer, que é um querido, muito obrigada. :)
Situação #1: Os dias que passei em Barcelona, em Setembro de 2003;
Situação #2: A noite de 25 de Maio de 2007;
Situação #3: O dia 20 de Junho de 2007;
Situação #4: A noite de 2 para 3 de Agosto de 2008;
Situação #5: O dia 26 de Agosto de 2008.
Se pudesse, passava por todos estes momentos de novo, em slow motion. Estes cinco, em particular, provam que perfection does exist. Ainda que seja raro...
Como sou super-chatinha, não passo o desafio nem o selo a ninguém em especial. Qualquer um dos blogs aqui do lado o merece, por isso... :)
Já agora, e a pedido de várias famílias, a primeira aula de condução foi boa. Não mexi o carro do sítio portanto não houve acidentes. Hoje vai ser pior. Daqui a uma hora e meia, sort of, nas palavras da minha instrutora, vou "para a rua, com volante, pedais, velocidades, tudinho!"
Não esqueçam: Toyota Corolla amarelo e branco = fugir, tá bem?

(Não são só as mãos que tremem agora, é o corpo todo. Aí...)

Angels & Demons

Fui ontem ver Angels & Demons, o novo filme de Ron Howard baseado no livro homónino de Dan Brown. Ora, baseado é a palavra-chave. Porquê? Porque para quem já leu o livro umas três ou quatro vezes como eu, há ali certos pormenores que estão completamente off, muitos deles que é pena.
Enquanto que em The DaVinci Code, Tom Hanks não conseguiu entrar bem no papel de Robert Langdon e tudo aquilo soava um pouco a forçado, neste Angels & Demons consegue manter um ritmo constante ao longo de todo o filme e a personagem flui muito melhor. E o Ewan McGregor faz um papel daqueles enormes, enormes que domina completamente.
Já o livro era superior ao outro, o filme também o é. E deixou-me com uma grande curiosidade de quando for a Roma (que é um dos sítios a visitar, Roma e Florença) visitar aqueles sítios todinhos.
É filme para levar um 3,5 em 5. É bom, sem ser espectacular. Mas é definitivamente para rever. :)

Tuesday, May 19

Queridos amigos/conhecidos/bloggers,

Como sabem, eu estou a tirar a cartinha de condução. Aulas de código já foram 22 e hoje é a primeira de condução. Ou seja, hoje, dia 19 de Maio de 2009, façam os possíveis por estar bem seguros em casa entre as 20h e as 21h, está bem?
E se, por motivos de força maior e/ou compromissos inadiáveis, tiverem de andar na rua a essa hora, ao verem um Toyota Corolla amarelo e branco com letras pretas de lado fujam a sete pés, sim? É que nunca se sabe e mais vale prevenir do que remediar.
Obrigadinha.
Beijinhos,

Alexandra

P.S. Isto se até às 20h as minhas mãos pararem de tremer, o que se avizinha complicado ou mesmo impossível.

Monday, May 18

Tubo de Ensaio

É o livro de cabeceira do momento. Tubo de Ensaio é o noticiário em jeito de stand-up, com textos do Bruno Nogueira e do João Quadros.
De segunda à sexta, na TSF, às 9h20. Podem ouvir também
aqui ou, como eu, subscrever o feed do programa. :)

Sunday, May 17

Feeling Zen

As duas horas que passei hoje a andar de bicicleta no Parque das Nações, a apanhar um solzinho na trombinha e de headphones nos ouvidos a descobrir 21st Century Breakdown, o novo CD de Green Day, foram de valor.
Não me sentia assim tão livre e despreocupada, assim tão zen há mais de um mês... E soube bem. :)

(O CD é bom. Mesmo. Gostei muito. Continuam sempre iguais a eles próprios e isso é um ponto a favor. 5 estrelas, este 21st Century Breakdown.)

Saturday, May 16

Voodoo Girl

"Her skin is white cloth,
and she's all sewn apart
and she has many colored pins
sticking out of her heart.

She has a beautiful set
of hypno-disk eyes,
the ones that she uses
to hypnotize guys.



She has many different zombies
who are deeply in her trance.
She even has a zombie
who was originally from France.

But she knows she has a curse on her,
a curse she cannot win.
For if someone gets
too close to her,

the pins stick farther in."

The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories" by Tim Burton

Thursday, May 14

Elizabethtown

Já falei dele aqui e parece que cada vez que me sinto mais, vá, derrotada, lembro-me dele. É um dos filmes da minha vida, se não O filme da minha vida. E nem é por ter o Orlando Bloom (que é engraçadinho todos os dias, mas não vamos entrar por aí).
Como o meu irmão disse uma vez, Elizabethtown (trailer aqui) é 'um filme para sentir e não para contar'.Tem uma banda sonora de altíssimo nível, o que para mim ultimamente se tem vindo a tornar essencial e tem dois óptimos actores nos principais papéis, os quais não consigo imaginar a serem representados por quaisquer outros.
Como já disse, devia haver uma Claire aí há solta para cada um de nós... seríamos todos muito mais felizes.
Tal como o Drew, eu hei-de descobrir a "minha" Claire... um dia destes.

"Claire: I want you to get into the deep beautiful melancholy of everything that's happened."

Wednesday, May 13

Use Somebody


Não conhecia Kings of Leon. Vergonha, vergonha! Esta música é uma das melhores que ouvi nos últimos meses. E a letra... sem comentários. Repeat garantido para muito e muito tempo.

Tuesday, May 12

Apesar de tudo, há dias que vale a pena vir trabalhar só por ouvir "Atende sempre tão bem que até apetece vir cá comprar sempre."
Uma senhora acabou de me dizer isto. É raro mas sabe muito bem. Por isso, agora vou só ali saborear os cinco minutos que o meu orgulho e a minha vaidade vão durar.

Monday, May 11

In the Presence of Enemies, Part I

Sensivelmente dois anos depois de Systematic Chaos, os Dream Theater estão de volta. Black Clouds & Silver Linings é o trabalho que se segue, o décimo CD de uma carreira que conta já com 23 anos. Concertos em Portugal foram seis, só apenas desde o ano 2000 (coincidiu com a obra-prima, como o meu irmãozinho lhe chama). Marcado para este Verão está o sétimo concerto no nosso cantinho à beira-mar plantado.
Para já, a nós fãs ansiosos, só nos deixaram ouvir a segunda faixa,
A Rite of Passage. Tem um solo guitarra absolutamente genial, mas todos nós sabemos que com o John Petrucci como guitarrista, outra coisa não era de esperar.
Dia 18 de Junho, vou ao Coliseu de Lisboa. O bilhetinho já cá canta e a t-shirt de DT já foi lavada e está dobrada, à espera do grande dia. O dia em que os irmãos-maravilha (
nós os dois) vão ouvir a melhor banda do mundo, juntos pela segunda vez. Porque assim é que deve ser.

Saturday, May 9

Gostava muito de ir ver

Porque já li o livro algumas vezes e adorei. É um dos meus favoritos, achei a história fantástica e viciante. Foi escrito antes e é bastante melhor que O Código Da Vinci.
O trailer pode ser visto aqui e deixou-me com alguma curiosidade. A ver se o filme também fica acima do outro, que era engraçadinho e tal mas não era nada por aí além.
Estreia esta quinta-feira, dia 14 de Maio. :)

Thursday, May 7

Depressing Mode: ON!

Uma pessoa está de folga do trabalho e ao final da tarde o que é que faz? Vai sair, dar uma voltinha, aproveitar o bom tempo? Vê um filme, uma série ou lê qualquer coisinha de interessante? Pensa que talvez já seja altura de começar a ler o Código da Estrada e vai pegar no livrinho?
Não. Vê os Morangos com Açúcar.
Deprimente. Muito deprimente... Aí, Alexandra...

Tuesday, May 5

A Oprah e os McCann

Ora bem, só consigo pensar numa palavra para definir aquela pseudo-entrevista: ridícula!
Não sou nenhuma perita a analisar linguagem corporal mas tudo naquele casal me soa a forçado. Para além de transpirarem culpa por tudo o quanto é poro, aquela história que contaram ontem à noite tem mais furos que um passador de arroz. Para além de ter mais não sei quantos pontos que não apareciam na versão inicial. Enfim...
Foi um show muito bem montado. Coitadinhos, são as vítimas e temos de ser solidários com eles e coiso. Pois, sim.
E eu que achava que apesar de tudo a Oprah Winfrey tinha dois dedinhos de testa...

Sunday, May 3

Já tinha ouvido esta expressão variadíssimas vezes mas foi só a partir daquela altura que realmente encaixei o que é que queria dizer. Foi quando me apaixonei pela primeira vez à séria, já lá vão cinco, seis anos. Com treze anos, eu era uma miúdinha parva e irritante, com ares de betinha (e parecia um trambolho... a sério. Agora ainda sou um bocado, então na altura era um horror!). Ele era meu colega de turma e o completo oposto de mim e isso, a certa altura, fez-me confusão. Comentei com alguém, já não me lembro quem, o facto de não termos nada a ver um com o outro e esse alguém respondeu-me "Nunca ouviste dizer que os opostos se atraem?".
Agora, olhando para trás, acho que foi desde aí que comecei a ganhar um pó a esta expressão que faz com que fique com os nervos em franja quando se saem com esta conversa para cima de mim.
O Filipe, o tal colega, era e ainda é, o completo oposto de mim. Na altura, estava apaixonadíssima e levei com uma tampa do tamanho do mundo. Custou-me, doeu-me, magoou-me e demorou anos a passar... Daí até às paixões seguintes, foram quatro anos. E hoje sei que se tivesse dado alguma coisa na altura, tinha sido sol de pouca dura não só porque éramos uns putos parvos mas também porque agora sei que, pelo menos para mim, essa teoria que diz que os opostos se atraem é inconcebível.
A pessoa que vou escolher para estar ao meu lado não pode ser o meu oposto. Nunca, jamais, em tempo algum... Ok, pronto, escolher é capaz de não ser o melhor verbo porque (lá está, outra frase-feita) nós não escolhemos de quem gostamos. Reformulando: não me vejo a ser atraída para uma pessoa que seja o meu oposto. Quando muito, sou repelida por uma pessoa assim, não atraída. As duas pessoas que se seguiram ao Filipe, já não eram assim tão díspares de mim, pelo contrário até. Tenho vindo a atinar.
Quero, e preciso, de alguém que compreenda os meus gostos, ditos esquisitos, e que tenha gostos parecidos. Que goste de metal, instrumental e progressivo e que aceite os meus desvarios musicais e a minha voz terrível mas que eu não consigo conter quando estou a ouvir música. Que prefira filmes com conteúdo e que fazem pensar e sentir a comédias românticas cheias de clichés e filmes de acção carregados de efeitos especiais supersónicos do primeiro ao último segundo. Que goste de desporto, de fotografia, de concertos e de ler. Que de vez em quando abdique de uma noite de borga com os amigos para estar comigo, nem que seja repimpado no sofá a fazer zapping. Que, como eu, prefira andar pelo Bairro Alto em vez de se ir fechar numa discoteca. Que eu possa levar às compras, assim uma vez por outra, sem reclamar que são coisas de gaja e que eu sou uma chata a ver as lojas. Que me dê o apoio que preciso às vezes, porque desanimo muito facilmente, assim como lhe darei o apoio a ele naquilo que for preciso. Que me oiça e me abrace e me seque as lágrimas naqueles dias em que estou, literalmente, de manhã à noite com uma vontade sobre humana de falar e de chorar e depois acabo por fazer as duas coisas ao mesmo tempo e deixo de fazer sentido (normalmente, já faço pouco sentido mas pronto... nessas alturas fico ainda pior, acreditem). Que me faça sorrir e rir às gargalhadas. Que me leve a passear, à praia ou onde quer que seja. Que tenha a mesma disposição quer marquemos férias em Praga ou na República Dominicana. Que me dê os puxões de orelhas muito merecidos quando descarregar o meu mau feitio em cima dele e me ajude a contornar esse meu defeito. Que me dê beijos e abraços carinhosos, que me dê a mão e adormeça bem pertinho de mim. Que lute por mim quando eu não sei o que quero da minha vida e me ponho com as minhas inseguranças e medos crónicos (já não há volta a dar, já fazem parte de mim) e que me conte tudo, o bom e o mau, para que não haja surpresas. Que me faça sentir especial, única mesmo, e uma parte importante da vida dele como ele é da minha.
Sou um pólo negativo e preciso de outro pólo negativo para me completar. Um dos príncipios da Matemática que aprendi há montes de tempo e que nunca mais esqueci foi que a multiplicação de dois sinais negativos dá um sinal positivo... e comigo, é assim. Só pode ser assim.

Já diziam os Peste e Sida...


Aqui vou eu, para a Costa
Aqui vou eu, cheio de pica.
De Lisboa vou fugir vou para o Sol da Caparica.

Vou ali apanhar um solzinho na trombinha que é um mimo! :) Ahahah

Saturday, May 2

Maddie

Entre O Dossier Pelicano e a segunda leitura de Dearly Devoted Dexter, consegui encaixar um livro que já despertava a minha curiosidade há alguns meses. Como assumida CSI wannabe e completa apaixonada por tudo o que tenha a ver com Investigação Criminal, é claro que o livro do Gonçalo Amaral, ex-coordenador da investigação do Caso Maddie, estava na minha lista de must read.
Maddie - A Verdade da Mentira tem como objectivo, e como o próprio autor escreve em nota introdutória, repor o bom nome de Gonçalo Amaral que foi arrasado em público sem que a PJ nada fizesse para o defender. Esclarece, quase passo por passo, o rumo da investigação do desaparecimento da menina inglesa, investigação essa que foi chefiada por ele entre 3 de Maio e 2 de Outubro de 2007.
A minha posição em relação a este assunto sempre foi muito simples e agora ao ler quais as atitudes tomadas no decorrer de parte da investigação, cada vez mais me convenço que tinha razão: intencionalmente ou não, a Maddie morreu naquele dia 3 de Maio. E os pais tiveram algo a ver com o assunto. Mas isto é o que eu acho e a minha opinião vale o que vale, ou seja nada. Dêem-me uns cinco aninhos e nessa altura pode ser que a minha opinião comece a contar para estes assuntos. Até lá, é o que temos...
Portanto, é claro que fico um bocadinho irritada por, depois de terem armado aquele circo todo, os pais da menina terem vindo dizer que a Polícia portuguesa isto e a Polícia portuguesa aquilo e a Polícia portuguesa mais não-sei-o-quê... Com certeza que, infelizmente, em certos pontos a actuação da PJ não foi a melhor possível, como por exemplo no caso dos técnicos que recolhiam indícios sem fato nem qualquer tipo de protecção a não ser as luvas de látex. Isto não é o CSI, meus caros, toda a gente sabe que aquilo é mais show-off do que outra coisa. Na vida real, as coisas não são assim tão simples e bonitinhas. Mas apesar de podermos (e devermos) ter agido melhor, há um ponto que não devia ser esquecido e que parece que lá por terras de Sua Majestade muita gente fez por esquecer: aqueles dois, ainda não inventaram um adjectivo que possa qualificar o que eles são, vêm de férias para um país completamente novo, trazem os três filhos bebés e que resultaram de inseminações artificiais, o que em teoria só acentua que as crianças deveriam ser bastante desejadas, e dão-lhes sedativos e deixam-nos sozinhos a dormir para estarem a jantar à vontade com os amigos?!?!?
E quando voltaram para Inglaterra, só faltou erguerem-lhes uma estátua... É incrível. Durante meses e meses, mobilizaram-se pessoas para ajudar a encontrar a menina, que coitada só Deus sabe o que lhe aconteceu, recorreu-se a meios do mais avançado que há em termos tecnológicos e científicios... e a pergunta que se impõe é: isto tudo para quê?
Até gostava de ver o programa da Oprah com os McCann... Só para ver até onde é que vai a lata deles. Ou não. Nunca se sabe.

(Sim, daqui a quatro anos, quando acabar a minha licenciatura em Ciências Forenses e Criminais, conto entrar para a PJ.)

Friday, May 1

Fada do Lar Mode: On!

- Limpar o pó do quarto -> Done
- Aspirar o quarto -> Done
- Arrumar a roupa -> Done
- Fazer a cama -> Done

Tendo em conta que acordei apenas há duas horas, ainda não parei quieta um segundo. Sempre com o concerto dos Avenged Sevenfold, Live in the LBC, e a minha voz terrível como música de fundo. A minha vizinha do 3º andar daqui a nada vem-me cá mandar calar e baixar a música.
E agora vou ali desarrumar a cozinha... isto é, fazer um bolo. :) Ahahah... Abençoado feriado!