Wednesday, November 30

Quando corre uma coisa mal...

... aprendam que eu não duro sempre: a partir daí, começa a correr tudo mal. Portanto, fim-de-semana que começa mal, não vai acabar em beleza com certeza.
(E como diz o meu colega de casa, "quem rima sem saber é parvo até morrer"... Adiante.)
Ora portanto, não só a sexta-feira começou mal, comigo a faltar a uma aula no Instituto Nacional de Medicina Legal (e que, ao que consta, foi dada por um rapazinho que dava ares ao meu querido David Fonseca), como à tarde o meu carro adorado ficou sem gasolina à saída da rotunda Centro-Sul a uns 800 metros da bomba da BP no meio do trânsito caótico das 17h30, como à noite, ao ir beber café com ele, tive de ouvir algo que não estava à espera e que não gostei e que me deixou mais em baixo do que se me tivesse enfiado nas profundezas do Pacífico, como de madrugada, ao voltar de um concerto de uns amigos meus num bar em Vila Franca, fiquei de tal forma enjoada no carro que acabei por vomitar a meio da ponte 25 de Abril, estragando um dos meus casacos preferidos (e pronto, eu até ando com pouco dinheiro e agora preciso de um casaco novo...) e estando agora a dever a limpeza do carro a quem me vinha trazer a casa, que até me estava a fazer um favor.
Ora depois veio o sábado, e com ele veio o Sporting a perder com o Benfica, e uma noitada a fazer um trabalho, que se prolongou para domingo. E poucas horas de sono, que se prolongaram até quarta-feira. E uma palestra para preparar que está atrasadíssima. E uma apresentação que correu horrores porque eu não tenho jeito para apresentações orais, fico muito nervosa e gaguejo e esqueço-me do que vou dizer.
Ao fim de cinco semanas, vou passar o fim-de-semana prolongado (e que para o ano já não haverá, que cortaram-nos o 1º de Dezembro em 2012) a casa. Voltar à base, aninhar, hibernar e levar mimos da mãe. Que ando mesmo a precisar.
Aí, dia 16, dia 16 que nunca mais chegas... e contigo uns dias de férias que tanto preciso!
Lisboa querida, cheguei finalmente.

Wednesday, November 23

Porque nós os três achávamos que faltava cá qualquer coisa em casa...

Arranjámos um novo roommate. Claro que ele não poderia ter outro nome: Barney!

Tuesday, November 22

Dos Linkin Park

Há alturas na vida em que uma pessoa aprende a engolir aquilo que disse anteriormente. Eu gostei muito de Linkin Park quando era mais nova, quando andava pelos meus 13/14 anos e eles lançaram o Meteora que era um grande álbum. Depois veio o Minutes to Midnight, em 2007, numa fase em que eu já ouvia outro género de música e em que eles decidiram experimentar sons novos. Na altura, bastou-me ouvir duas ou três músicas para pensar duas coisas: primeiro, os Linkin Park já não eram os mesmos dos tempos de Hybrid Theory e Meteora e segundo, depois de ouvir umas coisinhas ao vivo, o Chester já não cantava como antigamente. E aí, a magia perdeu-se, assim como o meu interesse. E enfiei os Linkin Park numa gavetinha, lá bem guardada com as minhas memórias de parte da adolescência.
Quando eles lançaram aquele vídeo de uma cover da Rolling in the Deep, da Adele, eu já tinha engolido em seco e pensado "ora bolas, afinal o homem ainda canta pá!". A verdade é que a voz do Chester naquela versão acompanhada só pelo piano está fantástica e não foge do tom praticamente vez nenhuma. Fantástico mesmo!
Há uns dois meses, muito por 'culpa' do meu colega de casa, ouvi umas músicas novas, do último álbum deles, A Thousand Suns, lançado em 2010. Essas músicas, nomeadamente a minha preferida chamada When They Come For Me, fizeram-me corrigir novamente o que julgava ser certo: afinal, os Linkin Park não 'morreram'. Afinal, os Linkin Park ainda fazem boa música, música que rompe com tudo o que já fizeram até então.
A Thousand Suns é um grande álbum, com músicas diferentes do que eles nos tinham habituado (e imagino que sejam bem diferentes das do Minutes to Midnight, já que das poucas que ouvi, não gostei mesmo de nenhuma) e com letras muito, muito bonitas.
Os Linkin Park (os bons) estão de volta. E com eles trouxeram pérolas como esta Iridescent.

"You felt the gravity of tempered grace, falling into empty space,
No one there to catch you in their arms.

Do you feel cold and lost in desperation?
You build up hope, but failure's all you've known.
Remember all the sadness and frustration and let it go, let it go."
Linkin Park - 'Iridescent' - A Thousand Suns - 2010

Saturday, November 19

The Usual Suspects

Mais um clássico que o meu irmão me andava há que tempos a dizer para ver. Ontem foi a noite e só tenho a dizer, maninho, que lamento muito ter demorado tanto tempo a seguir a tua sugestão.
"The Usual Suspects" é um filme fantástico de Bryan Singer, com um elenco de topo dos quais devo destacar o Gabriel Byrne (um autêntico senhor!) e o Kevin Spacey, que faz um papel ge-ni-al!
É daqueles filmes que nos deixam na beirinha da cadeira no último terço e tem aquele twist final que é considerado dos melhores de sempre.
"Who is Keyser Soze? He is supposed to be Turkish. Some say his father was German. Nobody believed he was real. Nobody ever saw him or knew anybody that ever worked directly for him, but to hear Kobayashi tell it, anybody could have worked for Soze. You never knew. That was his power. The greatest trick the Devil ever pulled was convincing the world he didn't exist. And like that, poof. He's gone."

Thursday, November 17

Caso fosse vivo, faria hoje 45 anos.

No dia 29 de Maio de 1997, o Jeff Buckley afogou-se no Rio Mississípi quando tinha ido dar um mergulho rápido, enquanto cantava o refrão da Whole Lotta Love dos míticos Led Zeppellin. Tinha 30 anos e uma voz maravilhosa, que se perdeu nesse dia, estupidamente.
Se ainda fosse vivo, o Jeff faria hoje 45 anos e teria continuado a encantar-nos com peças de arte tais como Lover, You Should've Come Over e a cover fantástica que fez da Hallelujah de Leonard Cohen (que, para mim, ultrapassa bem a versão original). E hoje, era imperativo fazer-lhe esta referência. Fazes cá falta, Jeff.

Monday, November 14

"Sing it from the heart."

[Se por um lado me apetece guardar este sorriso para mim (para que não me roubem), por outro tenho uma vontade enorme de desatar a gritar por aí como me fazes sentir bem, como gosto dos teus abraços, como fiquei arrepiada até à ponta dos cabelos de ouvir a Hallelujah quando estávamos a discutir que músicas seriam boas para uma serenata, como me sinto descontraída para me encostar a ti e ficar ali, sem fazer nada a não ser adormecer lentamente, como gosto de te 'espicaçar' e dizer disparates, como me sinto em casa ao pé de ti, sem ter medo de nada e completamente à vontade, como gosto que possamos estar cinco, seis horas à conversa sem que se esgote o assunto, como sei que a tua amizade é daquelas que vou sempre lutar para que se mantenha intacta, como gosto quando te escapa uma palavra daquelas que dizes com o teu sotaque mais acentuado que me faz sempre rir, como consigo ultrapassar o não gostares do Into The Wild e não conseguires atingir o que aquele filme significa para mim, como tenho orgulho cada vez que te vejo subir a palco, como julguei conseguir esconder tanto tempo que havia qualquer coisa em mim que me puxava para ti mais e mais, como me surpreendeste de uma forma que nunca ninguém o tinha feito, como continuaste na mesma a querer ser um dos meus portos de abrigo depois de tudo o que te gritei naquele dia, como tudo, tudo, tudo.
Só me apetece dizer que não sei até quando é que isto vai durar, nem sei bem o que isto é, mas que se me fizeres sempre sentir assim, (quase) tudo vale a pena. E que se ficares por aqui pertinho para sempre, eu serei uma pessoa um bocadinho mais feliz.]

Polar Post Crossing 2011

No ano passado, quando dei por ele já não fui a tempo de me inscrever. Mas este ano, não falto. A caríssima Pólo Norte (esta mulher não só escreve muito bem como também tem umas ideias do caraças!) está mais uma vez a organizar a maior (e mais fixe) troca de postais de Natal... na blogosfera. E quem ficar de fora, é um ovo podre. :)
Regras do Polar Post Crossing 2011 aqui.

Friday, November 11

Como ficar bem-disposta depois de um dia daqueles que corre mal-mas-mal?

É ir ao site do IMDB e ver que em 2012 vai haver um batalhão de estreias boas, de novos projectos do Quentin Tarantino, do Christopher Nolan, entre outras coisas que me interessam e muito.
Ou seja, o Mundo até que pode acabar em 2012, que eu vou fazer companhia às minhoquinhas bem contente por ter de ver uma carrada de filmes giros durante o ano. :)

Wednesday, November 9

E é por isto que eu adoro Tunas.

Este fim-de-semana que passou, a Tuna Masculina da minha faculdade organizou um Festival de Tunas.
Não é por ter o meu Padrinho como solista da Tuna masculina, nem grandes amigos meus a fazerem parte delas (quer da feminina, quer da masculina) que este tipo de eventos me faz sempre querer assistir... E assim, pois claro que fiz questão de ir a este VII Noites de Baco.
A verdade é que sempre gostei imenso de Tunas, desde bem pequena. Não sei o que puxa por mim, se os esquemas de pandeireta, se as serenatas, se os estandartes, se a multiplicidade de instrumentos, se é o espírito ou a recriação de músicas por vezes bem conhecidas... Sei que quero sempre assistir ao máximo de actuações que possa, sei que sinto um orgulho enorme quando vejo os meus amigos actuar ou o meu Padrinho a cantar sozinho aquelas músicas que puxam mais por mim, por já terem em si memórias indeléveis desta minha Vida Académica que está a caminhar para o fim.
Neste fim-de-semana, vi pela primeira vez ao vivo algumas Tunas das quais já tinha ouvido falar e que me surpreenderam imenso, pela positiva. Na cabeça, ficou a anTUNiA e a sua versão de um fado da Mafalda Arnauth, que é lindíssimo. Aqui.

Monday, November 7

Da Efemeridade

A felicidade é a coisa mais efémera de todas. Sim, podemos sentir-nos a rebentar de tão contentes que estamos, porque a vida nos corre bem, porque temos alguém que nos ama e que nos faz sentir bem, porque conseguimos cumprir tudo aquilo a que nos propomos, porque podemos fazer o queremos, ir onde sonhamos, comprar o que gostamos, ver o que queremos e tudo o mais. Mas ninguém sorri 24h/24h, desculpem mas eu não acredito nisso, julgo ser impossível. Call me a pessimist.
Eu já fui feliz, claro. Já fui MUITO feliz. Mesmo. Mas já fui feliz num dado momento, numas horas, uns dias. Fui feliz mais do que uma vez, mas sempre por um espaço de tempo delimitado. Fui feliz quando estive em Barcelona. Fui feliz quando o Sporting foi campeão. Fui feliz quando recebi o 16 a Sociologia Criminal. Fui feliz quando o meu ex-namorado me levou a ver os Moonspell num concerto acústico na véspera do Halloween do ano passado. Fui feliz quando vi o David Fonseca na primeira fila do Coliseu de Lisboa e quando fui ao Porto ver os Dream Theater. Fui feliz já uma imensidão de vezes desde que entrei para a faculdade há dois anos. Enfim... já tive os meus momentos.
"Momentos" é a palavra-chave aqui. E é disso que este post se trata. Ser feliz para mim não se trata de uma forma de vida mas sim de como aproveitamos certos momentos da nossa vida que cruzam o nosso caminho.
E é no aproveitar desses momentos que nos surge um sorriso na cara, que nos faz exercitar os músculos, que nos limpa a alma de todas as desilusões e os momentos menos bons e/ou infelizes. E uma verdade é que a felicidade nos torna, como consequência, mais bonitos e atraentes porque uma pessoa que sorria até com os olhos acaba por chamar para si mais atenções.
Apesar de tudo (e de estar a tentar calar as vozes que se estão a começar a querer levantar no interior da minha cabecinha), eu quero aprender a guardar para mim o sorriso que caracteriza estes pequenos momentos de felicidade que me têm dado nos últimos tempos. Porque há algo aqui dentro que me diz que se o mostrar aos quatro ventos, maior é a probabilidade de ele se esvair em três tempos.

Thursday, November 3

Alexandra's Life OST #15


Já conheço esta música há vários anos, mas o mês passado ela ganhou um novo significado que eu sei que é daqueles que vão ficar por muitos e muitos anos. Os AC/DC são um marco incontornável na história do Rock e da Música em geral, mas esta "You Shook Me All Night Long" é qualquer coisa do outro mundo.
A melodia é rock puro, a letra dá-me uma electricidade a correr pelas veias que é uma coisa inexplicável porque só me faz querer dançar como se não houvesse amanhã, saltar, abanar a cabeça e mais o diabo a sete.
Esta performance, em especial, faz-me admirar não só o público (é de reparar na energia que eles têm todos, passando a música inteira a saltar e a aproveitar ao máximo... estes argentinos!) mas também os senhores de praticamente 60 anos que passam uma energia incrível a quem os está a ver, apesar de já terem idade para terem mais calma nestas andanças. Que actuação!
O facto de associarmos músicas a pessoas ou a situações específicas muitas vezes pode correr mal porque chega sempre uma certa altura da nossa vida em que não podemos ouvir essa música durante uns tempos sem que nos venham à memória as tais pessoas ou situações e que, nesses momentos, são a última coisa que queremos.
Eu sei que com esta música (e com o que a ela está associado, neste momento) isso não vai acontecer porque o que nunca poderá acontecer connosco será chegarmos ao ponto de não querermos lembrar-nos um do outro. E apesar de ir haver uma altura em que deixará de fazer sentido tudo aquilo que esta música me puxa a querer, sei que não vai acontecer algum dia calhar eu ouvi-la, lembrar-me daquilo que estamos a viver e sentir arrependimento, tristeza ou qualquer tipo de mágoa, porque nós somos melhores que isso e tudo o que está para lá do físico é mais forte do que aquilo que nos possa esperar, daqui por diante.
E por isso, é que o ego booster que esta música é para mim actualmente, a energia que ela me traz, a vontade de ter e apreciar e esquecer o resto, a confiança e a despreocupação se irão manter para sempre. Porque eu já aprendi que o que vale a pena é olhar para trás com um sorriso e é isso que vou fazer, sempre, quando isto chegar ao seu fim.

"She was a fast machine, she kept her motor clean,
She was the best damn woman that I ever seen.
She had the sightless eyes, tellin' me no lies,
Knockin' me out with those American thighs.
(...)
You shook me all night long."
AC/DC - 'You Shook Me All Night Long' - Back in Black - 1980

Tuesday, November 1

O Último Segredo

"O Último Segredo" é o último romance do jornalista José Rodrigues dos Santos, que está a gerar uma polémica imensa desde o seu lançamento, há coisa de duas/três semanas.
Deitei-lhe as mãos no fim de semana, depois do meu colega de casa o ter comprado quase de uma só vez. Nunca tinha lido nenhum romance do José Rodrigues dos Santos, mas já sabia que o seu estilo se assemelhava bastante ao do Dan Brown, do qual li todos os livros à excepção de "A Conspiração", do qual não consegui ler mais do que umas 50/60 páginas. Mas, com este livro aqui mesmo à mão, não resisti e dei uma olhadela às primeiras páginas, que logo me prenderam.
A fórmula é a de sempre: uma trama que começa inevitavelmente por um assassínio. Só que, desta vez, o autor foi por caminhos que tornam explícita toda uma série de inconsistências e 'fraudes' descritas na Bíblia, no Novo Testamento (daí toda a polémica gerada à volta deste livro).
É uma leitura aliciante, como já era esperado e muito, muito interessante. Fere susceptibilidades, claro que sim, nomeadamente a quem seja católico praticante mas não há nada que o autor diga que não tenha já sido estudado e dito por quem de direito.
E agora, como ficou cá o bichinho, é ler os romances anteriores. Para já, segue-se o "Fúria Divina".