Tuesday, December 30

Closed for Inventory.

D: Este ano passou tão rápido pá.
A: Pois foi.
D: E foi uma merda.
A: Diz antes uma grande merda.
D: Pois.
A: Ainda há bocado era Verão... E agora trufas, tamos a 26 de Dezembro.
D: (faz que sim com a cabeça)
A: Estamos a ficar velhas pá.
D: Pois estamos...

Ora, esta conversa no dia 26, durante o almoço, pôs-me a pensar e nestes dias fiz uma espécie de retrospectiva do ano que passou e que amanhã termina. Um ano que começou a vomitar (à meia noite e um quarto lá estava eu agarradinha à sanita e não foi por ter bebido demais) e em que não cumpri a tradição de estrear uma peça de roupa azul. Trufas, bem feita. Eu até nem sou muito supersticiosa mas não posso dizer que 2008 tenha sido um bom ano. Foi sim um ano esquisito. Muita esquisito. E não me tiram da ideia que, em parte, foi um bocado culpa da peça azul que não estreei.
Passei a Matemática, tive o meu primeiro 20 a Biologia, acabei o 12º Ano e entrei na faculdade. Trabalhei, estudei, tive de férias e voltei a trabalhar. Regressei ao SuperBock SuperRock, vi algumas das minhas bandas preferidas ao vivo e vi bandas amigas a começarem a caminhada para o estrelato. Vi a Selecção a fazer uma figura muito triste e o Sporting a jogar muito bem (às vezes...). Fiquei viciada em inúmeras séries, fui pouquíssimas vezes ao cinema (poucas mas boas, como se costuma dizer) e revi filmes marcantes. Fiz à vontade mais de 2000 quilómetros de camioneta e torci o pé numa aldeiazinha perdida no meio de Trás-os-Montes. Entrei em 2008 meia apaixonada, desapaixonei-me e apaixonei-me outra vez. Aprendi a não dar tanto valor ao que os outros pensam de mim mas ainda me falta um longooooooo caminho a percorrer nesse campo.
Enfim... foi um ano que passou depressa mas teve muitas mudanças. Algumas coisas boas e várias muito más. Começou a descer, subiu muito rápido lá para o meio e desceu a pique logo a seguir e eu vim-me estatelar cá em baixo com uma pinta genial. Acima de tudo, cresci, cresci, acho que cresci bastante (incluindo um grande bocado para os lados, mas a partir de dia 1 vou tratar disso).
Para 2009, só tenho uma certeza: vou para a faculdade. Desta é que é.
E vou mesmo!

Thursday, December 25

"I sat beneath the burning tree..."

"I never gave my world away
Maybe I should? Maybe I could?
I never gave my world away
Maybe I should? Maybe I would."

Funeral for a Friend - 'Beneath the Burning Tree' - Memory and Humanity - 2008


Maybe, I would...

Monday, December 22

Merry Christmas and a Happy New Year!

Para a família: para a minha mãe, o meu pai, o meu irmão, a minha avó, os meu tios, os parvos dos meus primos e a minha afilhada linda, linda;
Para a 'família': para a Diana e a família dela, a Luna, a Daniela, a Ana e a minha Dutch Friend;
Para os amigos: para a Inês, a Laura, o Nuno, o Gui, a Isabel, o outro Nuno, o Luís, o Diogo, a Inês O., o Zé e o David;
Para os amigos 'emigrados': para a Inês que está em Londres e o Gonçalo que está em Cabo Verde;
Para aqueles de quem eu também gosto um bocadinho e que não fazem parte de nenhuma das categorias acima: o Bruno, o David-irmão-do-Bruno, os elementos dos Mr.Smith, a Joana e a Jade;
Para todos os que vêm aqui ler, nem que seja só de vez em quando (já agora, obrigada pelas mais de oito mil visitas que já tenho, muito obrigadinha).

Espero que tenham um Bom Natal e um Óptimo 2009. Gosto de todos aqueles que enumerei aqui (uns mais, outros menos) e todos me fazem sorrir e pronto, hoje apeteceu-me nomeá-los. Um por um.
Ah, e fiquem com a música de Natal mais gira deste ano. Hehehe :P

Saturday, December 20

Deadlock

Estagnação. Substantivo feminino que significa paralisação; inércia, falta de movimento. Que foi não só o que se passou com o meu blog esta semana mas também com o meu estado de espírito e com o meu estado de vida (não sei se esta expressão existe, mas siga).
Quanto à estagnação do blog, culpem a Zon, que eu não tive nada a ver com o modem a avariar e com os gajos do Apoio ao Cliente não saberem o que lá andam a fazer e deixarem-me a semana toda sem net, com as contas de e-mail bloqueadas e mais o diabo a sete porque organização não é o forte deles. Até ver, a situação ainda está na mesma. Estagnada.
Quanto a mim, pois, what else is new? Não aceitei ainda esta rotina que na minha opinião não tem muito a ver comigo. Estou como que parada no tempo, a pairar avenida acima e avenida abaixo (a distância casa-trabalho e trabalho-casa), headphones nos ouvidos com o David Fonseca no repeat há semanas incontáveis, blusão apertado até ao nariz que está um frio nesta cidade que não se aguenta (tivesse eu lá no Norte ainda e já tinha morrido de frio vai para um mês, de certezinha!) e a cabeça sempre a girar feita montanha-russa.
Estou estagnada. Enquanto todos à minha volta andam para a frente, tanto a nível escolar ou profissional ou o que quer que lhe queiram chamar como a nível pessoal, eu estou parada. Tenho um emprego que até era capaz de gostar não fosse ele (quer dizer, ela) estar a pôr-me os nervos descontrolados e eu estar a entrar em paranóia só por ter de ir para ali. Aquilo a que vulgarmente se chama "vida social" (e que nunca tive muita, verdade seja dita) não existe. Os presentes de Natal foram comprados todos a horas que não lembram a ninguém, porque são as que tenho livres. Os amigos estão atulhados de livros até à testa, com os exames de Janeiro cada vez mais próximos ou com as obrigações do liceu.
Fui incumbida de organizar o jantar de Natal. Escolhido o dia, o restaurante e toda a gente avisada, dei comigo sentadinha a olhar para o papel onde tinha escrito os nomes. Ora, em treze pessoas, três são 'intrusos' (no bom sentido, claro. Para além de jantar de Natal, deve ser também um jantar de "ora-vamos-lá-apresentar-os-respectivos-ao-pessoal"). Em treze pessoas, doze são estudantes. Adivinhem lá quem é a ovelha negra? Pois, exacto.
Não estou em regressão mas também não estou a andar para a frente. Estou simplesmente parada. Na terça-feira, vou ver-me confrontada com isso, com nove provas vivas, reais, de carne e osso desta parvoíce para onde eu me arrastei (sozinha). E para alguém que tem um grau de exigência para consigo próprio e de perfeccionismo tal como eu tenho (elevado, elevado, elevado) não é nada agradável.
A culpa é minha, isso sei bem. Mas não torna as coisas mais fáceis. Dammit!

Tuesday, December 16

Querido Pai Natal,

A esta hora estás a pensar "O que raio é que esta quer? Este ano portou-se pessimamente, desperdiçou oportunidades únicas e só fez disparates. Sim, está bem, até passou a Matemática, mas depois estragou tudo. Sim, trabalhou e estudou ao mesmo tempo, mas depois mandou os estudos irem dar uma volta a Espanha e voltou a trabalhar. Está doida, se me vem agora pedir batatinhas..."
Podes estar descansado, não venho pedir praticamente nada. Gostava muito de ter uns Allstars pretos, daqueles que são mesmo ténis, e aquele vestidinho lindo que vi na H&M no outro dia. Não, não fiquei maluca de vez por querer um vestido. Só não consigo suportar o facto de, se precisar de ir bem vestida a um lado qualquer, não ter nada decente e parecer uma sem-abrigo, como de costume. Para o Baile de Finalistas tive de pedir um vestido emprestado, não quero passar por essa vergonha outra vez.
Mas adiante... Eu sei que não pareço pessoa deste tipo de coisas, mas no fundo, no fundo, chega-me que o Z. continue a fazer a D. tão feliz como ela está agora, que eu possa ver essa felicidade diante dos meus olhos durante muito, muito tempo e sentir-me, eu própria, um bocadinho mais feliz. Que aqueles que eu adoro mais que tudo continuem a fazer parte da minha vida e continuem aqui pertinho e estejam, eles também, o mais felizes possível. Que a minha família volte a ser o que era (isto já é pedir demais, eu sei, mas não se perde nada em tentar). Que consiga juntar o suficiente para começar a tirar o curso dos meus sonhos no próximo ano. Que consiga sorrir mais vezes e sentir-me melhor comigo própria. Achas que consegues?
Ah! E se puderes, já agora, vê se na noite de 24 me consegues levar o mau-feitio e a antipatia e a parvoíce lá para a Lapónia, sim? Estão cá presos dentro de mim mas não fazem falta nenhuma e lá podia ser que congelassem de vez e deixassem de afectar o mundo (pequenino) que me rodeia.
Obrigada.
Beijinhos,

Alexandra
P.S. Não queria abusar... Se estiveres bem disposto, traz-me também um Mr. Brightside assim, pode ser? Não o mereço, nada mesmo, mas pronto... Se não, deixa lá.

Monday, December 15

Um dia destes sou despedida...

... porque ainda me salta a tampa e mando alguém ir pôr a arrogância e a má-educação num certo sítio.
Se há coisa que me enerva sobremaneira são aquelas pessoas que, lá por terem uma posição social e económica mais elevada ou um nível de estudos superior a outras, estão convencidas que têm o rei na barriga e que o resto do mundo é lixo.
Eu sou bastante distraída. Tenho a mania da organização e da arrumação (uma cena obsessiva-compulsiva qualquer) e, por muitos defeitos e qualidades que possa ter, não sou vidente (psicótica sim, mas psíquica ainda não). Acho que apesar de tudo faço bem o meu trabalho e não há motivos de queixa em relação a mim. Não sou a simpatia em pessoa, mas sou minimamente competente e o meu perfeccionismo faz com que, para fazer alguma coisa, tenha de a fazer bem senão não descanso nem fico bem comigo própria.
Agora, não consigo estar a trabalhar motivada e com um sorriso na cara quando tenho alguém a apontar sempre uma falhazinha qualquer, ainda que ela possa não existir ou seja de todo irrelevante, sempre a deitar abaixo e que não é capaz de dirigir uma palavra simpática nem que seja "Bom trabalho.". Não. Quando eu faço algo bem, já cheguei a ouvir quase um "Não fez mais que a sua obrigação.". Ser agradável? Para quê?
Não suporto que olhem para mim lá do alto, como se eu fosse uma espécie de ser inferior só porque não tenho nenhum curso (ainda) e trabalho numa simples loja, a atender as outras pessoas. Pior ainda quando descarregam em mim as frustações que nada têm a ver comigo, e têm sim a ver com problemas familiares ou pessoais ou, pura e simplesmente, com a falta de educação das pessoas. Que o dinheiro pode trazer muita coisa mas, para além de felicidade, também não traz educação nem boas maneiras. Apenas snobismo, arrogância.
E depois ainda tenho de ouvir "Ah, sabe, eu acho que de certo modo é muito parecida comigo?"... Eu? Se a caminho dos quarenta eu for assim, por favor internem-me. A sério. Ser assim, infeliz como ela é apesar da vida óptima que tem, da estabilidade familiar e financeira e de todas as possibilidades é que não.
Tudo menos isso.

Sunday, December 14

Desafio da Música

A Catarina lançou um novo desafio:

1 - Colocar uma foto individual nossa: pá, é só irem ali abaixo ao "About Me" ver :) ;

2 - Escolher uma Banda/Artista: Avenged Sevenfold (obviously!);
3 - Responder às questões somente com títulos da Banda/Artista escolhido:
a) És homem ou mulher? Girl I Know;
b) Descreve-te: Trashed and Scattered;

c) O que as pessoas acham de ti? Lost;
d) Como descreves o teu último relacionamento: Strenght of the World;
e) Descreve o estado actual da tua relação: I Won't See You Tonight Part I;
f) Onde querias estar agora?
M.I.A.;
g) O que pensas a respeito do amor? Warmness on the Soul;
h) Como é a tua vida?
Unholy Confessions;
i) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? A Little Piece of Heaven;
j) Escreve uma frase sábia: Seize the Day.

Saturday, December 13

Pensamento fútil do dia

"Isto (o trabalho) anda-me a dar cabo das unhas todas."

É fútil, mas não deixa de ser verdade.

Friday, December 12

E estava eu à espera que começasse a aula de EF

... naquela quinta-feira cinzenta, naquele dia terrível em que parecia que tinha os lábios selados e não conseguia sorrir nem falar, em que tinha vestido o meu casaco com um padrão do Su Doku que tinha feito a minha stôra de Biologia elogiar-me... Nesse mesmo dia em que o meu irmão fazia anos (irmão esse que amanhã atinge os trintas :P), em que eu tinha oferecido a um colega meu uns pins do Nightmare Before Christmas iguais aos que tinha (e tenho) no estojo e que ele tanto tinha elogiado dois dias antes quando, ele próprio, estava triste e chateado com uma coisa qualquer, nesse dia em que me tinha apercebido que afinal os pins não eram só uma coisinha para o tentar animar mas que havia qualquer coisa em mim que lhe queria mesmo dar os ditos cujos...
Nesse dia, quando eu estava ali parada, à espera do stôr de Educação Física, a congelar só com a minha t-shirt do colégio, apesar de estarmos a meio de Dezembro, com os headphones nos ouvidos, a Angel Song no repeat e a ignorar completamente a conversa fútil que se tinha gerado à minha volta, ele interrompeu lá pelo meio e chegou-se ao pé de mim e disse, com um ar muito sério, "eu não sei o que é que se está a passar contigo, mas daqui a nada dou-te um par de estalos se não tiras essa cara de enterro!" e depois sorriu-me.
E eu, miraculosamente, acho que esbocei um sorriso minúsculo de volta.
E hoje, que tive um dia horrível no trabalho, lembrei-me disto. Funny thing. A cara de enterro era por causa dele. E manteve-se, para aí, até Maio/Junho... e sempre a piorar.
E ele nunca se apercebeu.

Para complementar o post de segunda-feira :)

(Aí, tão querido ele...)

O pacotes de açúcar da Nicola inspiram-me...

Um dia vou ser a melhor criminalista do país.
Um dia vou passar o Natal a NY com o meu Mr. Brightside.
Um dia vou voltar a pesar menos de 55 quilos.
Um dia vou ter uma mesa de snooker.
Um dia vou ter dois gatos, o Dexter e o Synyster.
Um dia vou ver o Sporting ganhar a Champions.
Um dia vou tatuar a minha frase preferida no interior do antebraço direito.
Um dia vou aos festivais de Leeds e Reading e ao Rock AM Ring.
Um dia vou ganhar um jogo de PES ao meu irmão.
Um dia vou ter um Citröen C1 verde e preto.
Um dia vou ver as minhas bandas preferidas na primeira fila.
Um dia vou ser a mulher mais feliz do mundo.
Um dia vou deixar de dizer "Um dia".

(... e o facto de ser 1h30 da manhã não ajuda.)

Wednesday, December 10

"Christmas is all around me and so the feeling grows..."

Gosto do Natal.
Gosto que o Natal já tenha chegado cá a casa, graças a mim, que hoje estive a tratar dos enfeites.
Gosto de me sentar no chão da minha sala a olhar para as luzes da árvore (tenho este bocado de criancinha dentro de mim).
Enfim... Gosto do Natal. E pronto.

Tuesday, December 9

Noites de Terça-Feira.

Estava eu muito bem em Barcelona com a minha mãe, lá já não me lembro bem onde, a tentar tirar uma fotografia já não me lembro a quê quando descobri que havia qualquer coisa de errado com o meu olho direito. Isto foi em Setembro de 2003. Já passaram cinco anos, uso óculos desde aí porque o oftalmologista descobriu que tinha miopia, 3 dioptrias, no olho direito. Sim, só no olho direito (Que rídiculo pá!).
Ora, desde o príncipio do ano que comecei a ter dores de cabeça horríveis, completamente centradas no olho, assim tipo uma vez por mês. Não liguei muito nessa altura, ah e tal ia dormir e pronto passava-me. Comecei a preocupar-me quando as dores ficaram mais frequentes e quando, certa noite, entrei numa sala de cinema e passei o filme todo aflita, mesmo estando com os óculos postos. Meses mais tarde fui finalmente ao médico e ouvi aquilo que ninguém gosta de ouvir. "Olhe, eu não sei o que se passa com o seu olho. Parece tudo normal, as suas dioptrias não aumentaram nem nada. O que você tem deve ser um tipo qualquer de enxaqueca."
Basicamente, ouvi um "Aguenta-te!" porque sou muito nova para ele me receitar uns comprimidos...

E agora todas as semanas, à terça-feira, é como se o meu olho direito fosse rebentar. Há pessoas que têm a noite de póquer, a noite de futebol, a noite sei lá mais do quê... eu tenho a noite da enxaqueca, todas as terças-feiras. É certinho. Como hoje...

Monday, December 8

Repeat da Semana (ou um dos porquês de eu andar apaixonada por este senhor!)

It’s me, and you, and all the things we do,
Just to go a little more, just to find a better view,
Despite our young hearts, we know how it’s gonna be,
We don’t get for your crops cause we have our own tree,
There’s nothing wrong with your ways, but we can dance to this song,
We just wanna build and leave the bridge out of the silent void.

If there’s something we could do,
To escape this silent void,
Just a word that we could say,
That would burn this silent door,
No, we can’t stay here no more…
(We’re in love.. We’re in love...)
I say love
I say love

And there’s no one I would rather be with,
Nothing I would rather do,
Cause I’ve got this dream, this heart that beats,
Outside this silent world, and I’ve got you.

…and me, and all that we could be,
Out if this black hole show, by the black sea,
We’re all surrounded by the old, just running their stuff,
We don’t really care for them, they don’t really care for us,

You see, I don’t wanna be what they meant all of us to be,
Shaking hands with the sales artist, the master degrees,
With the lost kids and the loveless ones,
Yeah, I can look like them but I’ll never be one,
And if you wanna be the bullet out of this gun,
Then tell us please what you’re made of,
Oh, tell us please what you’re made of,
Oh, tell me please are you in love?
Like me…
I say love

And there’s no one I would rather be with,
Nothing I would rather do,
Cause I’ve got this dream, this heart that beats,
Outside this silent world, and I’ve got you.

We’re falling in the lights of others,
I hold her willed and we keep spinning,
We’re falling in the lights of others,
I guess our mind is made up,
We’re gonna quit the state of,
We can leave this silence…
We can leave this silent… void.
We can leave this silent… void.
We can leave this… void.
We can leave this silent… void.

I say love
I say love

And there’s no one I would rather be with,
Nothing I would rather do,
Cause I’ve got this dream, this heart that beats,
Outside this silent world, and I’ve got you.
Outside this silent world, a heart beats,
Outside this silent world, well I’ve got you,
Outside this silent world, my heart beats,
Outside this silent world, well I’ve got you.

David Fonseca - "Silent Void" - Dreams in Colour - 2007

Sunday, December 7

Tudo começou quando uma das raparigas que lá estava disse "As aulas começam segunda-feira."...

Aí, nesse dia 16 de Setembro, vi literalmente a minha vida dos últimos meses a passar-me em frente dos olhos. Ali, sentadinha naquele degrau de pedra, com aquela gaja do Porto sentada à minha direita a dizer mal de tudo e todos, do curso de Bioquímica que já tinha frequentado, dos veteranos da outra faculdade e de não sei mais ou quê, quando já mal conseguia falar porque a amigdalite que me viria a atacar com toda a força no dia seguinte já estava a fazer das suas e a pôr-me com febre e com as amígdalas do tamanho de bolas de futebol, apercebi-me da grande estupidez que estava a fazer. A minha cabeça começou a girar, qual montanha-russa em andamento, a uma velocidade supersónica. Eram imagens dos almoços de sábado com a Ana, as noites em casa da Luna, a Baixa inteira já palmilhada por mim e pela Diana mais de mil vezes, os jantares com o pessoal do Secundário, que tinha terminado há tão pouco tempo ainda, os concertos de Rhizome com o meu irmão, os jogos do Sporting assistidos no estádio com o meu pai desde os cinco anos. Eram as minhas raízes todas a serem arrancadas com força e deitadas para o lixo, depois de toda a dificuldade que eu tinha tido a criá-las. Era a perspectiva de um "Até daqui a três anos" que eu tinha ansiado durante muito tempo, durante todo aquele tempo em que tinha achado que não havia aqui nada de novo, nada que me prendesse e que era altura de me libertar, abrir as minhas pequenas asinhas e voar para bem longe, para um sítio onde pudesse pôr as ideias em ordem e começar a aceitar-me a mim própria da maneira como sou, mas que, qual partida do destino, já não ansiava mais porque tinha finalmente umas amarras que me prendiam cá em Lisboa, bem firmes. A (re)descoberta da lindíssima cidade onde vivia e que, por negligência e falta de interesse, não conhecia, as amizades que significam tudo, que são essênciais para que esteja bem e que tinham sido estreitadas e que, descobri eu, lá na santa terrinha, naquele degrau de pedra gelado, me fazem mais falta do que eu imaginava, a descoberta de um sentimento novo, que não era amor nem apenas atracção e que tinha levado a algo confuso e estranho que também não era um namoro nem uma simples amizade colorida mas que tinha chegado (finalmente) e sabia tão, tão bem, as saudades que já sentia quando estava longe só há algumas horas... Tudo isso tomou conta de mim e consciencializei-me que, quando regressasse de vez ia ter 21 anos, ia voltar para arranjar um emprego (ou quem sabe, ia ficar por lá definitivamente), uma casa para mim. Os amigos que cá tinham ficado e que tinha demorado tanto tempo a arranjar iam já ter uma vida nova, a maior parte a meio do curso de Medicina, os outros a fazer sabe Deus o quê. Três anos é muito tempo e, apesar de tudo, a internet, o telefone e algumas visitas cada vez mais esporádicas não chegam. Tentei convencer-me que sim nos primeiros tempos, naquela semana de indecisão, "vou ou não vou?" foi a frase que mais me perseguiu, mas não chegam. Estava a arriscar muitas coisas, demasiado importantes para mim, e não valia a pena.
Voltei. Fui criticada, desiludi muita gente. Ainda hoje, passados dois meses e meio, às vezes pergunto-me se fiz bem. Se, se lá tivesse ficado, já teria feito alguns amigos (Ahahah, devia ser o milagre do século, que eu para falar espontaneamente com alguém é preciso quase que chovam martelos). Se estaria a gostar do curso. Se, se, se...
As amizades de cá mantêm-se. Não nos temos visto nem mais nem menos do que nos veríamos se eu tivesse lá ficado. O sentimento novo teve de ser posto para trás das costas e deu lugar a outro, mas que sabe igualmente bem. Não estou bem, nem feliz nem nada que se pareça mas sei que quem me vai ajudar a melhorar está pertinho, pertinho e não a mais de 400 km de distância. E isso é muito reconfortante.
E também sei que, no próximo ano, a faculdade vai continuar no mesmo sítio. Sossegadinha, à minha espera. Que quem acaba o curso com 22 em vez de 21 não vale menos por causa disso.

(Pronto. Nunca tinha falado assim abertamente do que me passou pela cabecinha naquela altura. Com ninguém. Finalmente disse tudo aquilo que tinha cá dentro há meses e tirei um peso de cima dos ombros e um aperto de dentro do peito. Isto tudo não faz muito sentido, mas eu própria não faço muito sentido portanto...)

Saturday, December 6

Joe Satriani vs. Coldplay

A primeira vez que ouvi Viva la Vida, a música-título do último CD dos Coldplay fiquei rendida e passei dias e dias a ouvir aquilo. Achei que tinha uma batida contagiante, punha-me cheia de speed e com uma energia incrível.
Por outro lado, eu adoro, adoro, adoro de paixão tudo o que tenha a ver com guitarras e guitarradas e coisas do género e a única coisa nessa música que me fazia espécie era realmente não ter assim nenhuma guitarra sonante nem nada disso.
Qual não é o meu espanto quando me deparei com o rumor que circulava por aí pela Internet de que os Coldplay tinham plagiado o Joe Satriani (que não é um John Petrucci mas, verdade seja dita, não está muito longe e é um guitarrista com G maiúsculo) e que a melodia de Viva la Vida (a tal que me dava muita pedalada) tinha sido integralmente copiada de If I Could Fly de Joe Satriani, música datada de 2004.
Ora, eu fiquei chocada. Fui pesquisar as duas músicas (até as ouvi sobrepostas) e acho que aquilo foi MESMO copiado e à DESCARADA!! Para quem se autoproclamou "a melhor banda do mundo", isto é uma VERGONHA!
Shame on you, Mr. Chris Martin. Shame on you!

P.S. E não me podem acusar de parcialidade porque eu gosto dos Coldplay. Mais que do Satriani até.

Friday, December 5

"Day & Age" - Part II

Já está! Consegui! Ouvi o "Day & Age" até ao fim. :)
Não que a minha opinião tenha mudado muito, verdade seja dita. Concordo com o David (a.K.a.
Morning Theft) em relação a A Dustland Fairytale e ao poder que tem o final do CD. Muito, muito bom. A Human, pronto, é aquilo que já se sabia e, para variar, tem muito de Alexandra C. Ferreira naquela letra. Não sei como é que o Brandon faz para escrever letras destas, mas se ele me conhecesse até caía para o lado (e não, não era pelo meu aspecto, coitadinho. É mesmo por eu ser uma espécie de "Lyrics dos The Killers" ambulante). Mas sobre a letra de Human hei-de falar noutra oportunidade.
Não gostei de várias músicas (não se pode ser perfeito) e continuo a achar a Spaceman completamente inconcebível. Nem voltei a ouvir aquilo. E tenho pena que haja uma música deles que eu simplesmente não consigo ouvir, porque era algo que ainda não tinha acontecido. Enfim...
Deixo-vos a actuação magnifíca (roubada um bocado à descarada também ali ao David) nos EMA's, em Liverpool, no príncipio de Novembro. "Close your eyes, clear your heart..." and just listen to The Killers. :) E Boa Noite.

P.S. Agora tava aqui a pensar... Eu devo ter uma queda para os Brandons. Brandon Flowers, Brandon Boyd... Devo ter qualquer afinidade com este nome...

Friendly Ramblers #1

Ninguém melhor para inaugurar um novo espaço de 'publicidade' para aquilo que ando a ler, já li ou virei a ler (ou ver, ou ouvir ou whatever) que a minha mais recente 'alma gémea'. A minha stôrinha da Cidade de Deus que me deixa sem palavras a cada post (por ser tão igual a mim, em tudo; no nome, nos hobbies, nos gostos e sei lá mais em quê), que adora inglês tanto ou mais que eu e que escreve lindamente.
E escreve
aqui.

Wednesday, December 3

"Tonight we drink to youth..."

"... and holding fast the truth."
Um dos versos desta música ia servir de mote para (mais) um textinho, mas depois vi esta performance e decidi que o texto fica para amanhã.
Ladies and gentleman, I leave you Mr. Brandon Boyd. Enjoy!
Quanto a mim, até amanhã... ou depois. Ou para a semana. Whatever...

Desafio do Livro

A Catarina passou-me o seguinte desafio:

1. Agarrar o livro mais próximo.
2. Abrir na página 161.
3. Procurar a 5.ª frase completa.
4. Colocar a frase no blog.
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro!!! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo.
6. Passar a 5 pessoas.

Ora, o livro mais próximo é "Lord of the Rings - The Fellowship of the Ring" de J.R.R. Tolkien e a frase é : "Foi então que o hobbits repararam que ela estava toda vestida de prata e usava um cinto branco e sapatos que pareciam de rede de pesca."
Não passo o desafio a blog nenhum porque hoje não estou com grande paciência para isso. Fica para a próxima.

Tuesday, December 2

Perdi o juízo.

Para as muitas alminhas que já suspeitavam que me faltavam alguns parafusos, eis que eu provo que realmente isso é verdade: meti na cabeça que hei-de comprar uma Playstation 3 e o Guitar Hero World Tour (mas só com a guitarra, que o resto não preciso e é demasiado caro. Nem tenho espaço cá em casa para isso) e agora ninguém me tira isto da ideia. Porquê o World Tour? Porque tem esta quantidade gigante de músicas (e tem Dream Theater. YUPIII!). Já fiz uma quantidade de contas, vi montes e montes de preços, tirei notas e pensei muito bem, muito ponderadamente no assunto.

Perdi a cabeça e decidi que vou mesmo comprar (euzinha, sozinha, que como este ano não há cá presentes, vou dar a mim própria uma forma de me animar, a ver se me passam as 'trombas' com que tenho andado ultimamente).

E não, não vai haver cá amigos a colar-se, "Ah e tal, deixa cá experimentar o Guitar Hero novo..." que eu não deixo! :)
(Brincadeirinha... deixo sim, mas têm que pagar o aluguer, que isto não há cá borlas e eu tenho de repôr o dinheiro que vou gastar nesta minha extravagância! Hehehe :P)

Monday, December 1

"It's a funny world we live in. Speaking of which, do you know how I got these scars?"

Vi uma vez. Vi duas. Agora quero ver a terceira... E o DVD é lançado já dia 9 de Dezembro. :)

(O meu 200º post. Ao fim de um ano e quase dois meses, já vim aqui, escrever sobre a minha existência, duzentas vezes. Ao príncipio, não pensei que viesse a gostar tanto de ter um blog... Mas gosto. Gosto mesmo!)