Vai para três anos, conheci uma rapariga através de um fórum. Ela, holandesa, começou a falar comigo através do MSN e ao longo desse tempo, tornámo-nos grandes amigas. No Verão passado veio cá e eu levei-a a conhecer a minha cidade (por exemplo, fomos ao Castelo, como se pode ver ali). Hoje ela faz 22 anos. E o plano é que venha cá de novo no próximo Verão. :)
"If I'm just bad news, then you're a liar." Taking Back Sunday - 'You're So Last Summer' - Tell All Your Friends - 2002
Não sou pessoa dada a melodramas e irritam-me profundamente pessoas que o são. Também não sou dada ao optimismo e não sou nada seguidora da velha máxima do 'pensamento positivo'. A minha melhor amiga (coitada, já me conhece tão bem e já me aturou tantas), quando eu começo a falar sobre algo, às vezes já me diz logo "Oh Alexandra, não comeces já a agoirar!" ou "Não andas outra vez com pensamentos do demo, pois não?". Estou ali assim a meio caminho entre o melodrama e o optimismo. Vá, pronto, um bocadinho pessimista, mas não exageremos. Irritam-me aquelas pessoas que têm uma espécie de complexo de Calimero. Não, a sério... Aí, tudo me acontece, sou uma vítima, infeliz, ninguém gosta de mim, ninguém me quer, blábláblá whiskas saquetas e coisas do género... Problemas, todos temos. Dias menos bons, acontecem a toda a gente. Dias daqueles mesmo maus, daqueles que parece que tudo corre mal desde o momento em que saltamos da cama de manhã até que nos voltamos a deitar à noite, idem aspas. Faz parte. Se fosse sempre tudo óptimo, perfeito, flawless, a vida não tinha pica nenhuma. Mas daí até ao exagero, ainda vai um longo caminho... Claro que eu também tenho dias em que me apetece chegar a casa e ter um abraço apertado à minha espera, e que como chego e não tenho, fico, vá admitamos, triste. Dias em que acordo super-bem-disposta e que depois ao longo do dia vou ficando mais em baixo e chego à noite a sentir-me uma pessoa reles e desprezível. Tenho uma tendência para a depressão, no sentido de achar que as coisas em que me meto vão correr sempre mal e um feitio muito perfeccionista que às vezes não ajuda nada, mas tento o mais que posso, enviar esses ditos 'pensamentos do demo' para longe, lá para o fundinho da alma de forma a que, se possível, só venham ao de cima chatear-me assim de vez em quando. Nem sempre consigo, claro, mas pronto. Tento. Depois há os dias em que me sinto como se fosse Deus (ehhh, isto podia dar pano para mangas e choviam para aqui insultos que nunca mais acabavam). Nesses dias, ninguém me abala. Nesses dias, sou capaz de mover montanhas para atingir os meus objectivos. Nesses dias, sou capaz de vender três conjuntos de biquínis a alguém que venha só à loja para comprar um par de meias (ahahah, piadinha parva... dêem um descontinho!). Nesses dias, quase que esqueço quem me fez/faz mal, que me enganou, quem me usou, essas coisas que já aconteceram a todos nós pelo menos uma vez na vida. Por isso, Calimeros deste mundo, mantenham-se assim longe de mim. Pelo bem da minha sanidade mental: é que já non s'aguenta (como dizem as minhas queridas Kika e Tita) gente a chamar-me antipática, anti-social, arrogante e outros elogios do género... Um dia destes, dou em Calimera também e isso era coisa capaz de ser chatinha para os meus (poucos mas bons) amigos... Ora, por hoje, é isto... :)
Parece que Deus anda a brincar com uma tômbola para decidir que tempo faz no dia seguinte. Mete doze papelinhos lá dentro, cada um a representar um mês, dá umas voltas à tômbola e tal e depois à meia-noite, tira um papelinho... E depois é assim, quase em Julho e sai-lhe, vá, Novembro. :) Que tempo de treta!
O anúncio de rádio da Galp Energia é altamente estúpido e irritante. Em menos de um minuto, conseguem conjugar o verbo 'festivalar' (devem ter achado que o trocadilho tinha piada) em todas as pessoas numa data de tempos e modos. Pá... Deve haver por aí muitas alminhas que, como eu, não vão poder 'festivalar'. Por isso, ouvir imensas vezes que o João, a Ana e o não-sei-das-quantas vão aos festivais todos e vão todos juntos e são muito bons e o raio que os parta, é CHATO! Eu não vou ao Optimus Alive. Eu não vou ao SuperBock Super Rock. Eu não vou a Paredes de Coura. Eu não vou ao Sudoeste. E nem sequer sei se vou a Muse, mas é provável que não... tenho a impressão que para mim 2009 no que toca a concertos já acabou. Porque não posso e ir a concertos é das únicas coisas que me deprime fazer sozinha. Cinema, passear, whatever, não me importo mas concertos sozinha faz-me espécie... Por isso, tentem não fazer anúncios parvos que lembram as pessoas daquilo que vão perder, está bem? Obrigadinha.
Não eras um dos artistas da minha preferência mas claro que oiço o Thriller e alguns dos teus outro hits. Lembro-me final do vídeo de Black Or White, de ver aquilo quando era pequena e achar super-giro a parte em que as caras das pessoas iam mudando. Apesar de tudo, apesar das plásticas, da mudança de cor, das excêntricidades e dos rumores, do rancho Neverland e das acusações, eras uma grande estrela, Michael. Em 1984 mudaste definitivamente o mundo da música. Tinhas os melhores produtores da época e fizeste um álbum que até hoje ninguém conseguiu bater, em termos de sucesso. Eu, que não era tua fã incondicional, vou-te lembrar essencialmente por isto...
Onde quer que seja que foste parar ontem, quando o teu coração não aguentou mais os excessos (grandes excessos) que cometeste ao longo destes cinquenta anos, podes estar descansado e feliz. As gerações que ainda estão para vir vão com certeza ouvir falar de ti. Vão com certeza admirar e provavelmente invejar também o teu moonwalk. :)
Depois de uns diazinhos a estudar máquinas fotográficas, a pedir opinião aqui e opinião ali, que eu gosto muito só que não percebo nada do assunto mas até conheço quem perceba, e de ontem ter ido a pé do Rato até aos Armazéns do Chiado (e depois ter voltado tudo para trás) só para ver o que havia pela FNAC, decidi-me. Próxima aquisição: uma coisinha linda destas. É que eu até me tenho portado bem, meus queridos... acho que ainda não disse mas PASSEI NO EXAME DE CÓDIGO! :)
Monday, June 22
Hoje, gostava de ser Madalena. E que esta música fosse sobre mim... Wishful thinking, eu sei. (Passei praticamente as últimas duas horas a fazer testes de Código. Estou farta, fartinha do Código da Estrada... e estou mesmo a ver que amanhã de manhã chego lá ao exame e chumbo... F***-**!)
Porque o Verão está agora a começar e o deste ano vai ser péssimo por comparação com o de 2008 (O melhor de SEMPRE), deixo-vos aqui uma das minhas fotografias preferidas do Verão passado. Porque se pudesse vivia na Baixa da cidade, que acho a zona mais linda de Lisboa inteira. Porque conheci óptimas pessoas, o que é raro nos tempos que correm, e andei o mês de Agosto todo com um sorriso idiota na trombinha que foi um gosto. E porque tenho montes de saudades desta altura, de andar assim pela cidade, de tirar fotografias, de ter algum tempo livre e companhia para andar por aqui... Enfim... Enjoy the Summer, my loved ones! :)
O meu contrato termina no final de Agosto. Mais um par de meses e vou para a faculdade. Por isso, tornou-se fundamental encontrar alguém para me substituir a partir de Setembro. Depois de um episódio algo surreal, em que houve uma rapariga que veio trabalhar de manhã e à tarde foi lá dizer que não ia trabalhar mais (wtf?), amanhã de manhãzinha, começo a dar uma de formadora. Ora, eu sou muito de primeiras impressões. Saio à minha mãe nesse aspecto, o que é posso fazer? E quando torço o nariz logo de princípio, normalmente o caso não muda de figura. Salvo (muito) raras excepções. E vai daí, que eu não gostei da miúda. Para mim, é demasiado desatada, demasiado p'ra frentex e para quem procurava o seu primeiro emprego, não me está a encaixar muito bem. Só espero é que ela fique. Boa ou má, que se transforme, que aprenda bem e que fique. Porque o meu feitiozinho horrível faz com que eu só consiga ir para a faculdade descansada se souber que deixei aquele que era verdadeiramente o meu trabalho (porque eu e a Ana, uma das minhas melhores amigas, dividimos sempre o trabalho pelas duas, consoante as aptidões de cada uma e ela não é nada dada a computadores e coisas que tais) bem entregue nas mãos de alguém que consegue aguentá-lo e fazê-lo tal como eu fazia, de forma irrepreensível. E hoje, estando prestes a começar a dar formação à rapariga e tendo só como base a primeira impressão, tenho as minhas dúvidas. E espero estar totalmente enganada, porque prevejo Setembro a chegar, eu a ir tirar o curso e a Ana a ficar agarrada... E isso preocupa-me. E muito. Não vou tirar férias já para poder deixar tudo preparado antes de me ir embora, mas se não encontrarmos ninguém até lá, também não posso fazer mais nada. E de certo modo, isso chateia-me um bocadinho. Bah!
No meio daquele rectângulo arredondado verde, conseguem ver uma t-shirt preta com um símbolo a branco? That's me. No final do melhor concerto a que já assisti na vida. Um Coliseu dos Recreios a abarrotar, imenso calor (deviam estar uns 40ºC lá dentro, sem exagero), um lugar privilegiado mesmo de frente para o palco e uma setlist brutalíssima. Eu, que até sou sossegadinha em concertos, estou ali de braços no ar, quase, vá, eufórica. Deve ter descido uma qualquer força demoníaca em mim durante aquelas duas horas e pouco. Enfim... foi assim a minha noite de quinta-feira. :)
E apesar de não estar a ser um ano muito bom, 2009 já me levou a dois concertos excelentes. Como só devo ir a mais dois ou três no máximo, o balanço até agora é muito positivo. :)
Ora, a P. diz que acha que o meu blog é um amor e passou-me este desafio e mais um mimo para enfeitar aqui o espacinho. O desafio desta vez consiste em enumerar as cinco pessoas mais importantes da minha vida e passar a dez blogs. Ora eu vou dar aqui uma voltinha ao texto e fazer uns grupos. Pessoas realmente importantes na minha vida são poucochinhas até mas acabam por ser mais que cinco, por isso é mais fácil assim:
Vou assistir pela segunda vez a um concerto da minha banda preferida de todos os tempos. Cinco pessoas que conseguem elevar a música a um nível (praticamente) inatingível e que há já 23 anos escrevem a sua história através de solos de guitarra geniais, momentos de bateria electrizantes (como este... nomeiem o baterista que quiserem que não existe ninguém no planeta que faça isto como o Mike o faz), melodias de piano que arrepiam e nos tocam cá no fundo e um baixo que faz mais, mas muito mais, do que simplesmente marcar o ritmo e acompanhar.Não é qualquer um que ouve e compreende Dream Theater na sua essência. Digo isto sem ponta de vaidade ou pretensiosismo, digo apenas por ser verdade. É preciso saber ouvir Dream Theater. O facto (sim, porque é um facto) de serem cinco elementos e todos eles geniais naquilo a que dedicam a sua vida e que abraçaram como profissão torna a sua música densa, díficil de apreciar à primeira vista. Saber ouvir Dream Theater passa por separar primeiro os seus componentes. Saber perceber que o Mike é o controlador e que a bateria comanda muitas das suas músicas; saber ouvir os rasgos de magia personificados pelo Petrucci e pela sua (e minha) tão amada guitarra; saber acompanhar o Myung e as suas mãos enormes, gigantescas que dominam um baixo de seis cordas, tarefa que não deve ser nada simples; saber que a qualquer momento o Jordan pode meter no meio de algo muito pesado um orgãozinho "que parece daqueles jogos dos anos 80"; saber compreender que o LaBrie já teve uma grande voz e que apesar de ele dizer que está completamente recuperado, nunca voltará aos tempos de Images & Words. Só depois disto é que é possível formar-se uma opinião real sobre a música de Dream Theater. Depois de se ouvir todos os pormenores, de se sentir aquele conjunto mágico de instrumentos. Comigo foi assim. Algures em 2004 ou 2005, fomos almoçar fora em família. Lembro-me de ir no carro com o meu irmão e de, ao pararmos durante uns dez, quinze minutos já não sei bem porquê, ele fazer-me ouvir aquela que será a sua música preferida de DT (e arrisco-me a dizer uma das suas músicas preferidas de sempre). Eu devia ter uns 14 anos na altura e, sou sincera, nunca tinha ouvido um baixo na vida (vá, vá, não me espanquem...). E o Miguel esteve ali uma data de tempo, sempre a repetir o mesmo bocado, a insistir para que eu conseguisse ouvir o baixo. Vezes e vezes sem conta até que lá ouvi, finalmente. A música em questão tem 11.34 minutos e chama-se Learning to Live. É das melhores músicas da sua carreira e tem uma letra lindíssima que devia ser lida por toda a gente.
Amanhã por esta hora, vou estar literalmente no meu teatro dos sonhos. Na melhor das companhias. Por isso, e para terminar este texto que não pretende ser nada mais do que a paixão que eu sinto por esta banda traduzida em meras palavras de alguém que não é crítica de música nem formada no Conservatório mas que vive A música como poucos (mais uma vez sem pretensiosismos, é a mais pura das verdades), 'dedico' este rasgo de inspiração ao meu irmão. E deixo-vos com o vídeo desta lição de vida. Porque amanhã vamos ouvi-la... nem que seja só uma amostra. :)
Porque raio é que é preciso sabermos TUDO da vida do Cristiano Ronaldo? Não, a sério... Todos os dias, os telejornais estão recheados de notícias dele: primeiro, foram não-sei-quantos meses de 'vai para Madrid', 'aí, não afinal fica em Manchester', 'vai ser o melhor do mundo', 'anda com a X, a Y e a Z', 'foi eleito o melhor do mundo', 'espatifou um Ferrari novinho em folha' e outras parvoíces que tais; agora não se calam com esta de ir para Madrid, de ter custado 94 milhões de euros (sou só eu que acho que pagar 94 milhões de euros por um jogador de futebol é altamente ofensivo e... vá, surreal?), de ir ganhar 30 mil euros por dia (lá está, outro crime) e mais outras tretas do género? Gente! Nós não estamos assim tão interessados na vida do Ronaldo sim? Com uma crise financeira do tamanho da que existe neste momento e com todos os outros problemas que existem no planeta e na vida particular de cada um, o Ronaldo não interessa para NADA! Boa? Por isso, era bom que esta onda de levem-lá-com-o-Ronaldo-porque-ele-é-o-melhor-do-mundo-e-é-super-espectacular-e-tem-montes-de-dinheiro-e-de-miúdas-enquanto-a-vossa-vidinha-de-gente-simples-não-vale-nada acabasse! É que já não há paciência... Um dia destes mostram o Ronaldo a ir à casa-de-banho, a ir à depilação, a oxigenar o cabelo e a ir ao solário, não? Sinceramente...
Saturday, June 13
Se há domingos e folgas incontáveis que são passados fechada em casa, esta última semana foi o completo oposto. Ontem fui para as Marchas, dormi pouquíssimo e o sábado foi passado na praia. Amanhã estar em casa também está fora de questão. I'm changing... Slowly getting better. And this time, believe me, I'm not coping.* Por isso é que não tenho andado muito por aqui. Mas sobre isso, falarei noutra ocasião. Agora vou ali pôr o soninho em dia. :)
*Referência a estepost e ao meu mais recente vício, chamado Grey's Anatomy.
Hoje acordei com uma vontade assim completamente louca de ouvir Alice in Chains até não poder mais. Espero que estejam a aproveitar esta semaninha espectacular. Eu cá só fui trabalhar na 2º e só volto lá amanhã. Não há nada como juntar três feriados e uma folga e não fazer nenhum durante uns dias. :)
Nos últimos dois dias vi a 3º temporada, toda de seguida, e é das melhores seasons de sempre. E a série é tão humana que até arrepia. Uma das minhas favoritas, definitivamente.
Era ele chegar ao pé de mim e dizer "Alexandra, my baby...You're the warmness on my soul." que íamos logo ali num instantinho à Conservatória tratar do assunto. Assim, limpinho. Era ele querer... E era ele dar-me também depois uma guitarrinha igual à dele como prenda de casamento. Ahahah :)
Follow through Make your dreams come true Don't give up the fight You will be all right Cause there's no one like you In the universe
Don't be afraid What your mind conceals You should make a stand Stand up for what you believe And tonight we can truly say Together we're invincible
And during the struggle They will pull us down But please, please let's use this chance to Turn things around And tonight we can truly say Together we're invincible
Do it on your own Makes no difference to me What you leave behind What you choose to be and whatever they say Your soul's unbreakable
And during the struggle They will pull us down But please, please let's use this chance to Turn things around And tonight we can truly say Together we're invincible Together we're invincible Muse - 'Invincible' - Black Holes and Revelations - 2006 (É das minhas preferidas de sempre, levanta-me a auto-estima e o que o Matthew Bellamy faz com a guitarra deixa-me rendida. E é LINDA!)
Vai para três anos, conheci uma rapariga através de um fórum. Ela, holandesa, começou a falar comigo através do MSN e ao longo desse tempo, tornámo-nos grandes amigas. No Verão passado veio cá e eu levei-a a conhecer a minha cidade (por exemplo, fomos ao Castelo, como se pode ver ali).
Depois de uns diazinhos a estudar máquinas fotográficas, a pedir opinião aqui e opinião ali, que eu gosto muito só que não percebo nada do assunto mas até conheço quem perceba, e de ontem ter ido a pé do Rato até aos Armazéns do Chiado (e depois ter voltado tudo para trás) só para ver o que havia pela FNAC, decidi-me.
Porque o Verão está agora a começar e o deste ano vai ser péssimo por comparação com o de 2008 (O melhor de SEMPRE), deixo-vos aqui uma das minhas fotografias preferidas do Verão passado. Porque se pudesse vivia na Baixa da cidade, que acho a zona mais linda de Lisboa inteira. Porque conheci óptimas pessoas, o que é raro nos tempos que correm, e andei o mês de Agosto todo com um sorriso idiota na trombinha que foi um gosto.
No meio daquele rectângulo arredondado verde, conseguem ver uma t-shirt preta com um símbolo a branco?
Ora, a P. diz que acha que o meu blog é um amor e passou-me este desafio e mais um mimo para enfeitar aqui o espacinho.
Não é qualquer um que ouve e compreende Dream Theater na sua essência. Digo isto sem ponta de vaidade ou pretensiosismo, digo apenas por ser verdade. É preciso saber ouvir Dream Theater. O facto (sim, porque é um facto) de serem cinco elementos e todos eles geniais naquilo a que dedicam a sua vida e que abraçaram como profissão torna a sua música densa, díficil de apreciar à primeira vista. Saber ouvir Dream Theater passa por separar primeiro os seus componentes. Saber perceber que o Mike é o controlador e que a bateria comanda muitas das suas músicas; saber ouvir os rasgos de magia personificados pelo Petrucci e pela sua (e minha) tão amada guitarra; saber acompanhar o Myung e as suas mãos enormes, gigantescas que dominam um baixo de seis cordas, tarefa que não deve ser nada simples; saber que a qualquer momento o Jordan pode meter no meio de algo muito pesado um orgãozinho "que parece daqueles jogos dos anos 80"; saber compreender que o LaBrie já teve uma grande voz e que apesar de ele dizer que está completamente recuperado, nunca voltará aos tempos de Images & Words.
Comigo foi assim. Algures em 2004 ou 2005, fomos almoçar fora em família. Lembro-me de ir no carro com o meu irmão e de, ao pararmos durante uns dez, quinze minutos já não sei bem porquê, ele fazer-me ouvir aquela que será a sua música preferida de DT (e arrisco-me a dizer uma das suas músicas preferidas de sempre). Eu devia ter uns 14 anos na altura e, sou sincera, nunca tinha ouvido um baixo na vida (vá, vá, não me espanquem...). E o Miguel esteve ali uma data de tempo, sempre a repetir o mesmo bocado, a insistir para que eu conseguisse ouvir o baixo. Vezes e vezes sem conta até que lá ouvi, finalmente.
Nos últimos dois dias vi a 3º temporada, toda de seguida, e é das melhores seasons de sempre. E a série é tão humana que até arrepia. Uma das minhas favoritas, definitivamente.
Era ele chegar ao pé de mim e dizer "Alexandra, my baby...You're the warmness on my soul." que íamos logo ali num instantinho à Conservatória tratar do assunto.