Friday, July 30

RIP António Feio [1954 - 2010]

"Zézé, existe vida p'ra além do além... e até mais longe, se conseguires lá chegar!"
Tóni in A Treta Continua [2003]

Se 'existe vida p'ra além do além', o António será com certeza uma pessoa que irá aproveitar essa vida plenamente, como aproveitou a sua aqui na Terra. Partiu cedo, com apenas 55 anos, demasiado cedo para o Homem que era e para aquilo que merecia.
Ao longo da sua carreira, arrancou-nos inúmeros sorrisos e risadas a torto e a direito com o seu sentido de humor fantástico, fascinante e sempre presente. Até durante a doença, sacana da doença que o levou para longe na noite passada, terrível da doença que o atingiu já há mais de um ano mas que nunca lhe conseguiu roubar aquilo que tinha de melhor: a força, a dedicação ao trabalho e, lá está novamente, o sentido de humor.
Toda a minha vida me lembro de ouvir falar no António Feio, ver o António Feio e rir com (e nunca de) o António Feio. Quando morre alguém que é uma figura pública tem sempre algum impacto, mas quando é alguém pela qual, apesar de não conhecermos pessoalmente, temos um carinho e uma admiração enorme, custa muito. E eu emocionei-me quando vi a notícia da sua morte nos telejornais, porque é uma grande injustiça a vida privar-nos de uma pessoa como o António (um exemplo de determinação como há poucos hoje em dia).
O nosso Mundo ficou mais pobre mas para sempre teremos na memória a imagem do Tóni e do seu inseparável colete de vaca (desculpa, mas não me faz sentido recordar-te de outra maneira). Descansa em Paz, António. Mereces. Até sempre!

"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer."

Thursday, July 29

E ao fim de quase três anos, já somos 20.000!!

Hoje, marco histórico, o blog atingiu os vinte mil visitantes. O que é óptimo, fantástico e algo que julgava improvável. Obrigada a todos que aqui vêm ler o chorrilho de disparates que quase diariamente para aqui despejo.
Muito obrigada mesmo! :)

Tuesday, July 27

My Movies #1

"Michael... I love you. I've loved you for nine years, I've just been too arrogant and scared to realize it, and... well, now I'm just scared. So, I realize this comes at a very inopportune time but I really have this gigantic favor to ask of you."
"Choose me. Marry me. Let me make you happy. Oh, that sounds like three favors, doesn't it?"
Julianne Potter in My Best Friend's Wedding

Este filme foi assim o primeiro filme sem ser de animação que me lembro de ver e de me marcar a memória. Corria o mês de Fevereiro de mil nove e noventa e oito, era eu uma criancinha com sete anos que achou o máximo a história da Jules e do Michael.
Passados doze anos, e apesar de o meu estilo de filme predilecto não passar nada assim por comédias românticas, este My Best Friend's Wedding continua a ser dos meus filmes preferidos de sempre (está no meu top 10). E no passado domingo, estava a dar no canal Hollywood e nós fizemos uma pausa no estudo de Química para (re) ver um pouco.
E eu, apesar de tudo, continuo a adorar este filme, totalmente. Porque não acaba com o final previsível, porque a Julia Roberts e o Dermot Mulroney (que era bem giraço em 1997 e actualmente continua um homem de pôr uma pessoa a suspirar... e a voz dele, mãezinha... rouca, grave, aí, aí...) fazem uma dupla genial e demonstram uma ligação e amizade que eu pessoalmente acho perfeita. Depois, a banda sonora é lindíssima, repleta de grandes clássicos.
E aquela cena deles todos a cantarem no restaurante, com ela aterrorizada e ele cheio, cheio de ciúmes é também ela um clássico.
O mais impressionante é a qualidade do argumento e da realização que é tão atenta aos pequenos detalhes, como na cena da qual retirei a frame acima (e que não corresponde ao diálogo. Este é de uma cena mais para o final do filme, mas que tem uma das declarações mais bonitas da História do Cinema).
A cena que engloba a frame acima passa-se num barco que passeia por Chicago. A Jules está há dois dias a tentar arruinar o casamento do Michael (é desta personagem que vem a minha adoração por este nome) e da Kimmy e este momento define tudo. TUDO.


"Michael O'Neill: Kimmy says if you love someone you say it, you say it right then, out loud. Otherwise the moment just...
Julianne Potter: Passes you by...
Michael O'Neill: Passes you by..."


E ela, simplesmente, não disse. Eles passaram debaixo da ponte e ela não disse. E o momento passou. E as coisas importantes podem ser decididas assim, num piscar de olhos. É por isso que adoro este filme. Ao fim de já o ter visto para cima de trinta mil vezes, ainda dou por mim a retorcer a almofada e a gritar cá para mim "DIZ-LHE, OH ESTÚPIDA!" cada vez que vejo esta cena, apesar de já estar careca de saber no que é que isto resulta. E ontem revi o filme por completo, e chorei, as always... Porque tenho a sensação, já há algum tempo, que o 'meu' Michael O'Neill também anda por aqui por perto.

Monday, July 26

Levem-me de férias para aqui, sff!

Uma semaninha de descanso por estas bandas, com música, praia, muito Sol, boa companhia e bons livros-e-filmes-e-séries e eu ficava como nova. Vá, duas semanas, pronto.
Não como o farrapo que estou hoje, depois de ter tido três exames no espaço de seis dias e de provavelmente dois deles não me terem servido de nada.
Hoje é um mau dia. Amanhã será melhor, espera-se. Pelo menos a faculdade já acabou, até dia 13 de Setembro.

Sunday, July 25

Stand by Me by The Muppets


"Please, don't eat me.
Don't do it!"

:)

Saturday, July 24

Nightmare

Depois do Jimmy ter morrido, eu pensei que tinha sido o fim. Como é que se continua uma banda sem um dos seus principais fundadores? Ainda mais quando desapareceu uma peça tão fulcral para o som da mesma como era a bateria para o som dos A7X? Era uma coisa que me preocupava mas ao mesmo tempo que eu compreendia porque não há nem haverá alguém capaz de 'imitar' o som que o Jimmy conseguia. Nem haverá ninguém a conseguir compor nem escrever uma segunda A Little Piece of Heaven. Adiante.
Eles voltaram. Pegaram no Mike Portnoy (meu baterista preferido de sempre e simplesmente O MELHOR) e meteram-no a tocar o que o Jimmy tinha já preparado para o álbum e o resultado estará à vista na próxima terça-feira, dia 27 de Julho.
Mas aqui para nós (os três) que ninguém nos ouve, eu já dei uma 'ouvidela' (ena, agora até inventamos palavras e tudo!) a este Nightmare e, muito honestamente, não sei bem o que dizer... Há músicas que são muito boas mesmo, que pegam numa agressividade que eles já tinham deixado para trás desde o City of Evil, que têm riffs mais pesados e até uma música mais de gritaria do que outra coisa (que mesmo assim ainda tolero porque pronto... a estes senhores tolero tudo, vá!). Tem uma componente de piano numa delas, a última a ser escrita pelo Jimmy, que me deixou deliciada, já se sabe que eu sou especialmente sensível a pianos (sete anos de formação dão nisto). Para mim, tendo em conta as devidas diferenças, é melhor que o seu antecessor, mas pronto. Gosto muito do álbum homónimo deles mas este Nightmare está quase (reparai que eu disse 'quase') ao nível do City of Evil. Quase, porque não vão voltar a fazer um álbu
m que tenha uma Trashed and Scattered e uma Strenght of the World juntas, só por isso.

Wednesday, July 21

Relief

Uma licenciatura vale 180 créditos (ou ECTS). Por ano, são 60 e por semestre 30. Para a conclusão da licenciatura é necessária a aprovação das cadeiras que perfazem os ditos 180. Para passar de ano, no meu caso do primeiro para o segundo, só podemos deixar em atraso 25 dos 60.
Eu tinha três exames para fazer agora na época de recurso: um hoje, um na sexta-feira e um na próxima segunda. Até agora, já deixei uma cadeira do 1º Semestre e uma do 2º Semestre, que perfazem 11 créditos. Com os três recursos que tinha para fazer, hoje de manhã tinha 26 créditos em atraso, o que significa que por um crédito estava chumbada e retida no primeiro ano.
Por um crédito.
Mas hoje, tive exame de época de recurso de Física, ao qual passei com a fantástica classificação de 14 valores (para quem fez um exame para 16,5 é brutalíssimo). Por isso, meus queridos, estou FELICÍSSiMA! Estou no 2ºAno da minha Licenciatura. Toma láááá!!!
(E ter 14 a Física, até há dois dias, era tarefa quase impossível para mim... parece que afinal ainda consigo ter notas decentes!)

E o alívio quando, ao fim das duas horas que demorou a professora a corrigir os exames, enviou as notas e eu vi lá o meu 14?

Sunday, July 18

Não acho normal estar a ponderar ir dormir às 21h30 de um domingo. Deve ser de não ter vontade de estudar, nem de pensar, nem de ler, nem de ver nenhum episódio novo de uma série qualquer nem nada disso. E em vez de estar aqui a deprimir, vou-me deitar com as galinhas. Parece-me bem. Ou não...

Wishlist #7

Há três anos que tenho uns Aviator, há meses e meses que ando a namorar uns destes. I wish...

You Don't Know Love


Já os vi há mais de dois anos, nos últimos dois concertos em Portugal não pude ir e esta noite, mais ou menos a esta hora, estão a tocar em Vila Nova de Gaia. Esta é a melhor música do último álbum. E eu dava tudo para estar lá.

"You ran with the dead today,
Through the cemeteries where ghosts still play,
The more you ran, love got further away.
"
Editors - 'You Don't Know Love' - In This Light and On This Evening - 2009

Saturday, July 17

Da Boa Memória e dos Maus Modos

"Quando um cronista quer demonstrar que o que corre mal em Portugal já corre mal há muito tempo, costuma dar um exemplo histórico qualquer para comprovar que o que estamos a viver já foi vivido por antepassadas gerações. O Vasco Pulido Valente costuma servir-se, com muito propósito, da Monarquia Constitucional e da Primeira República. Outros, mais mainstream, ficam-se pelo Estado Novo ou pelas Descobertas. Acompanha a crónica, normalmente, a frase de Marx que diz que a história se repete, primeiro como tragédia, depois blá, blá, blá.
Eu não sou diferente dos outros cronistas, apenas superior. Por isso vou ainda mais atrás, ao refugo histórico, para apontar as causas desta baderna em que actualmente medramos. A meu ver, o país é como é devido à nossa falta de educação. Somos um país de mal-educados desde há muitos séculos. Não me apoio no cliché de termos sido fundados por um filho que bate na mãe (facto que reputo de mera irreverência), mas sim num episódio que remonta ao Interregno de 1383/85, quando o Mestre de Aviz, futuro rei, se dirigiu ao Paço para matar o galego João Fernandes, Conde Andeiro. Conta Fernão Lopes que, lá chegado o Mestre, o Conde o convidou a sentar-se à mesa e a comer com ele. Ao que o Mestre se negou, que já tinha almoço preparado em casa. «"Nom comerei", disse o Meestre, "ca tenho feito de comer"», segundo escreve Fernão Lopes (antes do acordo ortográfico que precede o acordo ortográfico que este novo vem substituir). Depois, D. João pede ao Conde que se retire com ele, que lhe quer dar uma palavrinha, acabando por lhe dar antes com um cutelo. O resto até pode ser história, mas isto é má-criação. Não falo do homicídio, que, pronto, faz parte; mas a chacina não impede que se aceite um amável convite para papar. Muito menos implica que se interrompa uma refeição ao futuro defunto. O Conde Andeiro podia ser um velhaco, mas escusava de morrer com fome.
Foi uma tremenda falta de etiqueta. E de gosto: se há coisa em que os galegos são bons é na comida. (E nas mulheres bonitas, mas neste caso estamos a falar de comida.) Recusar um petisco de um galego, bem mais que uma desfeita, é parvoíce. D. João não tem desculpa. Está bem que o país estava em crise, mas nada justifica a descortesia. Lá por ser bastardinho, não lhe é escusada a observância das regras de cerimónia. Vai-se a ver e aquilo que parece um apontamento de coscuvilhice de Fernão Lopes é, afinal, de grande importância para explicar Portugal. Porque se trata de um herói português, de um mito fundacional, e não era necessário prescindir da urbanidade para salvar o país.
Claro que um povo que não dá importância a este pormenor de polidez básica é o mesmo povo que protesta contra a imposição de regras de vestuário num serviço de atendimento público como a Loja do Cidadão. Uma óbvia medida de urbanidade é repudiada porque, em Portugal, se confunde civilidade com subserviência. Ficava diminuído o Mostre por aceitar uma chouriça do Conde antes de o matar?

P.S. Eu também achava mal o
dress code, até ir no outro dia à oficina e o mecânico estar impecavelmente vestido de fato e gravata. Desconfiei e levei o carro a outro sítio."
Crónica de José Diogo Quintela in 'Falar é Fácil'

Friday, July 16

Parvoíces #3

Fui a este site, chapei lá com o último post que escrevi e deu-me que eu escrevo como o William Shakespeare.
Vou só ali rebolar-me a rir e já volto... Ahahahahahahahah!

Wednesday, July 14

Das Complicações

"All the love gone bad, turned my world to black,
Tattoed all I see, all I am,
All I'll be..."
Pearl Jam - 'Black' - Ten - 1994

Eu sou uma pessoa para lá de complicada. Há umas boas semanas que estou figuradamente a caminhar sobre vidro e a dar cabo do juízo dos que me são mais próximos e tudo na antecipação de algo que ainda nem sequer aconteceu (e pode nem vir a acontecer, ou acontecer mas só daqui por uns meses ou anos, ou acontecer mesmo e já amanhã, embora esta última opção seja praticamente impossível).
Ele, o N., já me disse mais do que uma vez que me conhece melhor que ninguém e melhor que eu própria (presunção ou realidade?) e que eu preciso rapidamente de ligar o descomplicómetro (algo que lhe é inato mas é uma característica que se deve ter escapado na minha síntese de DNA, já que acho que não os há aqui pelos meus lados). Há dias, conversávamos e eu consegui ligar o descomplicómetro, ainda que por breves minutos. Disse aquilo que sentia e que acho que quero retirar desta situação. Ele aconselhou calma, auto-controlo e acima de tudo nada de expectativas.
E é esse o centro de tudo. As expectativas. As que crio, as que já criei e as que ainda poderei a vir criar com o desenvolver da situação.
A última vez que criei expectativas em relação a algo (ou a alguém) magoei-me e não foi pouco. Creio que também foi por as ter criado muito rápido, rápido demais como me apontaram uma vez. E tenho medo, um medo de morte, que essas expectativas falhadas que ainda hoje me perseguem (é capaz de haver ainda cerca de 20% de mim que pensa "Será que...?") me tenham estragado para sempre e que agora, apesar de continuar a criá-las - quem é que está numa situação assim e não o faz? -, inconscientemente me obrigue a mim própria a desfazê-las sendo que o caminho mais rápido para isso é o afastamento. Por isso, tenho uma pequena voz no interior que me grita, há semanas "Foge daqui", "Afasta-te disto", "Não te deixes apanhar" e pensamentos semelhantes.
O problema é que, como lhe admiti, ao N., na nossa conversa do outro dia, não quero fugir, nem afastar-me, quero deixar-me apanhar (se me quiserem apanhar, bem entendidos)... Só que toda a bagagem que levo porque a carregarei comigo sempre e que é totalmente desconhecida por quem de interesse, é algo que condicionará tudo. E um dia, se tudo andar sobre rodas, terei de a expor. E ou quebro uma promessa, ou arruino a minha mais próxima (e possível mas não segura) felicidade.
Não estou parada, estou a andar devagar, devagarinho. A dar passinhos de bebé. Mas tudo será diferente quando os passinhos deixarem de ser de bebé e passarem a ser de adulto (se lá chegarmos).

(Isto faz tudo um sentido espectacular, não é? Pois, eu sei. Eu sou complicada, eu avisei...Não me conheço tão bem como o N. diz que ele próprio conhece, mas há detalhes tão flagrantemente gritantes que até um cego consegue ver.)

Sunday, July 11

Epá, oh Eddie Vedder...

Tu queres me matar do coração? Então eu deixo esgotar os bilhetes para o último dia do Optimus Alive!, fico com esperança de ouvir uma ou duas músicas via telemóvel e ver o resto na SIC Radical e vocês depois não deixam transmitir, dá-me logo os nervos e vou-me enfiar na cama a ver se durmo e não penso no concertozão que estava a perder e tu ainda me dizes uma coisa destas? Ah e tal, português é muito difícil e merdas, este é o nosso último concerto. Não para sempre mas por muito tempo.
Oh Eddie, tu ESTÁS PARVO, HOMEM?? Eu nunca vi nenhum concerto vosso, nunca consegui ouvir a Betterman ao vivo (e ainda por cima vocês tocam a Wasted Reprise antes dela e tudo!) e agora, blábláblá whiskas saquetas, não sabem quando é que voltam a dar concertos? Estão tontinhos? Em quatro anos só dão cá dois concertos em festivais e agora isto? Não se dão desgostos destes às pessoas, muito menos a uma pessoa que te tem um amor destes!
Só te perdoo esta, Eddie, se daqui a uns tempos ler uma notícia que diga que vais voltar a promover o teu álbum a solo que fez de banda sonora do Into the Wild e que passas cá em Portugal, na Aula Magna, já que a primeira digressão só contemplou os Estados Unidos. Ouviste?

Friday, July 9

Ontem, no Optimus Alive! foi assim:


E eu sossegadinha em casa, a ler.
Estás a ficar velha, Alexandra, e a perder estas pedaladas. O que vale é que eles disseram que voltariam brevemente. Espero bem, que assim pego no meu irmão e vamos os dois para lá, saltar e coisa e tal. E eu posso cantar esta letra B-R-U-T-A-L em altos berros, para fazer concorrência ao William Duvall (e o homem é mesmo igual ao Layne, credo!).

"I'm the man in the box
Buried in my shit
Won't you come and save me?
Save me

Feed me my eyes (can you sew them shut?)
Jesus Christ (deny your maker)
They who try (will be wasted)
Fear in my eyes (now you've sewn them shut)

I'm the dog who gets beat
Shove my nose in shit
Won't you come and save me?
Save me

Feed my eyes (can you sew them shut?)
Jesus Christ (deny your maker)
they who try (will be wasted)
Fear in my eyes (now you've sewn them shut)"
Alice in Chains - 'Man in the Box' - Facelift - 1991
(a melhor música de Alice in Chains de sempre... e das melhores músicas grunge que conheço!)

World Champion 2010 - Let's go, Netherlands!!!

A final joga-se no domingo. Holanda - Espanha, às 19h30. E eu sou da Holanda desde pequenina, caso não saibam ainda. Não só porque tenho um pó aos Espanhóis de meter medo (e que consegue ser superior ao amor que tenho ao F.C. Barcelona e ao seu meio-campo, que é também o meio-campo da selecção espanhola) mas porque tenho amigas holandesas e porque para além do Arjen Robben, do Wesley Sneijder e afins, anda para lá também um rapazinho muito engraçado que dá pelo nome de Rafael Van der Vaart, ao qual se perdoa até que ande por aí com a camisola azul e branca do Real Madrid.
Por isso, no domingo, estamos todos por aqui a torcer pela Holanda. Até porque, para além disto tudo, a Laranja Mecânica até merece ganhar este Mundial. Mais do que a Espanha, pelo menos.

Hup Holland Hup!!! :)

Wednesday, July 7

"Because I believe that, we can be extraordinary together rather than ordinary apart..."
Meredith Grey in Grey's Anatomy - Season 4, Episode 17

Depois do mega-desabafo que tive na segunda-feira, fiquei mais calma. Deixei de pensar tanto no que poderá acontecer se se der aquilo que eu 'temia', mas mais no que se pode vir a dar, propriamente dito. Seja o que for terá de ser extraordinário, já que para desgosto já me basta aquele que me assola a mente desde há quase dois anos.Chegou-me, aprendi, e tenho de me desligar disto. Não tenho idade para me preocupar tanto, com coisas tão simples que me devem começar a preocupar apenas mais tarde. Tenho idade e isso sim, para viver o momento, apreciar aquilo que se está a estender à minha frente e que poderá ser o que mais preciso e que me fará feliz.
Será? Ou não? Não sei, mas acredito que vou descobrir. Espero que desta vez, esteja a ir na direcção certa. Obrigada por me fazeres ver isso. :)

Basicamente, tem sido isto...

Segunda-feira foi um dia complicado e tudo começou com uma picada de uma abelha. Estava eu muito sossegadinha a almoçar no refeitório da faculdade quando me entra uma abelha para dentro da t-shirt. Picou-me mas também coitadinha, morreu logo porque lhe mandei uma pisadela que lhe acelerei a morte... sei que já não ia durar muito, mas pronto, irritou-me. Depois, passei uma parte da tarde atrás do prof. de Termodinâmica pelo Instituto fora, com um saco de gelo nas costas, que mais parecia uma grávida sem barriga a queixar-se de dores nas cruzes.
Depois terça-feira começou mal, com o exame a ser um pesadelo (e trufas, que vais a outro recurso, toma lá!), de onde em 20 valores só tenho a certeza de 4,5 por causa da Termodinâmica que me salvou e que demorei quase uma hora a fazer essa parte e a destilar três litros de água nas viagens daqui para o Monte da Caparica e de lá para cá, chegar a casa, mandar-me para o sofá, não me mexer mais a tarde toda e ficar a papar séries repetidas no Fox Life (deprimente, eu sei...)
Quarta-feira, ou seja hoje, (re) comecei a trabalhar no sítio do costume. A vontade é nenhuma, mas a necessidade é completa, já que tenho um carro para pagar (ah, ah, ah, sabe bem dizer isto) e uns trocos para amealhar. Será só cerca de um mês (faltam 30 dias!) e férias seguríssimas serão de 7 a 15 de Agosto, quando tenho cá as minhas duas queridas amigas vindas da Holanda (que vai ganhar o Mundial no domingo) uma vez mais.
Parte boa são a meia dúzia de mensagens que se troca ao longo do dia ou da noite (e que contrariam a vontade de deixar o telemóvel a boiar no Tejo), as séries que se anda a ver como se não houvesse amanhã para aproveitar enquanto não se tem de estudar para os dois exames de recurso, o facto de já estar no 2ºano da minha licenciatura (já fiz ECTS suficientes) e a possibilidade de daqui a uma semana já ter o meu Xani-Mobile aqui à porta.
(E consegui não falar ainda na super-mega-hiper traição do Moutinho, hein? Fantástico!)


E sim, este post não vale um caracol, mas estou demasiado cansada para sequer tentar fazer sentido. Amanhã talvez tente. :)

Sunday, July 4

Things We Forget

Adoro, adoro, adoro este blog onde todos os dias postam um post-it deixado algures.
É óptimo ver uma mensagem deste género, todos os dias. Faz maravilhas. :)

Friday, July 2

Everyone's Waiting

(Aviso: O vídeo que está no final do texto é a sequência final. Se nunca viram a série ou se ainda não chegaram ao fim, não vejam o vídeo, já que estraga tudo.)

É o título do último episódio de Six Feet Under. Eu sei que há uns meses atrás houve uma época em que só falava desta série a todos, mas a verdade é que já vi o último episódio vai para três meses e não o consigo tirar da cabeça. Já vi e revi várias vezes aquela sequência final de dez minutos que é simplesmente brilhante, sublime e de cortar a respiração a qualquer um.
É impossível alguém ficar indiferente à vida da família Fisher, na minha modesta opinião. Para começar, toda a estranheza de gerir um negócio de morte (no sentido literal da expressão) é um ponto de partida aliciante para este plot. Depois as características pessoais de cada um dos personagens: o Nate com a sua aversão inicial ao negócio da família, a Claire com os seus namorados cada um pior que o anterior, o David com o seu medo de sair do armário e o esforço para gerir o negócio tão bem como o seu pai, a Ruth a dar em maluca com estes três filhos, mais o amante, mais o assistente e o fantasma do falecido marido, a Brenda e o Billy com aquela relação de irmãos que nunca se percebe bem como é que funciona... É genial, toda a ideia da série é puramente genial. E depois as mortes no início de cada episódio são de matar uma pessoa de riso (passo o trocadilho parvo).
Mas tudo o que é bom tem sempre um fim e depois de cinco temporadas que compreenderam 63 episódios, o Alan Ball (criador da série, que é também o criador de True Blood) decidiu acabar com isto. E pronto, assim depois de dois meses a ver a série de enfiada, trufas, acabou-se a papa doce e a Alexandra ficou sem aquela que, para mim, é uma das melhores, mas das melhores séries de sempre.

"You can't take a picture of this. It's already gone."
Nathaniel Samuel Fisher Jr. in Six Feet Under (é o que ele diz ao ouvido da Claire neste momento)

Há uma vida antes de Six Feet Under e uma vida depois de Six Feet Under. A mim, esta família alterou-me uma parte da minha maneira de ver as coisas, talvez pela efemeridade e a fragilidade humana que retrata. E tudo isto se resume a esta frame que coloquei em cima e àquela sequência final de dez minutos, que se desenrola ao som de Breathe Me da Sia, que é uma das minhas músicas preferidas.



Everything. Everyone. Everywhere. Ends.

(porque no final de contas, tudo se resume a isto)

You've got the Love



Para ouvir muitas vezes e muito alto. Embora continue sem saber se gosto mais da versão original se da cover/remix dos The xx.
Estes eram dois dos concertos que queria ver no Optimus Alive, ao qual não vou. :(

Xani-Mobile

Não é nada de mais, é quase da minha idade, não tem rádio, é a gasolina e tem uma parte da pintura queimada na parte de cima.
Não é o C1 preto e verde dos meus sonhos, com um sistema de som brutalíssimo, mas a partir de hoje, é o meu Xani-Mobile. Agora é deixá-lo ir à Revisão e à Inspecção e depois, trufas!
É verdade, meus queridos, a partir de hoje sou a orgulhosa dona de um 'calhambeque'... mas é um 'calhambeque' que anda e isso é que me importa. AHA! :)

(Ainda só tenho 19 anos, deixem-me chegar aos 27 que hei-de ter a sorte, se tudo correr bem, de ter o meu amado Citröen C1...)