Os meus dois avôs morreram ambos cedo. Um deles, muito antes nós nascermos, quer o meu irmão, quer eu. O outro morreu perto do Natal de 1996, tinha eu feito seis anos há pouco tempo. Vivia em Vila Real, a mais de 400 quilómetros de distância de mim, e apesar de ser uma pessoa muito calada e sossegada (pelo menos, do pouco que eu me lembro) era claro que gostava muito dos dois netos que conheceu (só eu e o Miguel, já que os filhos dos meus tios apareceram só mais tarde).
Por isso, ele era como um avô para mim. Na realidade era cunhado da minha avó (a única que ainda é viva actualmente) e sempre o tratei por Tio. Com toda a certeza, foi uma das pessoas de quem mais gostei até hoje.
A verdade é que os bons vão sempre primeiro e ele já foi há muito tempo. Quando eu ainda era demasiado pequena para sequer perceber do que é que significava nunca mais ver alguém de quem tanto gostava. Esteve doente durante meses e meses até que uma manhã acordei para a notícia de que a doença tinha inevitavelmente levado a melhor. Vai fazer, neste Agosto que está prestes a começar, dez anos.
Ele era um grande Sportinguista, talvez o maior que já conheci. Um homem que sofria pelo clube que amava, mas sem fanatismos nem facciosismos; sempre com justiça. Não há vez que assista um jogo, seja em casa ou no próprio Estádio, em que não me lembre dele.
Ontem, ao ver o jogo de apresentação do Sporting contra o Valência (e a vergonha que foi, perder 0-3, em nossa casa, na apresentação aos sócios e adeptos), senti-me tão triste e imaginei quão triste ele ficaria caso tivesse testemunhado alguns (maus) momentos das últimas épocas.
Depois, pensei em todos os momentos destes dez anos que ele teria ficado felicíssimo por ver e que, infelizmente, não conseguiu: o espectáculo de inauguração do novo Estádio, a caminhada até à final da Taça UEFA em 2005 (e aqueles jogos fantásticos contra Newcastle e Az Alkmaar que me tiraram anos de vida com os nervos que deram), o 5-3 ao Benfica em casa nas meias-finais da Taça há dois anos, entre outros. E isto para não falar dos momentos familiares, mais privados.
Os bons vão sempre primeiro. Mas também é verdade que os bons nunca, mas nunca são esquecidos. Passem os anos que passarem, continuam sempre a fazer falta e deles, dos bons, temos sempre muitas, muitas saudades.
Dele, do meu avô, já as tenho há dez anos.
Por isso, ele era como um avô para mim. Na realidade era cunhado da minha avó (a única que ainda é viva actualmente) e sempre o tratei por Tio. Com toda a certeza, foi uma das pessoas de quem mais gostei até hoje.
A verdade é que os bons vão sempre primeiro e ele já foi há muito tempo. Quando eu ainda era demasiado pequena para sequer perceber do que é que significava nunca mais ver alguém de quem tanto gostava. Esteve doente durante meses e meses até que uma manhã acordei para a notícia de que a doença tinha inevitavelmente levado a melhor. Vai fazer, neste Agosto que está prestes a começar, dez anos.
Ele era um grande Sportinguista, talvez o maior que já conheci. Um homem que sofria pelo clube que amava, mas sem fanatismos nem facciosismos; sempre com justiça. Não há vez que assista um jogo, seja em casa ou no próprio Estádio, em que não me lembre dele.
Ontem, ao ver o jogo de apresentação do Sporting contra o Valência (e a vergonha que foi, perder 0-3, em nossa casa, na apresentação aos sócios e adeptos), senti-me tão triste e imaginei quão triste ele ficaria caso tivesse testemunhado alguns (maus) momentos das últimas épocas.
Depois, pensei em todos os momentos destes dez anos que ele teria ficado felicíssimo por ver e que, infelizmente, não conseguiu: o espectáculo de inauguração do novo Estádio, a caminhada até à final da Taça UEFA em 2005 (e aqueles jogos fantásticos contra Newcastle e Az Alkmaar que me tiraram anos de vida com os nervos que deram), o 5-3 ao Benfica em casa nas meias-finais da Taça há dois anos, entre outros. E isto para não falar dos momentos familiares, mais privados.
Os bons vão sempre primeiro. Mas também é verdade que os bons nunca, mas nunca são esquecidos. Passem os anos que passarem, continuam sempre a fazer falta e deles, dos bons, temos sempre muitas, muitas saudades.
Dele, do meu avô, já as tenho há dez anos.